1.POLÍTICAS ACADÊMICAS
Para que a UFMG consolide e expanda sua excelência acadêmica, aliada ao compromisso institucional com a diversidade, a inclusão social, o pensamento crítico e a cidadania, é indispensável a integração entre o ensino – nos seus diversos níveis e modalidades – a pesquisa e a extensão, priorizando ações inter e transdisciplinares, e instituindo mecanismos de fomento e apoio a projetos inovadores. É necessário ainda avançar na construção de políticas para o pleno reconhecimento e valorização dos diferentes perfis de atuação docente nos três eixos acadêmicos. É fundamental que sejam consolidadas e ampliadas as oportunidades para que os estudantes tenham acesso a percursos curriculares diversificados. A valorização da docência e a construção de uma cultura de permanente avaliação institucional devem ser igualmente estimuladas.
Com esses objetivos em vista, apresentamos as seguintes propostas que deverão ser implementadas em um contexto de ampla discussão com a comunidade universitária e de interação com outros setores da sociedade, contribuindo para o aperfeiçoamento das ações acadêmicas da UFMG e para o fortalecimento de políticas públicas.
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1.1 Graduação
1.1 Graduação
A proposta para as ações de Graduação visa garantir a flexibilização do ensino superior em curso na UFMG, respeitando as especificidades das diversas áreas de formação, buscando a interdisciplinaridade e a transdiciplinaridade por meio das formações complementares e transversais e consolidando as ações de pesquisa e extensão como atividades de integralização curricular. Com o objetivo de ampliar a diversidade nos processos formativos, a proposta de uma UFMG Pública e Diversa pretende criar espaços para a valorização da docência e do protagonismo estudantil. Outro ponto a ser destacado para a Graduação é valorizar as atividades culturais, empreendedoras e esportivas como atividades de formação, buscando desta maneira uma formação ainda mais holística para os estudantes de ensino superior. Nesse contexto, as seguintes ações são propostas:
– garantir a implantação das novas Normas Gerais de Graduação, assegurando a infraestrutura normativa, administrativa e de sistemas informatizados necessária;
– garantir a modernização dos currículos de graduação a partir da estruturação de projetos pedagógicos utilizando estruturas formativas, ampliando a flexibilização, a interdisciplinaridade, a inclusão de atividades complementares, atividades de Formação Geral, Complementar e Transversal e a aproximação com a formação em nível de extensão e pós-graduação;
– apoiar a criação de Formações Complementares direcionadas para os cursos de Licenciatura, com o objetivo de diversificar as opções de formação dos estudantes e de formar um repertório de competências dos egressos que seja capaz de preencher, de maneira estratégica, as demandas da sociedade.
– criar espaços para o protagonismo estudantil, seja com experimentação de metodologias inovadoras nos diversos ambientes de aprendizagem, seja na escolha de percursos curriculares diversificados e interdisciplinares;
– garantir um elenco diversificado de atividades de Formação Geral orientadas para a formação intelectual, crítica e cidadã;
– implementar a dupla diplomação, por meio do dispositivo da continuidade de estudos;
– garantir uma oferta diversificada de Formações Complementares para os diversos cursos de graduação, procurando um equilíbrio entre a oferta de Formações Complementares de caráter específico e de Formações Transversais;
– expandir a oferta de Formações Transversais em temas de relevância para o país e a sociedade;
– assegurar que as atividades de pesquisa e de extensão sejam incorporadas como atividades integralizadoras de créditos nos projetos pedagógicos;
– assegurar que as atividades culturais e esportivas sejam também incorporadas como atividades integralizadoras de créditos nos projetos pedagógicos;
– incentivar a criação de núcleos de inovação para a educação nas unidades, vinculados ao GIZ PROGRAD, a fim de dar suporte às inovações curriculares nos projetos pedagógicos da graduação;
– atuar institucionalmente, em conjunto com os colegiados de curso das áreas da saúde, na administração das atividades desenvolvidas em cenários de prática da rede pública de saúde;
– buscar soluções para a estruturação de espaços de aprendizagem de clínicaescola para as áreas de educação física, fisioterapia e terapia ocupacional;
– criar mecanismos para garantir a presença, em todos os currículos de graduação, de disciplinas de pós-graduação, assim constituindo os Núcleos de Estudos Avançados dos currículos.
– criar mecanismos para garantir que todos os currículos de graduação incorporem atividades de extensão, em especial aquelas que atendam às diretrizes aprovadas na Resolução do CEPE que instituiu a Formação em Extensão.
– dar continuidade aos esforços para que os cursos noturnos tenham condições de funcionamento adequado, com especial atenção aos seguintes aspectos:
• assegurar o funcionamento noturno das estruturas administrativas necessárias aos cursos noturnos, tais como colegiados, bibliotecas, setores de suporte ao ensino e outros;
• ampliar e diversificar as atividades acadêmicas complementares noturnas;
• assegurar a oferta de formações complementares e de formações transversais no turno noturno.
– impulsionar projetos pedagógicos inovadores a partir da experimentação de novas metodologias, incluindo o ensino a distância e a produção de material pedagógico de qualidade.
– estimular a produção e aquisição de livros didáticos em formato digital para ampliar as ações de ensino e aprendizagem;
– estimular a criação de espaços alternativos que propiciem atividades de ensino e aprendizagem mais interativas e colaborativas;
– implementar editais para projetos de estruturação de laboratórios de graduação;
1.2 Pós-Graduação
A UFMG possui um sistema de pós-graduação de excelência e de relevância nacional e internacional. Para a ampliação dessa excelência, é imprescindível que uma maior integração entre os programas de pós-graduação seja incentivada, amplificando as formações transversais e multidisciplinares e a formação de recursos humanos capazes de atuar na fronteira do conhecimento, em pesquisa nas mais variadas áreas do conhecimento, sempre atentos às diferentes realidades do país, à diversidade de ideias e ao seu papel transformador pela produção, disseminação e compartilhamento do conhecimento. Neste contexto, a UFMG poderá criar programas, ou promover a interação ente programas já existentes, em temas estratégicos para as demandas atuais da sociedade tais como novos materiais, nanobiotecnologia, energias renováveis, transporte, urbanismo, violência, inovação social, monitoramento ambiental e de mudanças climáticas e sustentabilidade, entre outras. Para alcançar esse objetivo, será necessário articular programas de pós-graduação multi e transdisciplinares, bem como consolidar o relacionamento com programas de pós-graduação internacionais de excelência. Será também imprescindível promover, por meio de ações específicas, o acolhimento do professor recém-ingresso na universidade e sua inserção nos programas de pósgraduação. Nesse contexto, propomos as seguintes ações:
– promover ações para apoiar os programas de Pós-Graduação consolidados para que atinjam patamares crescentes de qualidade e ampliem sua atuação internacional e ações específicas para a melhoria dos programas com conceitos ainda não consolidados;
– articular ações estratégicas por meio de editais específicos para o fortalecimento dos programas recém-criados e daqueles em fase de consolidação, reconhecendo a diversidade e heterogeneidade das áreas;
– estimular a criação de programas de pós-graduação em rede, agregando a expertise das instituições federais de ensino superior na formação de pessoas em áreas estratégicas;
– estimular a criação de mestrados profissionais em todas as áreas, ampliando a abrangência da UFMG e a formação de recursos humanos para a sociedade;
– estimular a acolhida de solicitações de estágio para pesquisa de pósdoutoramento, aprimorando-o para esse fim;
– apoiar a elaboração e manutenção de páginas bilíngues dos programas de pós-graduação;
– ofertar disciplinas de ética e integridade científica para todos os Programas de Pós-graduação, visando a confiabilidade da produção intelectual e prevenindo a ocorrência de plágio em dissertações e teses;
– promover ciclo de seminários com relatos de “boas práticas” institucionais na Pós-graduação.
– instituir formas de acolhimento de docentes recém-ingressos na universidade em sua inserção nos programas de pós-graduação;
– estruturar as condições institucionais necessárias para permitir uma expansão do número de pós-doutorandos em todos os programas de pósgraduação;
– realizar a autoavaliação da Pós-Graduação com seminários para a reflexão crítica do resultado da Avaliação Quadrienal 2017, com a participação de convidados estrangeiros e de outras instituições brasileiras, para fornecer subsídios ao estabelecimento de metas de crescimento;
– definir ações para cursos cuja avaliação resultou em decréscimo de nota com workshops específicos, com docentes e discentes, para interpretação dos resultados da avaliação e estabelecimento de metas e acompanhamento anual, prévio ao envio dos relatórios anuais à CAPES, para detecção de lacunas e melhoria da qualidade de dados;
– propiciar condições para articulações transversais de programas de pósgraduação, que possibilitem a aproximação de competências já instaladas e a execução de projetos de impacto;
– estimular a oferta de atividades acadêmicas comuns que atendam diversos programas de pós-graduação e diferentes unidades acadêmicas;
– estimular novos formatos de programas de pós-graduação que contemplem demandas da sociedade, sejam tecnológicas ou sociais.
1.3 Pesquisa
A atividade de pesquisa na UFMG tem crescido continuamente na última década com relação à quantidade, qualidade e diversidade dessa produção, destacando-se no cenário nacional e internacional, em todas as áreas do conhecimento. Acreditamos ser imprescindível valorizar as diferentes formas de pesquisa científica e de produção acadêmica de modo a contemplar a diversidade das áreas e suas especificidades, fornecendo o suporte adequado para que as diferentes áreas se fortaleçam. Uma instituição pública como a UFMG deve destacar-se no desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada, atuando de modo impactante na produção de conhecimento e no enfrentamento dos desafios econômicos, sociais e tecnológicos de nosso tempo por meio de projetos de enfoque inter e transdisciplinares. Tendo como princípio norteador o fortalecimento das atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, em todas as áreas do conhecimento, como fator primordial para a produção e disseminação do conhecimento, propomos as seguintes ações estratégicas:
– promover ações de apoio à pesquisa que atendam as diferentes áreas do conhecimento e as diferentes fases da carreira docente, abrangendo desde o apoio a recém-contratados e recém-doutores até a consolidação da infraestrutura de pesquisa de uso compartilhado e a articulação de redes temáticas de excelência;
– criar condições para a instalação de infraestrutura física que favoreça a articulação entre grupos de pesquisa com afinidades temáticas, de acordo com o princípio do uso compartilhado de recursos;
– modernizar a infraestrutura de pesquisa da UFMG, visando à abrangência de acesso intramuros e extramuros e o fomento à interdisciplinaridade;
– fortalecer ações de inovação científica e tecnológica em todas as áreas do conhecimento;
– criar um fundo para infraestrutura em pesquisa, de modo a dar apoio, por meio de editais, às atividades de pesquisa, em todas as áreas do conhecimento;
– apoiar o docente recém-doutor e o docente recém-contratado, a fim de permitir um melhor acolhimento dos diversos perfis docentes em seu ingresso nas atividades de pesquisa;
– apoiar o fomento a pesquisadores de forma a contemplar os docentes recémcontratados e os recém-doutores, bem como pesquisadores no extrato entre juniores e seniores, por meio de editais específicos;
– intensificar a política de implantação de laboratórios e núcleos de pesquisa de caráter multiusuário, que deem suporte ao ensino e pesquisa de padrão internacional;
– criar sistema de cadastro e acompanhamento de projetos de pesquisa de modo a dar visibilidade à pesquisa realizada em todas as áreas na UFMG;
– aprimorar o programa de artista visitante em articulação com a Diretoria de Ação Cultural e as áreas do conhecimento envolvidas;
– descentralizar a gestão de convênios e projetos de pesquisa, utilizando e profissionalizando os Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPqs);
– implementar processos de acompanhamento e suporte aos assuntos relacionados à ética na pesquisa;
– implementar ações e acompanhar os avanços relacionados ao controle do patrimônio genético;
– fomentar iniciativas voltadas para desenvolvimento de projetos de inovação, utilizando a infraestrutura de prototipagem do sistema de bibliotecas direcionado a alunos;
– fortalecer os mecanismos de incentivo para que docentes recém-contratados, que ainda não têm título de doutor, se titulem em curto horizonte de tempo;
– formular edital que preveja ações integradas de apoio a grupos de pesquisa emergentes;
– fortalecer o diálogo com representantes dos órgãos de fomento nacionais e internacionais para atuar na construção de políticas para a pesquisa;
– apresentar às agências de fomento propostas de novas modalidades de financiamento que busquem enfrentar desafios regionais e nacionais;
– fomentar a interação entre pesquisa e educação básica;
– ampliar a participação da UFMG, por meio das Pró-Reitorias, na discussão das políticas nacionais e estaduais para a pós-graduação e a pesquisa.
– fortalecer as ações de internacionalização da pesquisa por meio do apoio à realização de pós-doutoramento no exterior, à participação de eventos no exterior e ao desenvolvimento de teses em cotutela;
– estimular a aproximação de grupos de pesquisa com outros setores da sociedade, promovendo o desenvolvimento de processos e produtos de base científica e tecnológica e de projetos de instrumentação científica;
– consolidar o programa de pesquisadores residentes do IEAT, possibilitando que os resultados desse programa tenham impacto nas atividades de ensino de graduação e de pós-graduação;
1.4. Extensão
É inegável que ao longo dos últimos anos houve avanços significativos no reconhecimento da Extensão Universitária como prática acadêmica e instrumento efetivo de transformação da sociedade e da própria universidade. Nesse sentido, é necessário que haja investimento contínuo nas políticas de fomento que garantam sustentabilidade aos programas e projetos, na avaliação e monitoramento das ações de extensão e na intensificação de uma interlocução qualificada com setores diversos da sociedade, no âmbito regional, nacional e internacional. No contexto contemporâneo, apresenta-se como importante desafio para a Extensão a sua incorporação curricular, ou seja, assegurar sua inserção nos projetos pedagógicos de todos os cursos de graduação, a partir de perspectivas inter e transdisciplinares. É imprescindível que sejam utilizadas metodologias inovadoras que se articulem com a Pesquisa e com o Ensino, de forma que o papel formador da Extensão seja efetivamente reconhecido. Além disso, é urgente que sejam incorporadas novas pautas ao debate da Extensão, como a interface com a tecnologia, com os saberes dos sujeitos diversos presentes na universidade e com a pluralidade de linguagens para interação com a sociedade, explicitada por meio dos produtos gerados a partir das ações de Extensão. Portanto, fortalecer a Extensão Universitária, por meio de ações e processos que tomem a democratização do conhecimento
– em ambos os aspectos de produção e difusão
– como princípio central, é fundamental para que a UFMG cumpra sua função pública e sustente, simultaneamente, sua relevância social. Em consonância com esses princípios, propomos:
– fortalecer a Extensão nas suas dimensões acadêmica e de diálogo com a sociedade;
– consolidar o trabalho das redes interdisciplinares de programas e projetos de extensão ampliando sua abrangência e o diálogo com os movimentos sociais e outros setores da sociedade;
– fomentar programas e projetos com propostas inovadoras no âmbito da extensão universitária, em especial:
• ações que valorizem e avaliem as políticas de ações afirmativas e incluam estudantes com esse perfil;
• ações que promovam a integração de estudantes de cursos em Educação a Distância (EAD);
• ações que prevejam cooperação internacional;
• ações que atendam à Resolução do CEPE que instituiu a Formação em Extensão Universitária, desenvolvidas em comunidades de baixo IDH visando à melhoria sustentável de indicadores sociais e do acesso à educação, à saúde e à cultura;
– consolidar a Extensão Universitária como espaço de produção de conhecimento;
– assegurar a valorização dos diversos produtos originários das ações de extensão;
– fortalecer e ampliar a divulgação do conhecimento produzido no âmbito da extensão universitária;
– aperfeiçoar e diversificar os programas de fomento à Extensão:
• expansão da abrangência dos editais publicados em parceria com as demais Pró-Reitorias acadêmicas com concessão de bolsas para estudantes de graduação, pós-graduação e ensino médio;
• publicação de editais que atendam a questões emergenciais e contribuam para o fortalecimento de políticas públicas;
• publicação de editais de apoio à publicação de produtos da Extensão como jogos, cartilhas, livros, aplicativos, produtos audiovisuais;
– consolidar e ampliar as estratégias direcionadas a que todos os cursos de graduação disponham de mecanismos para a integralização de créditos curriculares pela participação dos discentes em programas e projetos de Extensão Universitária;
– adotar políticas que consolidem as propostas de Formação em Extensão por meio de apoio aos colegiados de cursos e coordenadores dos programas e projetos de extensão para elaboração e implementação dos módulos de atividades que permitam a integralização de créditos curriculares;
– aprimorar os processos de avaliação da Extensão Universitária com ênfase na proposição de instrumentos de monitoramento e avaliação da extensão na UFMG junto aos estudantes e público-alvo das ações de extensão;
– investir no aprimoramento contínuo do Sistema de Informação da Extensão (SIEX) com o objetivo de facilitar e qualificar o registro das ações de extensão e aperfeiçoar os processos de certificação;
– investir em um sistema mais eficiente de comunicação administrativa com os Centros de Extensão (CENEX) de forma a ampliar e aprimorar a circulação de informações;
– ampliar as ações de formação e qualificação para os coordenadores e secretários dos Centros de Extensão;
– avançar na construção e implementação de uma política de comunicação pública da ciência e tecnologia – integrada à política de comunicação institucional da Universidade – e em diálogo com as instâncias da comunidade acadêmica, órgãos governamentais e outros setores da sociedade envolvidos com a temática;
– expandir e diversificar as ações que promovam a abertura dos campi da UFMG para a comunidade externa, promovendo a integração da Universidade à vida cotidiana das cidades onde estão localizados.
1.5 Cultura
A política cultural que pretendemos implementar em nossa gestão parte do entendimento de que é necessário fortalecer as iniciativas já implementadas, dando prosseguimento a uma reflexão conceitual aprofundada sobre as muitas formas de produção cultural da UFMG, articulando os vários espaços e equipamentos culturais da instituição e integrando-os às atividades formativas de ensino, pesquisa e extensão, como produção de conhecimento e não uma simples produção de eventos. A cultura deve ser compreendida como espaço de interação com todos os segmentos da comunidade universitária, com a comunidade externa e com a cidade na qual habitamos e com a qual interagimos. Nesse sentido, a cultura potencializa a interação entre os saberes produzidos na universidade e os saberes tradicionais e plurais, abrindo espaço para os saberes compartilhados, a reflexão crítica e a construção coletiva em campos como os direitos humanos e sociais, a inclusão, a cidadania. A seguir listamos algumas de nossas propostas no campo da cultura:
– ampliar e consolidar a presença da UFMG como centro de produção cultural nas cidades de sua atuação;
– consolidar a reestruturação conceitual e organizacional da atual Diretoria de Ação Cultural (DAC), para que as políticas de cultura da Universidade sejam parte efetiva do pensamento acadêmico que rege a UFMG;
– fortalecer o projeto Muitas Culturas nos campi, ampliando seu escopo e sua articulação com os vários espaços e equipamentos da instituição – Centro Cultural UFMG, Conservatório UFMG, Espaço do Conhecimento, Campus Cultural da UFMG em Tiradentes, entre outros;
– consolidar a formação transversal em Culturas em Movimento e Processos Criativos, articulando-a com a política cultural da instituição e com os demais espaços e equipamentos da UFMG;
– implementar e executar a Política de Acervo Artístico da UFMG, para gestão de acervos e de patrimônios culturais (ações de diagnóstico, inventário, manutenção e visibilidade), visando o seu resguardo interno e a efetivação de intercâmbios e parcerias com órgãos similares nacionais e internacionais;
– realizar esforços para a estruturação e abertura de um Centro Expositivo da UFMG, para abrigar o seu importante acervo artístico;
– consolidar as ações para implantação definitiva do Campus Cultural da UFMG em Tiradentes, aproximando-o da comunidade da Universidade para realização de projetos culturais, de ensino, de pesquisa e de extensão;
– ampliar o Programa de Professor Residente no Campus Cultural da UFMG em Tiradentes;
– propor a reestruturação do Circuito Cultural da UFMG, reunindo espaços e atividades existentes;
– criar um Núcleo de Captação para Projetos Culturais e Esportivos que possam dar suporte a projetos a serem submetidos por meio de leis de incentivo;
– reestruturar a Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade para que possa atuar como fundação de apoio à pesquisa no campo da cultura, das artes e da inovação;
– ampliar os programas Residência Artística, ampliando sua atuação, buscando a interação entre cultura e tecnologia, articulando os espaços acadêmicos e os espaços inovadores;
– ampliar o programa de artistas refugiados, em parceria com órgãos governamentais e associações;
– estabelecer um Fundo de Cultura para o apoio institucional da DAC a ações culturais da comunidade universitária, por meio de editais ou chamadas;
– constituir um “Programa Bolsa de Cultura”, para apoiar, por meio de editais e chamadas, atividades e ações da comunidade universitária;
– criação da “Semana da Cultura” na UFMG: reconhecimento e valorização das diversas expressões culturais que representam as distintas categorias que compõem a UFMG;
– potencializar o Centro Cultural da UFMG como um espaço pulsante na cena artística de Belo Horizonte, em especial da região central;
– ampliar as atividades do Conservatório da UFMG para que continue atuando como espaço de atividades de diversidade musical e artísticas para a fruição da comunidade belorizontina;
– ampliar as atividades do Espaço do Conhecimento da UFMG, em conjunto com a Secretaria de Estado de Cultura, potencializando sua ação educadora junto à educação básica e sua interação com a cidade de Belo Horizonte;
– propor projetos culturais como forma de interiorizar a presença da instituição no estado, constituindo ações que visam conhecer, promover, divulgar e ampliar o potencial da cultura local, em especial nos locais de inserção da UFMG;
– fortalecer o Festival de Inverno e o Festival de Verão como atividades estruturantes da política cultural da UFMG e integradoras dos laços entre a cidade de Belo Horizonte e a UFMG;
– estabelecer programas de intercâmbio e investigação no campo da cultura e das artes, em articulação da DAC com as Pró-Reitorias Acadêmicas e a DRI;
– criar programas de qualificação na área de produção cultural dirigidos para os servidores técnico-administrativos em educação que atuam no campo;
– ampliar as estratégias de comunicação e divulgação de modo a dar mais visibilidade às atividades da cultura nos campi da UFMG;
– ampliar as ações do Projeto Interâncias que procura estabelecer interação e parcerias com a população da cidade, com as escolas e os órgãos de cultura.
1.6. Escola Básica e Profissional
As atividades da educação básica e profissional, realizadas no Centro Pedagógico (CP), no Colégio Técnico (COLTEC) e no Teatro Universitário (TU), são partes integrantes e essenciais da UFMG no campo do ensino, pesquisa e extensão. Como uma universidade pública e diversa é preciso que a UFMG tenha compromisso com a educação pública e atuação em todos os níveis de ensino e, assim, contribua decisivamente para a reflexão crítica sobre a educação – nos níveis básico, profissional e superior. Propomos como prioridade as seguintes ações:
– fortalecer o papel da educação básica e profissional na UFMG, consolidando a atuação do Centro Pedagógico (CP), Colégio Técnico (COLTEC) e Teatro Universitário (TU) como referência na educação pública;
– rever a organização institucional da EBAP, reconhecendo as especificidades da educação básica e da educação profissional;
– elaborar com participação da comunidade acadêmica do CP, COLTEC e TU, as Normas Gerais da educação básica e da educação profissional da UFMG;
– apoiar a consolidação dos cursos técnicos subsequentes recentemente criados no COLTEC;
– apoiar a criação do Mestrado Profissional em Ensino e Inovação Tecnológica, consolidando a atuação do COLTEC no campo do ensino e da inovação;
– apoiar e institucionalizar o programa de residência docente, recentemente criado no CP, para transformá-lo em programa de caráter permanente e integrado a outras ações que visem aprofundar o papel do CP como centro de referência para a formação de docentes para a educação básica;
– acompanhar a reorganização do CP como escola de tempo integral, garantindo a oferta de atividades que viabilizem esse modelo.
1.7 Avaliação Institucional
A UFMG, com sua participação ativa na construção de um projeto educacional brasileiro de maior inclusão social e reconhecida competência na produção e distribuição do conhecimento, tem utilizado a Educação a Distância (EaD) como fator de transformação social. Nesse sentido, além da gestão de diversos cursos de graduação e pós-graduação a distância, vem promovendo ações de integração com o ensino presencial, rigorosa avaliação interna, estímulo à pesquisa científica e atuação pioneira na extensão universitária em EaD. Para que a UFMG alcance maior consolidação e institucionalização da modalidade, propomos:
– estabelecer uma política de reconhecimento da atuação docente na EaD e que estimule a ampliação do número de disciplinas que se organizem na modalidade EaD;
– incentivar a produção e utilização de recursos educacionais abertos nos processos de ensino-aprendizagem;
– promover maior estímulo à pesquisa científica em EaD, com maior participação dos discentes;
– ampliar as ações de cooperação e internacionalização da UFMG no âmbito de Ensino, Pesquisa e Extensão na/da modalidade a distância;
– regulamentar a oferta dos cursos de graduação na modalidade EAD, para que atendam às diretrizes para os “cursos de oferta pontual”, previstas nas novas Normas Gerais de Graduação;
– envidar esforços para que os cursos de graduação na modalidade EAD sejam incluídos na matriz orçamentária das universidades, garantindo sua continuidade;
– prosseguir na convergência entre o ensino a distância e o ensino presencial, com a criação de atividades acadêmicas curriculares comuns aos cursos nas duas modalidades;
– ampliar o uso de novas tecnologias nas atividades da graduação e nos processos de ensino-aprendizagem.
1.8 Educação a Distância
A avaliação institucional na UFMG tem papel importante no acompanhamento das políticas acadêmicas e na melhoria das atividades fins da instituição, bem como de sua atividade meio e de sua infraestrutura. Um projeto de autoavaliação institucional de relevância como o que se pretende para a nossa instituição deve estabelecer as seguintes ações:
– consolidar e aprimorar os processos de autoavaliação institucional, alinhados com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), fortalecendo a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e contribuindo para que a avaliação resulte na formulação de políticas institucionais acadêmicas e administrativas;
– aprimorar os processos de avaliação das políticas acadêmicas com ênfase na proposição de métodos de acompanhamento e avaliação das atividades de ensino e extensão junto aos estudantes, comunidade acadêmica e sociedade;
– realizar a autoavaliação da Pós-graduação para fornecer subsídios ao estabelecimento de metas de crescimento;
– aprimorar os métodos de avaliação da atividade de pesquisa, incluindo análises de qualidade de produção científica, interdisciplinaridade e inovação;
– instituir a avaliação de egressos da UFMG para identificar a área de atuação, inserção no mundo do trabalho e contribuir para a reflexão sobre a formação permanente.
1.9. Propostas Integradoras
Ao pensarmos em ações no campo acadêmico, torna-se imprescindível articular propostas que viabilizem a indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão, bem como a cultura, incentivando a prática inter e transdisciplinar nas experiências docente e discente. Propomos:
– criar instâncias de apoio administrativo permanente para as atividades de formação transversal com a finalidade de desenvolver a multi, inter e transdiciplinaridade em atividades acadêmicas da graduação e pósgraduação, presencial e a distância, e que integrem ensino, pesquisa e extensão. Esse espaço, físico e virtual, funcionaria como uma Unidade Acadêmica Transversal, ligada às Pró-Reitorias acadêmicas e articulada com o IEAT, CAED e GIZ;
– investir em editais, propostos pelo conjunto das Pró-Reitorias acadêmicas, para fomentar atividades que integrem ensino, pesquisa e extensão;
– implementar sistema para gestão unificada de bolsas de graduação, extensão, pesquisa e pós-graduação com interface com os sistemas da Fundação Mendes Pimentel e fundações de apoio;
– incluir, no cadastro de informações socioeconômicas de estudantes de Graduação e Pós-graduação, dados relativos às demandas de assistência estudantil e necessidades educacionais especiais, para o acompanhamento dos resultados da política de ações afirmativas;
– fortalecer a interação da Diretoria de Relações Internacionais com as Pró
– Reitorias acadêmicas para expansão e diversificação das atividades de internacionalização;
– implementar uma política integrada, envolvendo as Pró-Reitorias de Graduação, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação e as demais Diretorias, para ações direcionadas à interação da Universidade com a Educação Básica, com o Sistema Único de Saúde e outras políticas públicas:
• institucionalização de Programa de Integração da Educação Básica com o Ensino Superior por meio das seguintes ações: consolidação de acordos de cooperação com escolas da rede pública municipal e estadual; criação do estágio interdisciplinar dos cursos de licenciatura, com a contagem integral dos encargos docentes nesse estágio; articulação de ações de extensão, pesquisa e formação continuada a serem desenvolvidas nas escolas inseridas no programa;
• implementar, em diálogo com a comunidade acadêmica, parceiros dos órgãos governamentais e movimentos sociais, uma política de formação continuada dos profissionais da Educação Básica que envolva, entre outras estratégias, oferta de cursos, vagas em disciplinas de Formação Complementar, incluindo as Formações Transversais, e interação com programas de Pós-Graduação;
• aprofundar a discussão sobre o papel da UFMG como grande formadora de recursos humanos na área da saúde, buscando apoio e parceria dos entes públicos, envolvendo, pela UFMG, os cursos de graduação e pósgraduação e as residências médicas e multiprofissionais dos Hospitais Universitários;
• aprofundar a discussão sobre estágios em atenção primária na rede do SUS articulados de forma mais ampla à inserção da UFMG nos distritos sanitários;
• atuar no sentido de arregimentar os apoios dos entes públicos na consolidação do papel da UFMG como formadora e prestadora de serviço na área da saúde no município e no estado; unificar a política institucional de articulação no campo da saúde no intuito de fortalecer as negociações com os parceiros (União, Estado e Município) e criar uma identidade política da UFMG nessa área;
• atuar junto com os colegiados de curso e diretorias de unidade, buscando dialogar e estabelecer parcerias com os gestores públicos da área de saúde, para fortalecer e ampliar os cenários de prática para a formação no âmbito da graduação e da residência médica e multiprofissional;
• atuar junto com os colegiados de curso e diretorias de unidade para fortalecer a integração entre universidade, serviços e comunidade, assumindo responsabilidades mútuas e promovendo o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão articuladas com o Sistema Único de Saúde, com base nas necessidades sociais e na capacidade de promover o desenvolvimento regional.;
• dedicar especial atenção às atuais dificuldades relacionadas aos cenários de prática negociações com os parceiros (União, Estado e Município) e o estabelecimento de uma política institucional para essa área;
– ampliar o apoio à participação dos servidores técnico-administrativos em educação e estudantes em eventos que sejam fruto de atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão;
– criar a resolução de notório saber com o objetivo de regulamentar a interação da instituição com os saberes tradicionais.