Parceiros
Nesta página, veja o depoimento dos parceiros que constroem, coletivamente, as políticas, estratégias e ações em prol da saúde mental na UFMG:
Intervenção artística de estudantes em muro da Face na última edição da Semana. Foto: Júlia Duarte | UFMG
AMMU/ DCE/ MUDI/ APG
A UFMG é a primeira universidade brasileira que se lança a criar um site com foco em saúde mental. Sua elaboração é de extrema importância, pois cumpre um papel altamente representativo nos campos macro e micropolítico em que estamos inseridos. De maneira ampla, essa ação mostra a responsabilidade e o compromisso da universidade pública com a pesquisa, o ensino e a extensão, além de fortalecer o SUS: em um momento tão delicado, fica cada vez mais evidente a importância inegável de seu papel na vida dos brasileiros e das brasileiras.
Na nossa comunidade, o site se apresenta como um dispositivo de apoio para as políticas de saúde mental que são amplamente debatidas, e também como um veículo que tem como princípio a democratização da informação que muitas vezes não alcança suficientemente a totalidade dos discentes, técnicos e docentes.
A proposta da iniciativa é, também, atender, de maneira especial, estudantes e demais categorias que fazem parte de grupos mais vulneráveis, cuja saúde, física e mental, que pode já estar comprometida em situações normais, especialmente neste período de pandemia, acaba sendo, para esses grupos, mais afetada, a saber: pessoas com deficiência, negros e LGBTQIA+ e pessoas socioeconomicamente vulneráveis.
Texto construído e assinado conjuntamente pela AMMU (Associação de Moradores das Moradias Universitárias da UFMG), DCE (Diretório Central dos Estudantes), APG (Associação de Pós-Graduandos) e o MUDI (Movimento Universitário de Inclusão).
APUBH presente: é preciso estar atenta e forte!
Os princípios e as diretrizes da política de saúde mental da UFMG não deixam dúvidas: precisamos construir, permanentemente, qualidade de vida e de trabalho na docência, na pesquisa e nas relações com colegas, estudantes e técnicos administrativos. O APUBH, Sindicato de professores das Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco celebra este novo espaço de Saúde Mental, na luta pela nossa profissão e pela educação pública, gratuita e inclusiva, essenciais à sociedade brasileira.
Contribuiremos através da sinergia com a Comissão Permanente de Saúde Mental e com a Rede de Saúde Mental da UFMG. Compartilhamos aqui o link que acessa nosso Núcleo de Acolhimento e Diálogo. As portas estão abertas, concreta e virtualmente, para o trabalho que se impõe diante da tarefa de afirmação do necessário protagonismo de professoras e professores nas questões que evocam nossa saúde e bem-estar. Sabemos, todas e todos, que as dificuldades e os sofrimentos da vida e cotidiano docentes tem sido invisibilizados. É urgente ofertar e oferecer espaços de diálogo, de escuta, de reflexão que apoiem nossa comunidade acadêmica. A principal motivação de afastamento do trabalho de docentes é o adoecimento mental. No entanto, a patologização gera exclusão. Abrir espaço para a expressão dos desconfortos, mal-estar e para a explicitação dos conflitos nas relações de trabalho configura-se como o caminho correto a seguir e este SITE de saúde mental da UFMG representa uma boa perspectiva. Vamos nos cuidar, uns dos outros, uma das outras: este é o convite! Nossos desafios profissionais são sempre maiores. Assim sendo, é preciso estarmos atentos e fortes, como diz a canção e a poesia de Caetano Veloso.
Texto assinado pela profa. Stella Goulart, presidenta do APUBH
ATENS UFMG
A ATENS UFMG, Seção Sindical do ATENS Sindicato Nacional (Associação dos Técnicos de Nível Superior da UFMG e outras IFES Mineiras), parabeniza a Universidade pelo trabalho de articulação das práticas e efetivação das diversas formas de atenção à saúde e desenvolvimento da cidadania, através de iniciativas que propiciem a efetiva inclusão social. A atenção à saúde mental consiste em uma construção complexa, que articula aspectos culturais, biopsicossociais, e fatores históricos, de forma recursiva. Esta atenção se faz possível a partir das ações em rede, implementadas por meio de construções democráticas que possibilitem o protagonismo e a autonomia.
Nitidamente o comprometimento com a saúde mental permeia as atividades da Universidade em suas vertentes de ensino, pesquisa e extensão, integrando de maneira responsável e articulada diversas frentes que possibilitam o desenvolvimento social. A partir da compreensão que os processos de adoecimento e sofrimento são coletivos, o trato com os mesmos deve considerar esta característica. Desta maneira o acesso à informação de qualidade constitui uma ferramenta que favorece a construção, de maneira crítica, responsável e criativa, de conhecimentos que permitam a defesa e ampliação dos direitos humanos, incluindo nestes o da atenção à saúde e a dignidade humana.
SINDIFES
O SINDIFES vem realizando, na última década, várias ações de intensificação na luta pela implantação de uma política efetiva de gestão de pessoas na UFMG que tenha um olhar diferenciado para o sofrimento mental dos servidores técnico-administrativos em Educação. Temos desempenhando um papel fundamental no reconhecimento, acolhimento e acompanhamento dos trabalhadores que apresentam quadro de doenças mentais. Assim como nas discussões e identificação das causas desses adoecimentos, como ambientes de trabalho inadequados, chefias despreparadas e abusivas, assédio moral, falta de diálogo entre os trabalhadores e até mesmo a falta de treinamento dos responsáveis em resolverem os conflitos.
Nossa luta por uma política de gestão de pessoas efetiva passa pelo reconhecimento institucional de que o trabalhador pode estar mentalmente adoecido devido ao ambiente de trabalho e a instituição deve se responsabilizar, acolher e tratar este trabalhador e seu ambiente. Consideramos um avanço a Reitoria ter criado uma comissão para discutir a saúde mental da comunidade universitária, mesmo sendo críticos à falta de participação dos Sindicatos (SINDIFES e APUBH).
Parabenizamos a Reitoria pelo lançamento deste canal de comunicação sobre Saúde Mental, pois é um passo importante nesta luta. Além de ampliar o acesso à informação, demonstra que a UFMG está verdadeiramente comprometida com a saúde de seus trabalhadores. Esperamos que nos próximos anos possamos solidificar e avançarmos na construção coletiva das políticas de saúde e gestão.