Pesquisa da UFMG avalia perdas cognitivas e motoras em idosos

Projeto de doutorado utiliza realidade virtual para estimular memória e motricidade

 

Até esta quinta-feira, 20 de janeiro, o Núcleo de Neurociências do Movimento (NNeuroM), vinculado ao Grupo de Estudo em Desenvolvimento e Aprendizagem Motora (Gedam) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, recebe inscrições de voluntários com idade entre 60 e 80 anos, destros, sem histórico de labirintite interessados em participar de pesquisa sobre cognição e comportamento motor em realidade virtual imersiva.

A pesquisa, que integra o projeto Treinamento cognitivo-motor na realidade virtual imersiva para idosos: relações entre parâmetros eletrofisiológicos e neuropsicológicos, foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG.

Em entrevista à TV UFMG, pesquisadores que conduzem a avaliação falam sobre a pesquisa, que se vale de tecnologias virtuais para estimular a memória e a motricidade na terceira idade.

Percepção e memória

Os interessados em participar da pesquisa devem preencher o formulário eletrônico. Em sua primeira etapa, o projeto de doutorado consiste em um teste piloto com 24 pessoas. Elas deverão comparecer ao campus Pampulha da UFMG para participar de uma sessão com duração estimada de 1h40. O encontro será agendado de acordo com a disponibilidade do voluntário. A etapa seguinte será o treinamento cognitivo-motor, com duração de 12 dias. Nele, os idosos vão utilizar o software Lisbon Systemic Battery, desenvolvido pelo professor Pedro Gamito, da Universidade Lusófona Humanidades e Tecnologias.

Durante o estudo, os pesquisadores vão aplicar testes cognitivos e motores e realizar análises da atividade elétrica do cérebro dos voluntários no momento em que estiverem executando tarefas virtuais para compreender o estágio de engajamento perceptivo e de memória de trabalho, ou seja, o esforço mental que precisam fazer. Outro objetivo é criar um protocolo para os idosos que seja mais compatível com suas tarefas diárias, para que eles colham os benefícios desse treinamento em casa, na rua e nos outros ambientes que frequentam cotidianamente.

Os idosos serão separados em dois grupos. O grupo experimental passará por cinco semanas de treinamento cognitivo-motor em um ambiente de realidade virtual imersiva com várias tarefas cotidianas. O chamado grupo de controle não participará desse treinamento. A equipe de pesquisadores parte da hipótese de que o grupo que participar do treinamento vai apresentar melhor desempenho.

Equipe da pesquisa

Professor Guilherme Lage, orientador e coordenador do  NNeuroM (EFFTO-UFMG)
Professor Erickson Nascimento, coorientador  (ICEx-UFMG)
Professor Pedro Gamito, coorientador (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias)
Joana Andrade, doutoranda em Neurociências (ICB-UFMG)
Sara Leão, mestre em Neurociências (ICB-UFMG)
Victor Moura, bolsista de iniciação científica do curso de Ciência da Computação (ICEx-UFMG)
Natália Lelis, doutoranda (EEFFTO-UFMG)
Tércio Apolinário de Souza, residente de pós-doutorado em Ciência do Esporte (EEFFTO-UFMG)

Soraya Fideles (produção), Marcelo Duarte (edição de imagens) e Flávia Moraes (edição de conteúdo) | TV UFMG

Publicado em: 19 de janeiro 2022