INTERNACIONALIZAÇÃO

2. INTERNACIONALIZAÇÃO

 

O processo de internacionalização da UFMG, um compromisso institucional construído ao longo das últimas gestões da universidade, precisa ser consolidado e firmemente integrado a ações de ensino, pesquisa e extensão. É necessário também que as propostas e ações a serem implementadas sejam dirigidas a distintos segmentos da comunidade acadêmica: servidores docentes, servidores técnico-administrativos em educação e discentes.

A política de internacionalização da UFMG deve se pautar pela qualidade e também relevância nas parcerias a serem estabelecidas, procurando sempre acolher a diferença, abrigar saberes múltiplos e contribuir para a constituição de comunidades acadêmicas cada vez mais multiculturais e abertas à diversidade.

A internacionalização que almejamos se baseia em princípios de reciprocidade, equidade e bilateralidade das relações entre as instituições envolvidas, assim como de relações solidárias entre instituições, culturas e países diversos. Deve pautar-se ainda pela ampliação e diversificação das cooperações estabelecidas, mantendo as parcerias já consolidadas e procurando assentar outras ainda não solidificadas, como as parcerias sul-sul, e envolver ativamente os centros de estudos especializados. A internacionalização deve igualmente contemplar a política de inclusão e transversalidade da instituição e as diferentes áreas de conhecimento da instituição nas prioridades a serem estabelecidas:

– implementar ações que visem a consolidação do processo de internacionalização da UFMG:

• publicação de editais para atividades de internacionalização, incluindo mobilidade docente, discente e de técnico-administrativos em educação;
• implementação de ações que ampliem o comprometimento com a internacionalização da UFMG, envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão;
• adesão a editais nacionais e estrangeiros para fomento de ações de internacionalização;
• fortalecimento de ações de internacionalização da pesquisa por meio do apoio à realização de pós-doutoramento no exterior, à participação de eventos no exterior e ao desenvolvimento de teses em cotutela;
• implementação de ações para garantir a equalização de oportunidades de intercâmbio internacional, ampliando o apoio a estudantes da UFMG com limitações socioeconômicas;
• simplificação da tramitação de convênios de cooperação técnico-cientifica com instituições estrangeiras;

– impulsionar ações de internacionalização em casa:

• aprimoramento de mecanismos para despertar o interesse da comunidade da UFMG no processo de internacionalização, tornando-o uma aspiração comum a todos os membros da comunidade universitária;
• realização de escolas de verão/inverno em caráter permanente com periodicidade nos meses não letivos;
• realização de seminários de internacionalização voltados para a pesquisa, a graduação, a pós-graduação e a extensão, buscando incentivar também o potencial de atividades extracurriculares e de eventos coordenados por grupos de pesquisa;
• emissão de históricos escolares em língua inglesa e outras línguas estrangeiras;
• provimento de infraestrutura para atividades de internacionalização;
• acolhimento adequado a docentes e pesquisadores estrangeiros em visita à UFMG, garantindo hospedagens e tornando disponíveis gabinetes para uso temporário, em espaço que permita o uso por várias Unidades Acadêmicas;

– implementar ações específicas de comunicação institucional voltadas para a internacionalização:

• gestão, junto ao Cedecom e instâncias pertinentes, para desenvolvimento e aprimoramento de sítios web multilíngues e produção de material de divulgação institucional em língua estrangeira;
• organização de encontros conjuntos entre a DRI e os setores das unidades acadêmicas envolvidos com o processo de internacionalização da universidade a fim de aumentar a capilaridade das ações de internacionalização;

– realizar ações de qualificação para gestão em internacionalização:

• promoção de treinamento específico como parte de uma política de capacitação de recursos humanos voltada para a internacionalização da universidade, incluindo as secretarias de departamentos, de unidades acadêmicas e dos programas de pós-graduação;
• desenvolvimento de uma estrutura de informática adequada, dedicada à internacionalização da universidade, incluindo o gerenciamento de ações de mobilidade internacional nos níveis de graduação e de pós-graduação;
• desenvolvimento de uma estrutura institucional de setores para cuidar das relações internacionais em cada departamento ou unidade acadêmica da UFMG;
• promoção de ações para que as iniciativas individuais de colaboração internacional do corpo docente e discente sejam incorporadas institucionalmente com mais agilidade;

– implementar ações específicas voltadas para a proficiência linguística e oferta de disciplinas em línguas estrangeiras:

• ampliação da oferta de cursos em língua estrangeira para a comunidade universitária;
• ampliação da oferta de cursos de português como língua adicional (PLA) para estudantes estrangeiros;
• fortalecimento interno das atividades do programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) como ação institucional;
• fortalecimento da política linguística da universidade claramente definida por meio de resolução institucional;
• promoção de ações conjuntas promovidas pelas Pró-Reitorias acadêmicas e a DRI para aumentar a oferta de disciplinas de graduação e pós-graduação em língua estrangeira visando ao acolhimento de estudantes estrangeiros;

– implementar ações específicas de acolhimento para a internacionalização da comunidade interna e da comunidade internacional:

• promoção de programa de orientação aos alunos da UFMG desde o ingresso na universidade, visando sobretudo à preparação para mobilidade internacional;
• promoção de ações de acolhimento a estudantes estrangeiros, incluindo acompanhamento de todas as partes do processo de intercâmbio;
• criação de uma identidade institucional para alunos e docentes estrangeiros que lhes garanta inserção institucional e acesso às dependências e infraestrutura da UFMG;
• criação de um guia de orientação sobre a UFMG em línguas estrangeiras;
• promoção de ações efetivas para acolher visitantes estrangeiros, sobretudo estudantes estrangeiros vinculados a programas de residência pós-doutoral ou professores visitantes, garantindo-lhes inclusão institucional;

– desenvolver ações voltadas para a participação em redes de colaboração interuniversitária:

• ampliação das ações envolvendo redes de cooperação tradicionais que envolvem parcerias com a Europa e a América do Norte, em princípio de reciprocidade;
• reforço de ações envolvendo as redes de cooperação com a América do Sul (como a Associação de Universidades do Grupo Montevidéu – AUGM) e os países de língua portuguesa (como a Associação de Universidades dos Países de Língua Portuguesa – AULP), tento em vista a relevância geopolítica e acadêmica dessas ações;
• promoção de atividades com redes de adesão recente da UFMG, tais como a CINDA e a WUN, cujo potencial de colaboração ainda não foi devidamente explorado;
• incentivo ao diálogo crítico com as associações e agências de ranqueamento, buscando um alinhamento com a realidade acadêmica brasileira;

– ampliar ações voltadas para a consolidação dos centros de estudos especializados:

• desenvolvimento de ações que possibilitem o aumento da capilaridade dos centros de estudos junto à comunidade universitária, envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão;
• fortalecimento da vocação dos centros de estudos como lócus de produção e difusão de conhecimento por meio de articulações com cursos de graduação e os programas de pós-graduação;
• desenvolvimento de atividades de extensão promovidas pelos centros de estudos, incluindo a realização de seminários e escolas de verão/inverno;
• implantação de infraestrutura e dotação de recursos humanos adequados para o funcionamento dos centros de estudos;

– consolidar parcerias internacionais estratégicas:

• diversificação das regiões geopolíticas de cooperação, estabelecendo redes que se dediquem a projetos inovadores e transdisciplinares;
• promoção da amplitude e densidade das parcerias estratégicas, tendo em vista a consolidação de redes de pesquisa interuniversitárias por meio da indução de produções em coautoria, do aumento no número de teses em regime de cotutela e do incentivo ao fluxo bidirecional de pesquisadores em diferentes estágios de formação;
• promoção da expansão dos programas de cátedras, a exemplo do programa cátedras franco-brasileiras na UFMG, como forma de fortalecer parcerias estratégicas.