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Qualidade de vida no ambiente acadêmico

Fazendo da academia um ambiente saudável

Volta e meia um meme reaparece nas redes sociais. Nele, uma garota negra, aparentemente norte-americana, performa uma música no piano. “Eu chamo essa música de faculdade”, ela diz, sorrindo para a câmera. O que se segue é, ao mesmo tempo, terrivelmente engraçado e preocupante:

 

Por si só, a experiência universitária é permeada de obstáculos e desafios. De uma hora para a outra, estudantes que até então eram considerados os melhores em suas turmas e escolas de origem passam a sofrer com problemas em certas disciplinas, tendo dificuldades para estabelecer uma rotina de estudos, em alguns casos, ou mesmo para conciliar estudos e trabalho, noutros. Diante dessas situações, a reprovação, que sempre se manteve distante e pouco ameaçadora, surge como uma questão que assombra uma importante parte da vida acadêmica.

Essas são algumas das situações que geram sofrimento nos sujeitos, intensificando situações de solidão e desamparo.

Por sermos uma sociedade centrada na lógica do individualismo e da competitividade, há um entorno que espera sacrifícios para que uma pessoa possa se adequar ao suposto “padrão de excelência da UFMG”, a partir de sérias exigências partindo da instituição, dos professores e dos próprios colegas de sala.

Contudo, essa contínua busca pelo melhor desempenho pode esconder graves armadilhas. A sociabilidade, fundamental para o bem-estar cotidiano, acaba ficando em segundo plano diante uma pesquisa que é, por exemplo, solitária em grande medida.

Geralmente, os casos tornam-se ainda mais potencializados para estudantes de pós-graduação, que muitas vezes se vêem presos entre o bloqueio de escrita, a ansiedade gerada por certas circunstâncias e o prazo de alguma entrega se aproximando mais rápido que o normal.

Sobre esse assunto falou Robson Cruz, especialista em organização psicossocial e problemas psicológicos da escrita acadêmica, em entrevista à TV UFMG:

 

O que acontece, portanto, quando algum tipo de ocorrência grave trava o sujeito na busca pelos seus objetivos? Quanto tempo leva para que a pessoa se dê conta de sua própria exaustão e passe a lidar com ela de modo saudável? Infelizmente, estamos num contexto onde nem todos conseguem compreender o valor do recuo, da pausa, do descanso: “não estão formados e preparados para construir respostas no campo da saúde mental”, aponta o Relatório Conclusivo da CISME, a Comissão Institucional de Saúde Mental da UFMG.

Por essa razão, é fundamental repetir alguns chavões básicos para que todos os membros da comunidade universitária se conscientizem e assumam a responsabilidade de transformar a UFMG numa Universidade efetivamente acolhedora:

  • É imprescindível conciliar lazer e trabalho;
  • A amizade é sempre mais importante que a concorrência;
  • Cultivar contatos físicos com as pessoas é de fundamental importância;
  • A vida é mais importante que qualquer desempenho acadêmico.

 

Entender e pôr em prática essas ideias pode fazer com que avancemos mais um pouco na discussão sobre saúde mental em nossa instituição.

O Projeto de Extensão Kundalini Yoga: estilo de vida e saúde mental, coordenado pela Profª Maria Cristina Rosa, oferece atividades que podem contribuir para a qualidade de vida no ambiente acadêmico.

 

Entendendo as normas da graduação

A informação é também uma importante aliada contra o sofrimento. E foi com surpresa que muitos estudantes receberam as Normas Gerais de Graduação da UFMG (Resolução Complementar CEPE no 01/2018, de 20 de fevereiro de 2018), que regulamentam e apontam diretrizes para diversas questões que concernem à vida do estudante dos cursos de graduação.

Seus problemas, contudo, acabaram. Assista aos vídeos disponíveis no canal do Youtube da UFMG para entender todas as mudanças previstas pelas normas.