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Divulgada a Carta do II Fórum Regional de Arquivistas das Instituições Federais de Ensino Superior da Região Sudeste – Arquifes/SE

O evento foi sediado no Campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais no período de 26 a 28 de novembro de 2014 , tendo como tema a “Implantação da Gestão de Documentos Físicos e Digitais nas IFES: Resultados e Desafios.”


Confira também as fotos e o vídeo de abertura no site do evento:
http://iiarquifese.blogspot.com.br/

II Fórum Regional de Arquivistas das Instituições Federais de Ensino Superior da Região Sudeste

Já estão abertas as inscrições para o II Fórum Regional de Arquivistas das Instituições Federais de Ensino Superior da Região Sudeste ( II Arquifes/SE). O evento ocorrerá no período de  26 a 28 de novembro de 2014, na Escola de Ciência da Informação, situada no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O II Arquifes/SE terá como tema a “Implantação da Gestão de Documentos Físicos e Digitais na IFES: Resultados e Desafios”.
A edição do evento está sendo organizada pela Diretoria de Arquivos Institucionais/UFMG (DIARQ) e tem seu público alvo voltado para arquivistas e profissionais de arquivo que atuam na gestão documental e atividades arquivísticas nas Instituições Federais de Ensino Superior.

Mais informações e inscrições por meio do site: http://iiarquifese.blogspot.com.br/

 

encontro campinas Serviços Informações Cidadãos

1° Encontro dos Serviços de Informações aos Cidadãos

O 1° Encontro dos Serviços de Informações aos Cidadãos das Instituições Públicas de Ensino Superior e Pesquisa no Brasil ocorreu nos dias 07 e 08 de agosto de 2014, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O objetivo principal do evento foi permitir aos Serviços de Informações aos Cidadãos (SIC’s), das Instituições Públicas de Ensino Superior e Pesquisa do Brasil, compartilhar os acertos e os desafios, visando buscar conjuntamente alternativas que permitissem enfrentar as dificuldades, bem como oferecer um espaço comum para celebrar os avanços.
 
No evento foi registrada a participação de trinta e cinco instituições públicas, além de outras dez instituições vinculadas a órgãos governamentais, tal como a ONG Artigo 19 e outros. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estava representada por membro da Diretoria de Arquivos Institucionais (DIARQ) e pela Professora Maria Aparecida Moura, representante do SIC UFMG.
 
O evento foi importante por  apresentar o quão diverso tem se  situado o SIC na estrutura  organizacional das instituições; quais  profissionais têm sido  responsabilizados por esses serviços;  além de evidenciar como cada um tem desempenhado suas atribuições. Sendo  assim, observamos que às vezes o  órgão está vinculado ao Arquivo,  outras vezes a Ouvidoria ou ainda  pode atuar como órgão autônomo,  como é o caso do SIC UNICAMP,  vinculado a Coordenadoria Geral  daquela Universidade.
 
Entre as questões debatidas no  encontro, elegemos como principais o questionamento quanto a vinculação do SIC tanto a estrutura  organizacional, quanto ao atrelamento ou não a Ouvidoria, questão em  relação a qual não houve consenso; os desafios quanto ao uso e ao desenvolvimento de aplicativo para atendimento das demandas do SIC; e, ainda, a classificação de sigilo das informações e a capacitação de servidores para atuar no SIC também foram questões apontadas.
 
Quanto ao software, a anfitriã informou que o seu aplicativo está sendo desenvolvido por Empresa Jr. da Universidade, em colaboração com a Controladoria Geral da União (CGU), na pessoa de Priscila Coradi. Também foi informado que a CGU fornece o código fonte para ser utilizado por outras instituições. Sobre a classificação de sigilo, foi informado que dúvidas podem ser tiradas através do e-mail dsic@planalto.gov.br , bem como as informações gerais e as dúvidas a respeito da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (LAI), podem ser esclarecidas através do e-mail acesso_informacao@cgu.gov.br.

Além dessas diversas contribuições e esclarecimentos, uma observação positiva foi quanto à valorização dos Arquivos, a partir das exigências impostas pela LAI (bem como pelo Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que regulamenta a Lei) e pelo SIC, como citaram diversos membros da UNESP e de várias instituições. Outras fontes de informação disponíveis sobre o tema podem ser obtidas através dos e-mails e website do Artigo 19 (comunicacao@artigo19.org, joara@artigo19.org, www.livreacesso.net), do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (www.gsi.gov.br/) e do Comitê de Infraestrutura e Portal de Dados Abertos (http://dados.gov.br/).
 
O material do evento pode ser solicitado através do canal acervo@rtv.unicamp.br.

 

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Confira a fala da Professora Heloísa Bellotto no I Ciclo de Palestras da Diarq

Disponibilizamos, abaixo, o registro textual da fala da Professora Heloísa Liberalli Bellotto, pronunciada no I Ciclo de Palestras da Diretoria de Arquivos Institucionais – DIARQ.

A palestra contou com a audiência de mais de 200 pessoas e aconteceu no dia 7 de abril de 2014, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais.

Recorde de vendas em evento da DIARQ

Durante o I Ciclo de Palestras da Diretoria de Arquivos Institucionais, ocorrido no auditório da Reitoria no dia 7 de maio de 2014, o livro “Arquivo: Estudos e Reflexões”, de autoria da professora Heloísa Liberalli Bellotto (USP), bateu recorde em vendas em lançamentos da Editora UFMG realizados no campus. Na data, foram vendidos quase 100 exemplares.

Diretoria de Arquivos Institucionais realiza ciclo de palestras e lança site

Os desafios enfrentados para se implantar uma política de arquivos, tanto no que diz respeito à gestão dos documentos correntes, quanto à preservação daqueles com valor histórico, será tema de debates no campus Pampulha no dia 7 de maio.

Promovido pela Diretoria de Arquivos Institucionais (Diarq) da UFMG, o evento com o tema Os arquivos e os arquivos universitários: desafios do século XXI inclui o lançamento do site institucional da Diarq e do livro Arquivo: estudos e reflexões, da professora Heloísa Liberalli Bellotto (USP), publicado pela Editora UFMG.

Segundo a autora, arquivos institucionais são conjuntos dos documentos em suporte papel ou eletrônico que não só provam a existência e o funcionamento de instituições, sejam órgãos públicos ou organizações privadas, “mas também contribuem fortemente para que as entidades sejam mais racional e produtivamente geridas”.

A professora, que também fará a palestra O sentido dos arquivos, explica que a importância dos arquivos institucionais “advém do fato de que nenhuma instituição pode funcionar sem os registros documentais que provam e garantem a legitimidade de sua existência”.

Além disso, sendo o arquivo o centralizador do sistema interno de informações e sendo o reflexo das relações daquela entidade com o meio em que age e atua, “ele é de vital importância para o bom desenvolvimento e o cumprimento do papel que cabe a uma determinada instituição em uma determinada sociedade”, completa.

Com relação ao livro, publicado pela Editora UFMG, Heloísa Bellotto informa que a obra permite uma visão panorâmica da arquivologia e da evolução dos estudos arquivísticos no Brasil nos últimos 30 anos, por meio de uma seleção de artigos, capítulos de coletâneas e entrevistas concedidas, publicados em revistas esgotadas ou de difícil acesso, assim como conferências e pronunciamentos inéditos.

“É preciso que os profissionais respondam satisfatoriamente diante da urgente, quase instantânea, necessidade de informações de toda ordem que se exige em todos os campos do conhecimento e principalmente no funcionamento dos órgãos públicos e das organizações privadas”, comenta a autora. Segundo ela, tais estudos e reflexões são apresentados por meio de 37 textos distribuídos em cinco módulos – arquivos, arquivistas, documentos, diplomática, entrevistas e pronunciamentos.

Evento
Aberto ao público, o I Ciclo de Palestras da Diretoria de Arquivos Institucionais acontece no auditório da Reitoria, a partir das 14h. Confira a programação:
14h – Abertura: lançamento do Portal Diarq
14h30 – Palestra O sentido dos arquivos – professora Heloísa Liberalli Bellotto (USP)
15h30 – Palestra Estratégias de avaliação na gestão de documentos – professora Ana Celeste Indolfo (Arquivo Nacional e Unirio)
17h – Lançamento do livro Arquivo: estudos e reflexões – Heloísa Liberalli Bellotto

Por uma política de arquivos na UFMG

Ana Lúcia S. do Carmo (*)
Macilene Gonçalves de Lima (**)
Renato Venâncio (***)
Silvana A. Silva dos Santos (****)

Em outubro de 2013 iniciou-se um diagnóstico da documentação da UFMG. Pouca gente sabe, mas a documentação corrente e as massas documentais acumuladas ocupam aproximadamente 600 salas da Universidade. A Diretoria de Arquivos Institucionais da UFMG, criada por portaria da Administração Central em julho do ano passado, tem por objetivo coordenar a implantação da política de arquivos na Instituição. Essa iniciativa tem raízes históricas. Na década de 1970 tentou-se estabelecer um Arquivo Central na UFMG. Esse arquivo chegou a ser implantado, funcionando em um dos andares do prédio da Reitoria. Infelizmente, acabou desativado ainda nos anos 70.

Na década de 1990, foi realizado um diagnóstico de acervo da UFMG, iniciativa que deu origem a projeto piloto na Escola de Farmácia, que deveria ser replicado nas outras unidades acadêmicas e administrativas. O projeto foi implantado com a proposição de manual contendo procedimentos recomendados para preservação do acervo documental e gestão da documentação corrente e intermediária. Contudo, registrou-se, no momento de transição da gestão central, a descontinuidade da iniciativa. Em 2008, a UFMG, pela primeira vez na sua história, promoveu concurso para arquivistas. Desde então, esses profissionais têm constantemente alertado a Administração Central sobre a importância da implantação de uma política de arquivos. Infelizmente, os cursos de Administração e Direito não contam com disciplinas na área de Arquivologia. Em razão disso, há quase sempre um desconhecimento, nos meios administrativos, dos benefícios advindos da gestão de documentos, tanto em termos de racionalização da produção e trâmite desses registros, como também de sua destinação, seja eliminando os que não têm valor probatório ou cultural, seja programando a guarda permanente (ou seja, para sempre) dos acervos de valor histórico, independentemente de seu suporte (papel, digital, película etc.).

A primeira iniciativa referente à constituição da Diretoria de Arquivos Institucionais (Diarq) data de outubro de 2012, quando portaria do Reitor instituiu comissão para estudar a questão dos arquivos institucionais da UFMG. Tal comissão é formada por Renato Pinto Venâncio (ECI), Ana Lúcia S. do Carmo (arquivista da Fafich), Macilene Gonçalves de Lima (Proplan) e Silvana A. Silva dos Santos (PRORH), e conta com a contribuição de outros arquivistas da instituição, assim como de colaboradores da Escola de Ciência da Informação.

A comissão implantou inicialmente mapeamento preliminar dos arquivos das unidades acadêmicas da UFMG. Devido à ausência de uma política de arquivos, a situação constatada e apresentada em relatório à Reitoria, em janeiro de 2013, foi catastrófica. Em razão das péssimas condições de guarda e acondicionamento da documentação, observou-se o eventual risco de perda de parte da memória institucional. Mais ainda, em vários depósitos improvisados, guarda-se de tudo, inclusive material combustível, com evidente risco de incêndio.

O mapeamento preliminar sensibilizou a Administração Central e, em 10 de julho de 2013, foi instituída a Diretoria de Arquivos Institucionais da UFMG. No sentido de aprofundar o trabalho, foi iniciado, em outubro passado, um diagnóstico geral da documentação, incluindo das unidades acadêmicas e administrativas.

Conforme mencionado, esse levantamento mostra que a UFMG tem cerca de 600 salas com arquivos correntes ou massas documentais acumuladas, a maior parte dos quais sem critérios adequados. Em várias secretarias estão, por exemplo, documentos gerados há décadas que não têm mais uso corrente. O desafio que aguarda a recém-criada Diarq é o mesmo a ser enfrentado por todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes): atender à lei 8.159, que dispõe sobre a implantação de uma política nacional de arquivos.

A UFMG vive um fenômeno comum a várias outras instituições contemporâneas. Houve um aumento exponencial na produção de documentos a partir de meados do século passado, devido, sobretudo, ao avanço tecnológico e à multiplicação de serviços públicos, impondo às instituições a tarefa de implementar a gestão de documentos. Para abrigar os acervos de guarda permanente, está prevista a construção de prédio do Arquivo Central. Também será necessária a contratação de profissionais de arquivologia para atuar na Diarq e nas unidades. A UFMG chegou a contar com 10 profissionais, número que hoje está reduzido à metade devido à falta de estrutura e à ausência de uma política de arquivos na Universidade.

Se a gestão for devidamente implementada, conforme determina a legislação federal, uma parcela dessa documentação será de guarda permanente no Arquivo Central, enquanto os documentos sem valor probatório ou histórico poderão ser eliminados. Essa gestão produzirá, inclusive, impacto sobre as atividades acadêmicas, uma vez que a adoção de metodologias de gestão de documentos permitirá a liberação de dezenas, talvez centenas, de espaços para atividades de pesquisa ou ensino. Além disso, contribuirá para o pleno cumprimento da lei de acesso à informação, de novembro de 2011, que tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas.

Essas inovações dependem, porém, da efetiva implementação da política de arquivos na UFMG, da construção do Arquivo Central e da contratação de arquivistas e de outros profissionais de áreas afins. Em termos práticos, os acervos continuam se perdendo em depósitos improvisados, e a administração universitária em muito deixa de ganhar eficiência pela não implantação da gestão de documentos determinada na legislação federal e seguidamente recomendada pelas portarias do Ministério da Educação.

*Arquivista da Fafich
**Assistente em administração do Departamento de Contabilidade da Pró-reitoria de Planejamento
***Professor da Escola de Ciência da Informação
****Bibliotecária em exercício na Pró-reitoria de Recursos Humanos