Durante o mês de março, os quatro episódios do Aqui tem ciência, programa da Rádio UFMG Educativa que divulga teses e dissertações defendidas na UFMG, serão dedicados a pesquisas sobre mulheres e feitas por mulheres. A série especial se inicia nesta segunda-feira, 7 de março, com a dissertação de mestrado de Angélica dos Santos, defendida em 2021 no Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFMG. A pesquisadora estudou a transmissão da violência doméstica entre gerações de uma mesma família e a trajetória de vitimização entre mulheres.
O episódio 109 do Aqui tem ciência traz detalhes da pesquisa de Angélica, que é cientista social formada pela UFMG e trabalha na Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais.

A pesquisadora Angélica dos Santos entrevistou mulheres vítimas de violência doméstica | Acervo pessoal
A dissertação de Angélica dos Santos verificou a confluência das trajetórias de mães e filhas tanto na vivência de eventos de violência cometida por parceiro íntimo quanto na reprodução de comportamentos e papéis associados ao feminino que reforçam a vitimização.
A pesquisadora também identificou que os comportamentos reproduzidos e a agressão presenciada tornam o ciclo da violência ainda mais difícil de romper. Por fim, o trabalho ainda observou que os relacionamentos íntimos das mulheres ouvidas foram influenciados negativamente por outros eventos de violência, como casos de racismo.
Raio-x da pesquisa
Dissertação: De mãe para filha: a transmissão da violência doméstica entre gerações e a trajetória de vitimização entre mulheres
O que é: pesquisa de mestrado que aborda a influência da transmissão da violência doméstica entre as gerações de uma mesma família nuclear, tendo as mulheres como vítimas e elos dessa cadeia
Pesquisadora: Angélica Pereira dos Santos
Programa de Pós-Graduação: Sociologia
Orientador: Bráulio Figueiredo Alves da Silva
Ano da defesa: 2021
O episódio 109 do programa Aqui tem ciência teve produção, edição e apresentação de Alicianne Gonçalves e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá.
O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada segunda-feira de março, um novo episódio abordará pesquisas feitas na UFMG por mulheres e sobre mulheres.
Na próxima segunda-feira, 14 de março, o Aqui tem ciência abordará a tese de doutorado de Quéren Hapuque de Carvalho, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFMG. A pesquisa trata dos fatores de risco para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) entre mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família.
O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar na frequência 104,5 FM e no site da emissora, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.