Con(fiar) – Cultura e Patrimônio no Campo das Vertentes

O Campus Cultural UFMG em Tiradentes e a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade apresentam a Exposição “Con(fiar) – Cultura e Patrimônio no Campo das Vertentes”, que teve sua abertura no dia 21 de dezembro no Quatro Cantos Espaço Cultural.

A exposição é um desdobramento do Projeto de Extensão Con(fiar), do Campus Cultural UFMG em Tiradentes, que tem o objetivo de conhecer e registrar as trajetórias, os saberes, as memórias e as diversas manifestações culturais dos habitantes de Tiradentes e do Campo das Vertentes.

Confiar é tecer, é acreditar na possibilidade do encontro onde nossas linhas se fortalecem em nós, entre nós. Esse fio da confiança nos ajudou a tecer laços com pessoas que perpetuam ofícios e saberes no Campo das Vertentes. Com elas encontramos aconchego e afeto servidos com uma boa prosa, histórias, confidências e conversa fiada. Estes encontros e conversas foram registrados em curtas-documentários, disponíveis em nosso canal no YouTube, pois, nosso desejo é contribuir com a valorização da multiplicidade de saberes que marcam a região.

Percorremos as cidades e entramos nas casas destas pessoas. A cada encontro nos concentramos na escuta, nas memórias, no valor dado às coisas e ao conhecimento. Valorizamos também as emoções, as pausas, os olhares, as sutilezas da voz, os gestos que também estão presentes nas narrativas. Se “o mais importante do bordado é o avesso”, o Con(fiar) quer conhecer esses avessos, o que está por trás e que passa muitas vezes despercebido.

A Exposição ficará aberta à visitação no Quatro Cantos Espaço Cultural (Rua Direita, 5, Tiradentes) até 25 de fevereiro de 2024, de terça a domingo, de 9h às 21h. Venha conferir!

Serviço

Exposição “Con(fiar) – Cultura e Patrimônio no Campo das Vertentes”
Data: de 21/12/2023 a 25/02/2024 | Horário: terça a domingo, de 9h às 21h
Local: Quatro Cantos Espaço Cultural – Rua Direita, 5, Tiradentes
Entrada gratuita e aberta ao público

Mais informações: (31) 98378 0157

 

Os fios do destino trançados pelas mãos do amor

Mãos do Amor

O filme Mãos do Amor é o terceiro da temporada de 2023 do projeto de extensão Con(fiar), desenvolvido pelo Campus Cultural UFMG em Tiradentes em parceria com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade. Gravado na cidade de Resende Costa, Minas Gerais, o episódio conta um pouco das memórias de Conceição Aparecida da Cruz, popularmente conhecida como Dona São, e sua trajetória nas artes manuais: seja no bordado, crochê, tricô ou na confecção de bonecas de pano. Como entoado por Dona Ivone Lara na canção Sorriso Negro, “um sorriso negro, um abraço negro, traz felicidade”, e foi com sorriso largo e abraço apertado que Dona São recebeu a nossa equipe, ainda que amarrasse sua dor em cada ponto que dava.  Na sua simplicidade e timidez revelou o seu segredo, inspiração para o nome deste curta-documentário. Para ela “tudo na vida a gente tem que ter uma pitada de amor no meio”, e foi com amor que produzimos este filme e convidamos você a assistir.

Tradicionalmente o ensino das técnicas e motivos do bordado pertence à oralidade, mas não foi assim que se deu o encontro de nossa bordadeira com seu ofício. Dona São começou a trabalhar cedo, com onze anos de idade, logo após completar a quarta série na escola. Mesmo querendo continuar os estudos isso não foi possível. Partiu para o artesanato e foi aprender a fazer os bordados em um curso à distância, pago por sua mãe, no Instituto Universal Brasileiro. Foram nove meses de curso, onde ela fazia os trabalhos, mandava para conferência e recebia as notas. E era muito feliz porque seus trabalhos só ganhavam nota dez, que era a nota máxima.

Dona São diz que já não sabe viver sem esse trabalho. São cinquenta anos fazendo bordados, crochê e tricô, e, segundo ela, o trabalho manual lhe ajuda muito. Tricotar é uma atividade que pode ser realizada em qualquer lugar, sozinho ou em grupo. Em grupo, é facultado fazer novas amizades e fomentar a sociabilidade. É o que Dona São gosta de fazer, se reunir com suas alunas às quartas feiras para fazer tricô juntas. Um momento muito gratificante em sua vida como ela ressalta: “Mal de mim se não são minhas agulhas de tricô!”

Chita, a boneca da sorte

A primeira boneca de pano feita por Dona São foi numa brincadeira, com restos de tecido. Ao ver essa boneca finalizada, batizada com o nome de Chita, disse: “Essa Chita só falta falar”. Nascia ali uma relação de amor de Dona São com as bonecas de pano. As bonecas pretas, até então ausentes dos presentes de Natal ou aniversário, e do repertório cultural de toda uma comunidade que construiu uma estética visual da palidez, tornou-se cada vez mais presente no seu repertório criativo e de sua filha Sildes Maria. Aquela Conceição, que na infância brincava com espigas de milho, fez bonecas de pano para cada uma de suas netas, e com felicidade ela ressalta: “bonecas da cor da gente”. Em nossa sociedade, por não valorizar as características dos variados tipos humanos, os brinquedos contribuem para a conservação e padronização de estereótipos de beleza. O que temos na maioria das vezes são bonecas com estilo europeu: brancas, com cabelos loiros e olhos azuis. Um padrão que foi quebrado por Dona São e sua filha Sildes.

Resende Costa

A cidade de Resende Costa está localizada na região do Campo das Vertentes, próximo a Tiradentes e São João del-Rei. Foi por muitos anos caminho de tropeiros, rota para outras cidades que viviam da mineração. A cidade nasceu em cima de uma laje, com vista para um mar de serras, com casas de arquitetura colonial e uma igreja para Nossa Senhora da Penha de França. O nome do município é em homenagem ao inconfidente José de Resende Costa (Filho), degredado pela participação na Inconfidência Mineira e um dos poucos a regressar ao Brasil. O município e a população acolheram a importância do artesanato como pilar social, cultural e econômico na cidade.

O filme está disponível para visualização em nosso canal no YouTube e você pode acessá-lo clicando aqui. Você também pode ter acesso a todos os outros filmes produzidos pelo Con(fiar) clicando aqui.

Suíte Ser & Devir encerra o mês de setembro no Campus Cultural

O Campus Cultural UFMG em Tiradentes em parceria com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade convidam você para a Suíte Ser & Devir que irá acontecer no Museu Casa Padre Toledo no próximo sábado, dia 30 de setembro, às 16h30. A fricção entre ideias e conceitos aparentemente opostos norteou a criação das peças, quiçá uma suíte, nomeada Ser & Devir. Essa fricção aparece também nos títulos das danças como: Pedra e Água, Alegria e Recolhimento, Vazio e Cheio, Urgência e Paciência, Ócio e Trabalho, Firme e Suave. Uma constante busca de colocar em relação o diverso e contudo complementar.

 A formação instrumental da suíte inclui marimba e vibrafone, com uma sonoridade delicada e ao mesmo tempo rítmica. O trio melódico com flauta, violino e violoncelo aporta uma palheta de cores camerística, apoiado numa seção rítmica com bateria, percussão e contrabaixo. Na suíte, cada dança tem uma estrutura formal que orienta o fluxo da improvisação. As peças começaram a ser escritas durante uma turnê na Europa, com o violinista austríaco Rudi Berger, e em sua instrumentação original incluía uma orquestra de cordas, cujas partes foram transcritas e adaptadas para os teclados percussivos (marimba e vibrafone).

Berger virá especialmente para uma série de apresentações, incluindo a apresentação no Museu Casa Padre Toledo, e também uma gravação da suíte. Rudi Berger é apaixonado pela música brasileira e tem frequentado a cena instrumental em períodos sazonais, trabalhando com diversos artistas brasileiros, tendo um disco gravado em parceria com músico e compositor mineiro Toninho Horta e diversas participações em outros trabalhos e produções.

Ficha técnica em ordem alfabética:

André Limão Queiroz | Bateria

Possui graduação (2003), mestrado (2006) e Doutorado (2021) em Música pela UFMG, onde atualmente é professor no Bacharelado de Percussão e na Música Popular. Tem experiência na área de Artes (Música), com ênfase em Bateria/Percussão atuando principalmente na performance, composição e improvisação na música instrumental. Atuou com grandes nomes da música brasileira, como Milton Nascimento, Lô Borges, Samuel Rosa, entre muitos outros.

Carlos Fernandes | Vibrafone e Marimba

Carlos Fernandes é licenciado em música pela UFOP e mestre em música pela UFMG. Atuou em projetos de extensão, como por exemplo: Big Band Ouro Preto, Banda Sinfônica da UFOP e Grupo de Percussão da UFOP. Tem atuação como: Regente Titular e diretor artístico do Coro Feminino Silvinha Araújo (Mariana-MG); Diretor musical em eventos e festivais de música como o Festival Nacional da Canção de Mariana e Baterista/Vibrafonista em diversos grupos musicais.

Elise Pittenger | Violoncelo

Possui graduação em Bachelors of Arts – Yale University (1997) e doutorado em Performance Musical – McGill University (2010). Atualmente é professora adjunta da UFMG. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Música, atuando principalmente nos seguintes temas: gesture, música contemporânea brasileira, colaboração compositor-interprete, grupo de violoncelos como ferramenta de ensino.

Fernando Rocha | Vibrafone e Marimba

Professor de percussão da UFMG desde 1998. Possui doutorado em música pela McGill University (Montreal, Canadá), Mestrado pela UFMG e Bacharelado em Percussão pela UNESP. Entre 2015 e 2016 foi pesquisador visitante na Universidade de Virginia (EUA). Apresentou-se com vários grupos e músicos de jazz e música brasileira. Criou o Grupo de Percussão da UFMG, com o qual tem se apresentado em Belo Horizonte, bem como em eventos nacionais e internacionais.

Hiago Fernandes | Contrabaixo

É licenciado em Música pela UFOP. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Música. Tem participação nos projetos: Big Band Ouro Preto e Orquestra de Violões da UFOP. Foi vencedor dos prêmios BDMG JOVEM MÚSICO 2019 e BDMG JOVEM INSTRUMENTISTA 2021; baixista da Banda Base no Festival Nacional da Canção de Mariana (Mariana-MG 2018 e 2019). Atualmente é professor de contrabaixo e violão.

Mateus Oliveira | Percussão e Marimba

Baterista e percussionista com experiência nas áreas erudita e popular. Possui graduação e mestrado em Música pela UFMG. Atualmente é professor de música da Prefeitura Municipal de Santa Bárbara e professor de música da Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações (UNINCOR). Diretor musical em eventos e festivais de música como o Festival Nacional da Canção de Mariana (Mariana-MG 2017, 2018 e 2019) e Baterista/Vibrafonista em diversos grupos musicais.

Mauro Rodrigues | Flautas e Composições

Graduado em flauta pela UFMG, mestrado em musicologia pelo Conservatório Brasileiro de Música (RJ), doutorado em Artes pela UFMG e Pós-doutorado em Música pela UNIRIO. Participou do programa de Professor Visitante na UFMG e Pesquisador Visitante pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG). É Professor Associado na Escola de Música da UFMG. Tem atuado com renomados artistas (Beto Guedes, Toninho Horta, Babaya, Skank, Jota Quest, Rudi Berger e Juarez Moreira, dentre outros).

Serviço

Suíte “Ser & Devir”, Mauro Rodrigues e grupo convidam Rudi Berger
Data: 30/09 (sábado) | Horário: 16h30
Local: Museu Casa Padre Toledo – Rua Padre Toledo, 190, Tiradentes
Entrada gratuita e aberta ao público (sem retirada de ingressos)
Mais informações: (31) 98378 0157

O Con(fiar) dá “Boas Vindas” à Primavera!

Boas Vindas

O filme Boas Vindas é o segundo episódio da nova temporada do projeto Con(fiar). Gravado na cidade de Nazareno, Minas Gerais, o episódio conta um pouco das memórias de  Percidônia do Carmo, ou Perciliana, como é conhecida entre seus habitantes. Por meio de seu ofício, a enfermeira e parteira trouxe ao mundo muitas vidas.

Dona Perciliana, parteira da cidade de Nazareno – MG

 Perciliana nasceu na roça em 1939, onde permaneceu até os 17 anos. Na roça, ela nos conta que “plantava arroz, plantava mandioca, fazia polvilho”. Depois foi para a cidade de Nazareno e começou a trabalhar em casa de família por um certo tempo. No Hospital Municipal, dirigido à época pelo Padre Francisco, iniciou os trabalhos como servente, mas sempre sonhando em trabalhar na área da saúde. Perciliana nos conta que foi aprendendo o trabalho de enfermeira e parteira de forma prática, no contato com os médicos e pacientes e assim tornou-se uma enfermeira de renome. Logo depois ela fez o curso de “Treinamento Hospitalar” no Hospital Municipal Santo Antônio, do qual orgulha-se muito.

Trabalhou por mais de 30 anos no hospital e durante esse período realizou muitos partos. Hoje, aos 84 anos, tem uma voz mansa e suave e quem a ouve não imagina a sua força. Perciliana exerceu a função de enfermeira e parteira numa época sem muitos recursos e tecnologias. Além dos partos e do trabalho no hospital, nas suas horas de folga ela fazia muitos atendimentos nas casas das mães, de forma voluntária, não cobrava nada por isso. Sua sobrinha Maria de Nazaré, que mora com ela, conta que ela ela cuidava das mães, dava banho nas crianças e prestava todo atendimento.  Todo esse carinho fez com que Perciliana tivesse muitos afilhados. Nazaré conta que recebem muitas visitas, são comadres e muitos afilhados, que vêm de Nazareno, das roças, de outras cidades, e assim a casa fica sempre cheia.

 

O ofício das parteiras

O ofício de parteira pode ser considerado um dos mais antigos da humanidade e até bem pouco atrás, as mãos que recebiam todas as crianças que chegavam ao mundo e que lhes davam “boas vindas” quase sempre eram mãos femininas. As parteiras têm uma atuação muito mais abrangente, que vai além do parto. Elas são figuras de referência nas suas comunidades e têm uma abordagem de cuidado, que mistura vários saberes. Elas cuidam e respeitam a gestante, o pai, as avós, a família. A parteira vira comadre e madrinha.

O Projeto Con(fiar) dá boas vindas à Primavera que nasce! Convidamos você a fazer o mesmo e assistir ao filme Boas Vindas que conta a história de vida da Dona Perciliana. O filme está disponível para visualização em nosso canal no YouTube e você pode acessá-lo clicando aqui. Você também pode ter acesso a todos os outros filmes produzidos pelo Con(fiar) clicando aqui.

“Dá licença” inaugura a temporada de 2023 do Projeto de Extensão Con(fiar)

Con(fiar) – Segunda Temporada

Con(fiar), projeto de extensão desenvolvido pelo Campus Cultural UFMG em Tiradentes em parceria com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, está de volta para uma segunda temporada de retratos audiovisuais produzidos em curtas-documentários que visam valorizar e preservar os diversos modos e práticas de conhecimento presentes em diferentes comunidades situadas na região do Campo das Vertentes. Dentre seus objetivos está o de registrar e compartilhar as histórias de vida, fortalecendo as identidades culturais das cidades e estabelecendo conexões entre os saberes tradicionais e as vivências contemporâneas, sobretudo com ações e manifestações da população negra.

Assim, damos continuidade a uma série de documentários, que até o momento já produziu 9 episódios, contando histórias de vida do cidadão comum e dedicando-se ao registro das memórias dos mestres e mestras de ofício e portadores de memórias, tradições e saberes da cidade de Tiradentes, de comunidades rurais e da região do Campo das Vertentes. 

O projeto almeja não apenas capturar as histórias e sabedorias das comunidades locais, mas também compartilhá-las amplamente, garantindo que essas tradições sejam valorizadas e perpetuadas de forma democrática, seja pela produção de documentários, publicações, exposições e mapas interativos. O objetivo é promover um diálogo enriquecedor entre o passado e o presente, conectando gerações e incentivando a preservação do patrimônio cultural.

Dá licença

Capa do filme “Dá licença”

O filme Dá Licença é o primeiro episódio desta nova temporada produzida pelo projeto Con(fiar). A entrevista com o Mestre Prego, Capitão do Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia, foi escolhida para ser o primeiro trabalho pela importância do Congado para a construção da identidade afro-brasileira em Minas Gerais. Prática que mantém a cultura negra viva no estado, as Festas de Congado são manifestações seculares da cultura e da religiosidade negras, da resistência africana por meio da fé e da devoção, ao mesmo tempo em que constroem novas histórias a partir dos seus integrantes atuais ao ressignificarem suas práticas culturais e religiosas, fazendo renascer as festas negras no município. O filme teve sua estreia no dia 8 de julho, sendo exibido no Museu Casa Padre Toledo, dentro da programação do Encontro de Congados de Tiradentes promovido pelo Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia. 

Exibição no Museu Casa Padre Toledo

Neste documentário, conheceremos um pouco da trajetória e das memórias do Mestre Prego, personagem que ocupa um espaço fundamental no resgate da tradição congadeira na cidade de Tiradentes. Com o Mestre Prego, o Congado passou a ocupar a cidade, sendo cada vez mais celebrado nas Festas do Rosário onde temos reencontros de mestres e mestras que mantêm viva nossa cultura imaterial. Com seus cantos e danças, essas celebrações fiam histórias de resistência a uma sociedade que buscou reprimir esse tipo de manifestação cultural e religiosa veementemente por séculos. A partir de uma perspectiva sincretista, o Congado mistura elementos religiosos de origem africana e católica, retomando tradições africanas em celebração de santos católicos, como Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Mercês, e figuras importantes para a cosmovisão afro-brasileira, como Pai Joaquim, Mãe Cambinda ou Escrava Anastácia.

O filme Dá licença está disponível para visualização em nosso canal no YouTube e você pode acessá-lo clicando aqui. Você também pode ter acesso a todos os outros filmes produzidos pelo Con(fiar) clicando aqui.

Registrar o Congado é preservar Minas Gerais, sua história e manifestações populares. Dá Licença é nossa forma de pedir licença para mostrar os saberes escondidos nas serras de Minas, de amplificar vozes que cantam e constroem nossa terra. 

Encontro de Congado de Tiradentes, edição 2023. Foto: Luiz Cruz