Diretora do Caed apresenta palestra sobre EaD na área da saúde em seminário na Faculdade de Medicina da UFMG

A diretora do Caed UFMG, Eliane Palhares, foi uma das palestrantes do 3º Seminário AVAS 21, realizado nesta sexta-feira, 30, pela Faculdade de Medicina da UFMG.

Professora da Escola de Enfermagem, ela também está à frente do Projeto Teleenfermagem, voltado à capacitação das equipes de enfermagem que atuam nas Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte e do estado de Minas Gerais, por meio de teleconsultorias e videoconferências sobre escolhidos pelos próprios profissionais.

Em sua fala sobre educação a distância na área da saúde, destinada à plateia formada majoritariamente por estudantes e professores do curso de medicina, a diretora de EaD discorreu sobre as transformações implicadas pelo emprego das novas tecnologias de informação e comunicação nas práticas de ensino e aprendizagem.

“Hoje, há vários tipos de sala de aula e, mesmo naquelas com a estrutura mais tradicional, podemos inovar e usar a tecnologia para mediar o processo”, avalia a professora, que ressalta  o quanto essa nova dinâmica exige do educador atualização constante e, do estudante, uma postura mais ativa e comprometida com seu aprendizado.

A diretora apresentou, ainda, a estrutura e as ações promovidas pelo Caed para auxiliar professores a desenvolver disciplinas virtuais e semipresenciais, incluindo assessoria pedagógica, disponibilização de estrutura para a gravação de videoaulas e elaboração de recursos gráficos como guias, animações e identidade visual.

“O material didático para a EaD não pode ser igual ao do presencial. Como o estudo é um momento, muitas vezes, solitário e individual do aluno, esse material precisa ser mais específico e motivá-lo, inclusive para tentarmos reduzir a evasão, que ainda é um problema na educação a distância”, explica.

Adequação crítica

Para Eliane, é necessário considerar o uso da EaD nos cursos de saúde de forma crítica e realista, atentando-se para as peculiaridades desses ofícios. “Nossa formação é essencialmente prática, por isso temos que analisar quais conteúdos podem ser ministrados a distância para que não haja prejuízo no ensino.”

Essa também é a opinião de Victor Fonseca de Castro, aluno do quarto período da graduação em Medicina. Participando pela primeira vez de um seminário do AVAS 21, ele acredita que o uso da EaD deveria ser restrito às disciplinas teóricas e vê com ressalvas a aplicação progressiva da tecnologia nos procedimentos médicos. “Acho que ainda não estamos preparados para isso”, pondera.

Antes da diretora de EaD, falaram os professores Humberto Alves e Rosália Torres, diretor da Faculdade de Medicina e coordenadora do AVAS-21, que ressaltaram a importância de debater as implicações do avanço tecnológico, especialmente nos campos da tecnologia da informação e da biotecnologia.

“Não há como não falar em tecnologia, para o bem ou para o mal. O que precisamos é nos esforçar para que o lado bom, o lado positivo seja realçado”, avaliou o diretor da Escola.

O seminário contou ainda com palestras sobre outras iniciativas envolvendo a EaD na formação e atualização de profissionais da saúde e demonstrações de equipamentos tecnológicos.