Alunos de cursos de graduação a distância da UFMG participam de UFMG Jovem e da Mostra da Profissões como monitores

De quinta a sábado, 15 a 17, foi realizada a 17ª edição da feira de ciências UFMG Jovem, que, neste ano, conta com o apoio do Caed/UFMG. A abertura do evento aconteceu nesta tarde, na Praça de Serviços do Campus Pampulha, onde estão sediados os estandes com os 50 projetos de ciência selecionados. No sábado, dia 17, também acontecem a Mostra de Profissões 2016, na qual estudantes secundaristas têm oportunidade de conhecer melhor os cursos oferecidos pela Universidade e as carreiras associadas a eles.

O professor Wagner Corradi, diretor de EaD da UFMG, destacou a importância de que os alunos dos cursos a distância possam participar de eventos como esses, que estimulem o seu sentimento de pertencer à Universidade. “Para nós é muito importante que os alunos do Caed sejam monitores da UFMG Jovem e esperamos continuar trabalhando dessa maneira”.

Oito estudantes de quatro dos cinco cursos de graduação a distância da UFMG – Ciências Biológicas, Geografia, Matemática e Pedagogia – estão atuando nos dois eventos, desempenhando atividades de suporte, organização e recepção ao público.

A diretora de Divulgação Científica da UFMG, professora Silvânia Nascimento, explica que a parceria com o Caed para esta edição da UFMG Jovem integra esforços para promover a consolidação da cultura científica e a integração entre os alunos da capital e do interior mineiros e entre a educação básica e a graduação.

Por meio da colaboração, os estudantes dos cursos a distância que atuam como bolsistas do programa de extensão “Aproxime-se” atuaram na mobilização de escolas de educação básica do interior para o desenvolvimento de projeto científicos que estimulassem o engajamento e a reflexão dos jovens alunos sobre questões sociocientíficas.

“Nossa parceria tem sido muito frutífera. Tivemos a transmissão de nossos debates e discussão em todos os polos de apoio e, agora, os monitores do programa participam no acolhimento dos alunos da Educação Básica, tanto como expositores e visitantes durante a UFMG jovem.”

Biologia na prática 

Ediane Rodrigues, aluna do curso do 12º período de Ciências Biológicas do polo de Montes Claros, aceitou o convite para participar dos eventos devido à sua importância e tradição — a Mostra de Profissões acontece desde 2004, e a UFMG Jovem, desde 1999 – e pela oportunidade de integralizar os créditos relacionados às atividades extracurriculares exigidas pelo currículo da sua graduação. “Gosto de eventos com público, ter contato com os alunos.”

Adorei a experiência da sala de aula”, conta Ediane, que, durante dois anos, lecionou ciências turmas entre o 6º e o 9º do Ensino Fundamental, em Mirabela, distrito do município de São Bento, onde mora.

Prepara para se encontrar com alunos secundaristas prestes a escolherem seus cursos e profissões, ela conta que não se arrepende de ter escolhido a carreira de bióloga, mas que o gosto pelas lições só veio mesmo a partir do terceiro período, quando começam a ser ofertadas as matérias mais práticas.

“Fiquei encantada com os laboratórios, principalmente os do ICB, quando estive no campus Pampulha. Gostei muito do curso, de ecologia e de meio ambiente, e pretendo atuar com a questão da sustentabilidade”, diz.

Entre pessoas e números

Para Thiago Pereira, estudante do sexto período da licenciatura em Matemática no polo de Bom Despacho, lidar com o público não é novidade. “Estou atuando na secretaria, auxiliando a organização mesmo, no que for preciso. Está muito cheio, mas é bom”, conta. O volume de pessoas, no entanto, não foi um problema para o estudante,  que recebeu o prêmio de monitor “Destaque da UFMG Jovem”. Na foto, Thiago está acompanhado das professoras Cláudia Mayorga, pró-reitora adjunta de Extensão da UFMG e Silvânia Nascimento, diretora de Divulgação Científica da UFMG (foto: Zirlene Lemos/Proex)

Funcionário de um comércio na cidade de Nova Serrana, onde mora, ele já havia participado da Semana de Conhecimento da UFMG de 2015 e é bolsista do Programa de Monitoria de Graduação, pelo qual se interessou pela oportunidade de auxiliar os colegas na compreensão das matérias. “Eu já ajudava os meninos antes de entrar para o programa e a oportunidade de contar com a bolsa também pesou”, afirma Thiago, que pretende fazer pós-graduação em Matemática e atuar na docência superior.

O estudante, um dos 8 que permaneceram cursando a graduação no seu polo de uma turma de 40, acredita que valha a pena fazer a graduação de Matemática, principalmente a distância. “Eu cursei quatro semestres do curso de Física aqui e, apesar de o ensino presencial ser mais rigoroso, para mim, a EaD me deu mais liberdade para me organizar, para estudar do meu jeito.”