INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

3. INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

 

Inovação e empreendedorismo devem ser entendidos como competências que permitem a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produtos, serviços ou processos já existentes que possam resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho para a sociedade. Os conceitos e práticas de uma inovação contemporânea já estão inseridos na UFMG, mas ainda de forma não sistêmica e esse é o desafio para o futuro imediato. A inovação e o empreendedorismo devem ser encarados como uma mudança de mentalidade no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes de graduação e de pós-graduação, a partir da inclusão de atividades curriculares nos projetos pedagógicos que venham trabalhar essas habilidades, incluindo formações complementares e transversais.
Empresas incubadas, INCTs, Startups e empresas emergentes convergem para a consolidação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte – BH-TEC. Nesse quesito, consolidar a interação da UFMG com o parque tecnológico é vital para o processo de transferência de conhecimento a partir da inovação e do empreendedorismo. Integrando o sistema de inovação e empreendedorismo, no qual a UFMG deve consolidar a sua posição de referência na produção e transferência de conhecimento, deve-se incluir a sociedade e o poder público. Dessa forma, a UFMG deve ser o elo de ligação de todo o ecossistema de inovação, conectando a produção de conhecimento (grupos de pesquisa e INCTs), a sociedade (startups, empresas incubadas, empresas emergentes, indústria e sociedade) e o poder público, com o apoio das Fundações de Apoio (FAs), que passaram a ter um papel de ainda maior relevância com o estabelecimento do novo marco legal para a ciência e tecnologia.
Para consolidação do sistema de inovação e empreendedorismo na UFMG, as seguintes ações são propostas:
– disseminar a cultura de inovação e empreendedorismo na UFMG como atividade de ensino e aprendizagem;
– induzir a organização de projetos em rede que, além da produção de conhecimento, sejam capazes de gerar inovação não apenas tecnológica, mas também inovação social no sentido de impulsionar práticas sociais que geram novas formas de organização decorrentes dessas interações;
– consolidar as atividades de iniciação à pesquisa e de empresa júnior como base para os processos de ensino e aprendizagem de inovação e empreendedorismo para os estudantes;
– apoiar a flexibilização dos currículos de graduação para incorporação de atividades de inovação e empreendedorismo e consolidar os programas de pós-graduação em inovação e empreendedorismo, incluindo formações complementares e transversais;
– ampliar e dinamizar ambientes coletivos para acolhimento de startups e para incubação de empresas de base tecnológica;
– criar condições para promover investimentos na fase inicial das startups e das empresas emergentes e assegurar suas condições de competitividade e sustentabilidade;
– apoiar a governança das empresas com estruturas de consultorias;
– participar da articulação da política nacional de inovação nas esferas técnicas, administrativas, jurídica, empresarial e política.
– ampliar a criação de INCTs e criar políticas para consolidar os institutos existentes;
– avançar no modelo de proteção intelectual e de seu licenciamento;
– apoiar a captação de recursos junto a fundos de investimentos participativos, assegurando a proteção dos interesses das empresas e da UFMG;
– desenvolver modelo de gestão por meio de uma Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) com identidade jurídica própria;
– normatizar e potencializar ações de empreendedorismo pelo novo Marco Legal para Ciência e Tecnologia;
– consolidar as ações da CTIT na sua atuação na articulação da política nacional de inovação nas esferas técnicas, administrativas, jurídica, empresarial e política;
– consolidar a atuação da UFMG por meio da CTIT no ecossistema de inovação e empreendedorismo;
– criar um serviço de atendimento para micro e pequenas empresas, no âmbito da CTIT, visando à identificação de problemas tecnológicos a serem abordados como projetos de pesquisa e de extensão;
– buscar recursos junto ao Governo Federal para retomar a construção das novas instalações físicas da CTIT e da INOVA, de forma a viabilizar a expansão de seu atendimento;
– consolidar a interação da UFMG com o BH-TEC para produção e transferência de conhecimento;
– consolidar o papel da UFMG como elo do ecossistema de inovação, conectando a produção de conhecimento (grupos de pesquisa e INCTs), a sociedade (Startups, empresas incubadas, empresas emergentes, indústria e sociedade) e o poder público;
– realizar iniciativas de articulação de “clusters” locais especificamente em áreas estratégicas tais como nanotecnologia, biotecnologia, tecnologias da informação e tecnologias ambientais.
– ampliar a interação das FAs com a UFMG, consolidando a gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão no cenário do novo marco legal para ciência e tecnologia;
– realizar gestão junto a órgãos de controle com vistas ao entendimento da missão das FAs e seu relacionamento com a UFMG;
– realizar gestão junto a legisladores para reconhecimento do papel dos pesquisadores na produção e na transferência de conhecimento para a sociedade;
– apoiar as atividades das empresas juniores como atividade complementar a serem consideradas para integralização curricular nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação;
– realizar gestão junto aos órgãos de financiamento públicos e privados visando a prospecção de projetos de pesquisa e de extensão de interesse público e de impacto para a sociedade.