Especialista em EaD, John Schulz, da Universidade de Southampton, visita Caed

O Caed recebeu, nesta segunda-feira, 29, John Schulz, professor da Universidade de Southampton, na Inglaterra, para conhecer a estrutura e o trabalho desenvolvido pelo Centro.

Acompanhando da Ana Larissa Adorno, professora da Faculdade de Letras e sua colega no grupo de Estudos sobre Pragmática, Texto e Discurso (GEPTED), o docente conversou com servidores da Assessoria Pedagógica e dos setores de Audiovisual e Suporte Tecnológico sobre o apoio prestado pelo Caed na oferta de disciplinas e de cursos a distância e semipresenciais.

A organização dos materiais nas plataformas, os contrastes na abordagem da EaD e do financiamento do ensino superior no Brasil e na Inglaterra, onde são já são permitidos mestrados inteiramente on-line, foram discutidos pelo grupo.

Schulz conheceu também o estúdio do Caed, no qual são gravadas as videoaulas dos cursos e das disciplinas apoiadas pelo Centro, e tratou dos aspectos técnicos envolvidos na realização de videoconferências, tanto para eventos acadêmicos quanto para aulas regulares. “Os auditórios onde acontecem as aulas são equipados com câmeras para que todos os alunos, dos cursos presenciais e virtuais, tenham acesso mesmas às atividades”, explicou.

Intercâmbios de boas práticas

Para a diretora de EaD da UFMG, a professora Vilma Lúcia Macagnan Carvalho, momentos como a visita dos professores Schulz e Ana Larissa são uma oportunidade para conhecer boas práticas de ensino e iniciar possíveis colaborações.

“É muito importante entendermos como funciona a educação a distância em outras universidades e como são desenvolvidos os cursos, mas também darmos visibilidade ao nosso trabalho e ter esse intercâmbio de experiências. ”

A professora Ana Larissa compartilha da opinião. “Temos trabalhado junto à Diretoria de Relações Internacionais para ampliarmos esse tipo de parceria com universidades fora do Brasil, que nos abrem uma série de possibilidades, do contato com outros professores ao financiamento para pesquisas de maior alcance.”

Distância com proximidade

Com ampla experiência em educação a distância, o professor acredita que ainda exista muita desconfiança em relação à modalidade. Ele cita, por exemplo, docentes muito preocupados com a possibilidade de que alunos de cursos virtuais façam avaliações consultando materiais não permitidos.

“No ensino presencial, isso não é diferente. Na entrega de trabalhos e de ensaios, também é possível que os estudantes não sigam todas as regras”, ponderou. Uma das formas de lidar com isso, sugere o professor, é adotar avaliações contínuas e por meios variados, para mensurar a evolução do aluno ao longo da disciplina.

Responsável por ministrar o workshop “Good practices in designing lecture type videos for online learning” no dia 6 de junho, Schulz vê na tecnologia o potencial para aumentar o senso de proximidade entre os estudantes e deles, com os professores.

“Para as minhas turmas, costumo gravar mensagens curtas em vídeos, com cinco minutos, destinadas especificamente para aquele grupo, mencionando nomes de alguns alunos, para reforçarmos o sentimento de comunidade. Também organizamos alguns encontros online, não relacionados especificamente ao conteúdo, para integrarmos mais os alunos”, aconselhou.