Momentos especiais da jornada de 2025

























































Eduardo Maia/Comunicação Proex UFMG
Eduardo Maia/Comunicação Proex UFMG
A Mostra de Produtos da 24ª Jornada de Extensão foi um sucesso!
A atividade rolou no hall do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) no dia 6 de maio de 2025.
Cerca de 80 produtos como livros, jogos, cartilhas, vídeos e resultados diversos foram apresentados ao público.
O objetivo é divulgar produtos provenientes das atividades de extensão da UFMG, em desenvolvimento ou concluídas, nos últimos anos.
A Pró-reitoria de Extensão (Proex) agradece a participação de todos (as)!
PRODUTOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO.
Para mais informações, entre em contato:
📧 E-mail: eventos@proex.ufmg.br
📞 Telefone: (31) 3409-3215
A abertura do seminário da 23ª Jornada de Extensão da UFMG, na tarde de quarta-feira, dia 8 de maio de 2024, relembrou as vítimas decorrentes das enchentes no estado do Rio Grande Sul e convocou o público a refletir sobre como enfrentar os desastres ambientais provocados pelo homem, as injustiças, as desigualdades sociais.
O evento foi conduzido pelo estudante do curso de Jornalismo da UFMG João Pedro Salles. Foram apresentadas três atividades de extensão da UFMG que atuam na reflexão crítica, conscientização da sociedade e emancipação humana por meio da educação e da democratização da universidade pública. O seminário, prestigiado por estudantes e parceiros envolvidos em projetos de extensão, praticamente lotou o principal auditório do CAD1, no campus Pampulha.
O estudante do 2º período do curso de graduação em História Gabriel Gomes apresentou o projeto Ciclo Permanente de Estudos e Debates sobre Educação Básica, do Centro Pedagógico (CP/UFMG). Por meio do diálogo com escolas de ensino básico de Belo Horizonte, a ação dissemina as culturas afro-brasileira e indígenas. Uma das instituições parceiras do projeto é a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Santa Cruz, da região nordeste de BH, foi representada pela professora Maria de Jesus e pela assistente social Janaina Uiara.
O estudante Gabriel, que é bolsista da atividade, explicou que a iniciativa tem como eixo a formação de professores focados nas relações étnico-raciais. Ele ressaltou a importância da interdisciplinaridade para as ações. “A interação transdisciplinar é fundamental, pois a formação étnico-racial demanda a participação não só das disciplinas de ciências humanas, mas também das de ciências exatas, por exemplo”, disse.
Janaína Uiara, por vez, disse que a iniciativa contribui para o cumprimento das leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que estabeleceram a obrigatoriedade da inclusão desses temas nos currículos escolares. “Infelizmente, isso ainda não é uma realidade nas escolas. A EMEI Santa Cruz, por outro lado, foi certificada e é hoje exemplo de promoção da igualdade racial”, destacou Janaína.
O projeto de extensão Sentidos do Nascer foi apresentado na jornada pelas estudantes Ryanne Menezes e Gabriela Coelho, respectivamente, dos cursos de graduação em Terapia Ocupacional e Enfermagem da UFMG.
As integrantes do projeto sensibilizaram o público sobre a importância da valorização do parto normal e a redução da cirurgia cesariana no Brasil. “A meu ver, isso é um assunto que diz respeito a todos. A forma como nós nascemos mostra como é a sociedade em que a gente vive”, refletiu Ryanne, em sua exposição.
Outra ação participante da jornada foi o Laboratório de Alfabetização e Letramento (LAL), da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), que foi relatado pelas bolsistas Isadora Felipe e Letícia Lima, ambas do curso Pedagogia.
Criado em 2021, o LAL promove eventos, encontros formativos e produz materiais didáticos de alfabetização para estudantes de licenciaturas e professores da educação infantil das redes públicas. “Nós vamos até as escolas promover essas ações e também trazemos os representantes das escolas até a nossa comunidade acadêmica”, explicou Letícia.
A professora Sônia Souza, das escolas municipais Francisca Alves e Dom Orione, ressaltou que o projeto têm contribuído para que as crianças aprendam de forma lúdica. “É encantador o crescimento delas. Essa experiência mostra quão importante e transformador é a interação entre a universidade e a educação básica”, frisou a professora.
O seminário teve também debate mediado pela pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, com a participação dos estudantes, comunidades e público.
Claudia salientou que a história da universidade é permeada pela busca por sua democratização, a exemplo do enfrentamento à desigualdade histórica em relação ao acesso ao ensino superior público. Segundo ela, “a universidade se democratizou, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. A universidade que entendemos é aquela que está alinhada com a realidade concreta do nosso país e com a diversidade de sua população. Hoje, esse evento deixou claro que a extensão universitária cumpre um papel fundamental para essa missão. A extensão é o ‘coração’ da universidade”, afirmou.
A jornada contou com apresentação cultural do Grupo de Percussão da UFMG, sob a coordenação do professor Fernando Chaib, da Escola de Música. A iniciativa atua na democratização da música entre alunos de escolas da rede municipal de Belo Horizonte.
O evento teve ainda a participação da pró-reitora adjunta de Extensão, Janice Amaral, da pró-reitora de Assuntos Estudantis (Prae), Licínia Maria Correa, e de docentes da gestão da Pró-reitoria de Extensão.
Aberta na terça-feira, dia 7 de maio, com duas oficinas na Estação Ecológica, a Jornada de Extensão é promovida anualmente pela Proex e visa incentivar a troca de saberes e experiências entre os participantes, estimular o protagonismo estudantil, dar boas-vindas aos novos bolsistas e voluntários e divulgar a extensão da Universidade para os públicos interno e externo.
Em 2024, a jornada teve como tema Extensão e a democratização da universidade.
“Porque eu descobri o segredo que me faz humano; já não está mais perdido o elo; o amor é o segredo de tudo; e eu pinto tudo em amarelo”.
O poema, da canção Principia, de Emicida, foi evocado na abertura do seminário da 22ª Jornada de Extensão da UFMG, interpretado pelo Mestre de Cerimônia (MC) do evento João Pedro Salles, que é estudante do curso de Jornalismo da UFMG e participante do coletivo Temporona.
“Tudo que a gente tem é nós e se a gente não for pela gente, quem vai ser?”, provocou João Pedro na abertura.
O seminário ocorreu na quarta-feira, dia 10 de maio de 2023, no auditório nobre do CAD1 (campus Pampulha), com participação de professores, estudantes, técnicos e comunidade externa. Nesse ano, o tema foi: #comunidadepresente: relação da universidade com outros setores da sociedade.
A pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, explicou que o tema diz respeito à volta do contato das atividades de extensão com as comunidades após o advento da pandemia. “A gente vê concretamente como que os projetos estão colaborando com os diversos setores da sociedade”, disse a pró-reitora.
O vice-reitor da UFMG, Alessandro Fernandes Moreira, reiterou a importância de momentos como esse. “Como é bom ver a UFMG com a natureza dialógica da extensão. A sociedade aprende conosco e a gente aprende com a sociedade”, afirmou.
Foram apresentadas cinco atividades de extensão premiadas no Encontro de Extensão (evento realizado em 2022).
Uma das representantes da comunidade externa foi Nilmara, participante de curso do Projeto Compartilhado de formação de agentes sociais na RMBH. “Esse ‘abraço’ que esse projeto deu pra gente foi muito importante. No final, posso dizer que aprendi muito nesse curso e posso levar isso para minha vida e minha área de atuação”.
Outro projeto apresentado foi Culthis: Espaço de atenção psicossocial à pessoa presa, ao sobrevivente do cárcere e familiares. “A nossa atuação no Culthis é formada pela demanda que chega até nós pela comunidade. Nosso trabalho é feito pela comunidade para a comunidade”, explicou a estudante de Psicologia Isabela Prado.
A militante antiprisional e mobilizadora social Maria Teresa dos Santos reiterou a importância da iniciativa. “O Culthis é o espaço onde a família do preso se sente acolhida e segura”.
Ela acrescentou: “sempre que procuramos apoio a gente tem. O curso dado foi um divisor de águas. A gente sabe quais são nossos deveres porque o sistema cobra todo dia; mas ninguém fala de nossos direitos. Eu sou muito grata a essa Universidade por abrir as portas pra nós enquanto familiares”.
O Diretor de Pecuária da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Itabira, Igor Nero Kelles, também compartilhou suas impressões sobre o Programa de apoio ao desenvolvimento sustentável da pecuária bovina. “Eu fiquei envolvido diretamente com a turma da UFMG e a gente quis fazer esse convênio por ser uma instituição forte. O produtor já olha pros alunos com um olhar diferente”, afirmou.
O programa teve 58 produtores rurais inscritos e realizou mais de 200 visitas em domicílio.
O seminário teve também apresentações de arte e cultura. O grupo Teatre, da Escola de Belas Artes (EBA/UFMG), é um curso de extensão de teatro voltado para pessoas trans. O projeto apresentou uma peça que levou o público à reflexão sobre a invisibilidade enfrentada por essa comunidade. “A gente desenvolve o corpo, desenvolve voz, desenvolve ação”, declarou na apresentação a aluna Morena Maria Fonseca Martins, participante do projeto.
A Oficina Tambores de Minas, também da EBA, apresentou duas canções populares, entre elas Maria, Maria, de Milton Nascimento. A oficina contribui para formação musical dos participantes e divulga e valoriza os sons, os ritos, os instrumentos, as danças e as imagens do Congado, propiciando o reconhecimento dos territórios negros.
O seminário teve ainda a participação especial de alunos do Fundamental I da Escola Municipal Ulisses Guimarães, que fica no bairro São Pedro, região centro-sul de Belo Horizonte.
Em tom de descontração, o vice-reitor da UFMG, Alessandro, destacou a importância da presença das crianças no espaço da instituição: “Vocês têm um compromisso comigo: vocês vão chegar em casa e falar que tinha um cara ‘magrelo’ na Universidade, que falou que a Universidade é nossa; ela é sim de vocês e de todo mundo. Um dia eu quero reencontrar vocês aqui”.
A Jornada realizou uma justa homenagem à professora Elza Machado de Melo, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina, que faleceu na mesma semana.
A pró-reitora Claudia Mayorga lembrou as contribuições de Elza para a extensão da Universidade e seu trabalho na área de políticas para mulheres: “Ela fundou e coordenou um mestrado profissional voltado para a questão da violência contra mulher. Fundou e coordenou um ambulatório para atender as mulheres vitimas de violência”.
Todo o auditório fez um minuto de barulho (literalmente) em homenagem à docente. “Essa alegria é a cara da extensão universitária que a professora Elza deixa como legado”, disse Claudia, emocionada.
Outras informações sobre a Jornada de Extensão estão disponíveis no site do evento.
Giulia Di Napoli | Assessoria de Comunicação da Proex
Novidade na programação da 22ª Jornada de Extensão da UFMG, a Mostra de Produtos Extensão divulgou 48 produtos.
Estudantes, docentes e técnicos expuseram seus trabalhos no hall do CAD1 (campus Pampulha) na quarta-feira, dia 10 de maio. Visitaram a atividade pessoas da comunidade acadêmica e externa.
Os produtos foram selecionados por comissão avaliadora formada por docentes da Universidade.
Caracterizam-se como produtos de extensão as produções desenvolvidas no âmbito das atividades de extensão, como publicações e produtos de caráter social, cultural, científico ou tecnológico, divulgados e difundidos na sociedade.
O projeto de extensão Alimentação Saudável, da Faculdade de Farmácia, expôs cartilhas distribuídas em escolas públicas para uma melhor qualidade de vida de crianças.
Bolsista no projeto, Luanna Abreu, do curso de Nutrição, falou da importância da participação na mostra. “Estou muito feliz de estar aqui. Nosso trabalho concilia informação e promoção da saúde”.
A discente contou que participa de visitas semanais do projeto às escolas, a fim de distribuir o material e difundir práticas saudáveis de alimentação. “É muito enriquecedor. A gente tem a chance de exercer a profissão ainda na graduação”, entusiasma a estudante.
Os visitantes conheceram também produtos provenientes de processos inovadores. A professora do Departamento de Química (ICEx/UFMG) Renata Costa Silva Araújo apresentou óleo e carvão obtidos (por pirólise) a partir de resíduos não recicláveis coletados pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (CAMAR) de Mariana (MG).
A docente explicou que a ação foi desenvolvida em parceria com colega da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). “Os materiais, que seriam inicialmente descartados, nos serviu de matéria-prima para produção de carvão e óleo sustentáveis. Esses produtos poderão agora ser comercializados pelos catadores”, destacou Renata, ao comentar os potenciais da iniciativa.
A Mostra de Produtos da Extensão teve a visita de turmas da educação básica de Belo Horizonte. João Marcos Souza, de 10 anos, que é aluno da Escola Municipal Ulisses Guimarães (Morro do Papagaio), conheceu a UFMG pela primeira vez. “O produto de que mais gostei foi o carrinho”, exaltou-se João Marcos.
O “carrinho” que encantou o pequeno João é conhecido como robô autônomo seguidor de linha, produto presente na mostra desenvolvido por estudantes do Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica (PETEE/UFMG).
“Acho muito importante a presença das escolas aqui. As crianças têm contato com robótica e também com outros produtos; é uma mostra bem diversificada”, afirmou o estudante de Engenharia Elétrica Isaias Barbosa, do projeto Cora UFMG (Competição de Robôs Autônomos).
Quem também prestigiou a atividade foi a graduanda em Matemática Rafaela Araújo, que conheceu os trabalhos ao lado de colegas e professora. “Amei vários produtos, como o xilofone e o curta-metragem sobre as crianças na pandemia”, declarou Rafaela, ao referir-se, respectivamente, ao Xilorido, o Xilofone Colorido, apresentado pelo professor da Escola de Música Fernando Chaib, e ao filme Infância em tempos de Pandemia, um dos resultados divulgados pelo projeto de extensão Universidade das Crianças (UC).
Veja a relação completa dos produtos que participaram da mostra.
A 22ª Jornada de Extensão oportunizou aprendizado e trocas de experiências. Nos dias 8 e 9 de maio, ocorreram oficinas sobre extensão universitária com a participação de estudantes de diversos cursos, além de membros dos CENEX e pessoas da comunidade externa.
Os encontros foram no CAD1 (sala 102). A primeira oficina foi realizada na segunda-feira (8), sob o tema A relação da universidade com a comunidade.
Uma das participantes foi Gabriela Pereira Resende, estudante do curso de Direito da Universidade. Ela destacou que a vontade de saber mais sobre extensão a levou a participar de uma das turmas. “Particularmente, no Direito, eu sinto dificuldade de conhecer as oportunidades e a extensão na prática. A oficina me permitiu conhecer como ela funciona”.
Michelle Gonçalves, caloura do Turismo, contou que estava perdida sobre o que é e como participar da extensão. “No primeiro período, as informações para calouro são meio confusas, então eu queria saber o que é extensão. Eu sempre quis participar de algum projeto”.
A qualificação se mostrou ainda mais necessária no contexto atual de mudança geral nos currículos acadêmicos (denominada, na UFMG, Formação em Extensão Universitária – FEU).
Todos os 91 cursos de graduação da Universidade estão em processo de adequação à normativa que estabeleceu 10% de carga horária obrigatória para atividades de extensão.
No encontro, Glaucinei Rodrigues Corrêa, da Diretoria de Apoio à Gestão da Extensão (DAGE/Proex), esclareceu que cada colegiado determinará o funcionamento da nova norma dentro dos projetos pedagógicos.
Porém, Glaucinei explicou que a proposta é que uma disciplina ofertada possua vínculo com uma atividade de extensão, e os alunos matriculados na disciplina também participem do projeto. “Se ela [disciplina] tem essa atividade vinculada, ela será de Formação em Extensão, e essas horas serão computadas no histórico escolar do estudante”, disse.
Em dinâmica, os participantes deram contribuições para aprimorar a extensão e relataram percepções e oportunidades descortinadas por essas atividades.
A estudante Jéssica Moreira Alves, de Nutrição, contou como o projeto Brincando e Aprendendo com alimentos mudou suas percepções.
“Eu faço parte de um projeto que mexe com criança dentro de escola e a gente muda os hábitos dos meninos desde cedo e leva muita informação para eles, promovendo saúde. A gente está lá dentro ensinando, mas também aprende através da prática e tem um pouquinho do gosto de vivenciar a profissão”, afirmou. “Na sala de aula aprendi e coloquei em prática no projeto”, concluiu Jéssica.
Paola Carolina Cunha Parreiras, participante do projeto Biblioteca Móvel (Programa Carro-biblioteca), contou emocionada: “Eu consigo ‘ver’ o impacto social do que eu faço quando eu saio com o carro da biblioteca e a gente para na Lagoa da Pampulha e vai entrando gente para poder pegar os livros”.
Quem também compartilhou vivências foi Fabrícia Ribeiro Gontijo, estudante de Pós-Graduação Educação e Docência. Ela ressaltou que a extensão está a serviço não apenas do conhecimento formal. São também importantes os conhecimentos não acadêmicos e tradicionais e o intercâmbio entre a universidade e as comunidades.
A oficina Boas práticas para a gestão da extensão nas unidades contou na terça-feira, dia 9, com a participação de coordenadores, secretários e membros dos Centro de Extensão (Cenex) das unidades.
Os participantes partilharam entre si experiências da gestão nas unidades, divulgaram ações bem-sucedidas desenvolvidas e dividiram com os colegas informações relevantes para aperfeiçoar os processos internos. O encontro foi também fundamental para a comunidade se informar sobre as novas normativas da UFMG.
A proposta da Pró-reitoria de Extensão (Proex) é continuar com as oficinas nas próximas edições da Jornada de Extensão, no âmbito das ações em curso de aprimoramento da relação com as unidades.
Giulia Di Napoli |Assessoria de Comunicação da Proex
A 22ª Jornada de Extensão tem como tema:
#comunidadepresente: relação da universidade com outros setores da sociedade.
Evento vai rolar de forma presencial no campus Pampulha no CAD1.
Teremos as seguintes atividades:
– Mostra de Produtos da Extensão: dia 10 de maio, das 14h às 18h;
– Seminário com apresentações de atividades de extensão e debate público: dia 10 de maio, das 14h às 17h;
– Oficina para estudantes e comunidade: 8 de maio, das 14 às 17h;
– Oficina para CENEX: 9 de maio, das 14 às 17h.
A programação completa está publicada nesta página.
Em sua atuação, as atividades de extensão da UFMG são transformadas e impactadas pela interação com comunidades, saberes e sujeitos diversos. Essa relação dialógica, que é um dos pilares do pensamento e método do educador Paulo Freire, foi demostrada na 20ª Jornada de Extensão da UFMG. O evento foi realizado virtualmente na quarta-feira, dia 16 de junho, com o tema 20 anos da Jornada de Extensão e centenário de Paulo Freire – extensão para a autonomia, o diálogo e a esperança.
O Projeto Pequi, vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB), nasceu, em 2012, como alternativa de renda para a comunidade quilombola de Pontinha, em Paraopeba (MG). Segundo a extensionista, Luisa Couto de Souza, todo trabalho é realizado “em comunhão” e utilizando ferramentas participativas. “Houve a participação ativa e crítica, a construção do conhecimento e da autonomia dos comunitários, que passaram a produzir e a vender produtos à base de pequi de forma sustentável”, relatou a estudante, que mencionou, ainda, o impacto da experiência na sua formação. “É uma contribuição que vai além da academia. A interação com o mundo contribuiu para eu dar sentindo ao que aprendo e me tornou ‘mais humana’”.
Na área da comunicação, o estudante Ian Figueiredo Braga Netto apresentou sua participação no projeto ‘Ciência na Web’, iniciativa do programa ‘1000 Futuros Cientistas’, do Departamento de Química da UFMG. O projeto busca democratizar a ciência por plataformas virtuais a partir de situações corriqueiras e experiências do cotidiano. “Dedicamo-nos a explicar química de forma acessível e democrática. Assim como sugerido por Paulo Freire, todas as pessoas têm um conhecimento proveniente da sua cultura, da vivência, que não é menos importante do que o conhecimento teórico”, afirmou Ian, para quem o educador homenageado é, desde o ensino médio, “uma grande fonte de inspiração”.
O projeto Observatório de Estomaterapia: feridas e estomas foi representado na Jornada pela discente do curso de Enfermagem, Laura Ellen França Soares. Ela explicou que, a partir dos princípios de Freire, a iniciativa visa contribuir para a qualidade de vida de pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da UFMG, provenientes do Sistema Único de Saúde. “Há uma troca recíproca de conhecimentos com o paciente, que se torna sujeito ativo do tratamento para que ele possa alcançar a autonomia do autocuidado e a qualidade de vida”.
Ao mediar debate com os discentes acerca dos ideais freireanos, a professora da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, Lúcia Helena Alvarez Leite, disse que “a proposta do homenageado visa problematizar a partir da realidade, da interação, da troca e da prática social. É um grande desafio ‘viver Paulo Freire’ dentro ou fora da UFMG”.
Inspiração de longe
A pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, ressaltou que Paulo Freire inspirou a concepção, na década de 80, das diretrizes da extensão universitária no Brasil, como a interação dialógica, a formação do estudante, a transformação social e a interdisciplinaridade. “Essa inspiração é fundamento para que cumpramos, hoje, nossa função de universidade pública”, afirmou.
Para a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, homenagear o educador nos 20 anos da Jornada é uma forma também reafirmar a importância assumida pela extensão. “Esse evento atesta a qualidade dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos com as comunidades e a extensão como elemento integrador das ações da Universidade. Que Paulo Freire nos inspire sempre no cotidiano, na formação humana e no desafio de lutar por um país mais equânime, justo e melhor”.
Atrações culturais
A programação da edição de 20 anos da Jornada de Extensão também incluiu a participação da Orquestra de Choro, da Escola de Música da UFMG, coordenada pelo professor Marcos Flávio, que interpretou a música Ele e eu, de Pixinguinha, e do projeto Arte e Diferença, da Escola de Belas Artes, que apresentou a performance Freiriarte.
Ao fim do evento, foi apresentado vídeo do cordel Aprendi lendo caju, escrito e encenado pelo professor do Teatro Universitário (TU), Fernando Limoeiro, em que o próprio Limoeiro interpreta o protagonista ‘Vitorino Sabe-Ler’, um lavrador que sente vergonha de não ser alfabetizado. Ao conhecer Paulo Freire, ‘Vitorino’ descobre um mundo de possibilidades descortinado pela leitura e pela escrita.
A 20ª Jornada de Extensão da UFMG contou com intérpretes de Libras.
Os estudantes inscritos receberam certificado de participação.
Foto de Capa: Em sentido horário Luisa, Laura, Ian, Lucinha e Lorena Diniz (Intérprete de Libras) Reprodução: YouTube Extensão UFMG
Veja abaixo mais imagens do evento.
As atividades extensionistas orientam-se por ideias que o educador Paulo Freire defendeu com paixão e método. Ele é o homenageado da 20ª Jornada de Extensão da UFMG, destaque da edição 2103 do Boletim, que focaliza iniciativas como o cursinho popular Guimarães Rosa, o curso de astronomia para professores da rede básica e a capacitação de docentes que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA) – todas guiadas pela máxima segundo a qual “quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender”.
O evento será realizado nesta quarta-feira, dia 16, e reunirá estudantes, professores, servidores técnicos e representantes das comunidades parceiras dos programas e projetos. Leia o conteúdo da edição.
Paulo Freire, o pensador do diálogo, da autonomia e da esperança
Em artigo, a professora Claudia Mayora, pró-reitora de extensão da UFMG, descreve temas centrais do pensamento do educador.
Herdeiros de Freire
Homenagem ao educador marca a 20ª edição da Jornada de Extensão.
O céu sob as lentes freireanas
Curso de extensão para professores que ensinam astronomia no ensino básico valoriza a cultura e o conhecimento prévio do participante.
O campo enfrenta a pandemia
Pesquisadores, agricultores e estudantes de Montes Claros criam alternativas para compartilhar saberes e manter atividades.
‘Mestre não é quem sempre ensina, mas quem, de repente, aprende’
Cursinho popular ajuda jovens de baixa renda a ingressar na UFMG.
Ele tem fome de quê?
Trupe A Torto e a Direito, dirigida pelo dramaturgo Fernando Limoeiro, recorre à arte popular nordestina para dar voz a quem não tem.
Aula de diversidade
Curso estimula a construção de projetos de inclusão e cidadania no âmbito da Educação de Jovens e Adultos.
Angicos vive
Faculdade de Educação programou várias atividades para celebrar o centenário de Paulo Freire; especialistas analisam a sua obra e a experiência de alfabetização de adultos no Rio Grande do Norte.
Emancipação, autonomia: liberdade
Professora da FaE conta como conheceu o universo do educador e diz que viver Paulo Freire é a melhor forma de homenageá-lo.
Seguir sempre e mudar quando necessário
O professor Edison Corrêa, que aos 79 anos segue fazendo extensão, baseou sua trajetória na busca por impactos nas comunidades.
Capa: Imagem que ilustra a capa da edição especial do Boletim UFMG (Marcelo Lustosa | Cedecom UFMG)