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Relações interpessoais e saúde mental

Relações interpessoais no ambiente de trabalho e de estudo podem ser tão intensas quanto relacionamentos familiares, contribuindo, de diversas formas, para o equilíbrio ou desequilíbrio mental e para a saúde do próprio corpo. Por isso, são importantes iniciativas como as adotadas pela Escola de Veterinária que, por meio do Encontro de Ideias e de oficinas de lazer comunitárias, oferece espaços para o solucionamento de conflitos interpessoais e a construção de laços possíveis na comunidade acadêmica.

Vivemos em uma sociedade que naturaliza certas situações de violência. Comportamentos de desqualificação, humilhação e constrangimento ainda são comuns no ambiente de trabalho e nas salas de aula, sob uma lógica perversa e equivocada de “sofrer para então aprender ou melhorar”.

Essas agressões, muitas vezes disfarçadas de brincadeiras, têm nome e representam um assunto sério para a instituição: assédio. Comportamento que, a partir de diversas formas, “prejudica a autoimagem e a segurança da vítima, compromete o clima institucional e perpetua desigualdades e injustiças sociais”, como conceitua a cartilha elaborada pela Faculdade de Medicina da UFMG.

 

Para se pensar um recorte de gênero

Diversas publicações já ressaltaram como o assédio, seja ele moral ou sexual, afeta as mulheres em particular – como aponta a reportagem “Como sair de uma situação de assédio no ambiente de trabalho, publicada pelo instituto AzMina. Além do gênero, existe ainda um marcador racial: mulheres negras são as principais vítimas de assédio moral.

Aqui, vale diferenciar assédio moral de assédio sexual. Enquanto o primeiro se caracteriza por um comportamento repetitivo de perturbação e humilhação direcionada, o assédio sexual é crime e está relacionado a qualquer constrangimento de conotação sexual no trabalho ou no ambiente profissionalizante. Em ambos os casos, é sempre importante reafirmar que a culpa nunca é da vítima.

 

Gestores, professores e colegas têm um papel fundamental para evitar essas situações de violência na comunidade universitária. Primeiro, em constituir um ambiente onde a cultura da paz e o bem-estar sejam efetivamente valorizados. E, segundo, em criar uma rede de apoio e solidariedade para as vítimas, para que elas se sintam confortáveis o suficiente para pedir ajuda.

Na UFMG, a Ouvidoria é o caminho para uma denúncia institucional, seja identificada ou anônima. Para isso, recomenda-se reunir o máximo de informações ou indícios que indiquem o assédio para que então seja aberta uma sindicância e apurada a queixa. Caso seja provado a culpa, agressores responderão por processo disciplinar e serão punidos administrativamente.

Ouvidoria da UFMG
Contatos: 3409-6466 / ouvidoria@ufmg.br
Horário: 7h30 às 19h
Local: Biblioteca Central, 3º andar, sala 302 – Campus Pampulha da UFMG

Entretanto, é importante ressaltar que a vítima tem total autonomia para procurar os canais criminais de denúncia, via delegacias de polícia (190 para casos gerais ou 180 para casos de violência contra a mulher) ou pelas ouvidorias do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.