Os trabalhos apresentados pelos servidores do Caed durante o XV Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância (ESUD) já estão disponíveis para leitura. Explorando temas ligados à atuação profissional e acadêmica dos profissionais, os artigos também integrarão os anais do evento, ainda sem previsão de publicação.
No texto “Restos a pagar a Educação a Distância: orçamento paralelo ou fôlego para a política de EaD“, as administradoras Thatiana Marques e Mariana Pinto debatem a utilização da conta “restos a pagar” na execução das despesas do Caed e como esse tipo de movimentação tem viabilizado a continuidade dos cursos a distância em instituição em que a modalidade ainda não é contemplada na matriz orçamentária.
Formação a distância em discussão
Já as assessoras pedagógicas Ana Carolina Almeida, Cristina Souza e Márcia Duarte analisaram no artigo “Processos formativos na cultura digital: a experiência do “Espaço Produção acadêmica do Caed/UFMG” o ambiente, desenvolvido pelo Caed, com o objetivo inicial de oferecer a estudantes da graduação a distância lições sobre a produção acadêmica.
O espaço conta com um público mais diversificado do que o previsto e já motiva o Centro a ampliar o acesso ao ambiente “Disciplinas EaD no Ensino Presencial” a todos os interessados. Hospedado no MinhaUFMG como uma turma de discussão, a sua inscrição atualmente é restrita àqueles que possuem vínculo institucional com a Universidade. A criação de um espaço similar, sediado no Caed Virtual, eliminaria essa limitação e permitiria a participação de todos os interessados.
“Egressos de cursos de graduação na modalidade a distância: o que os dados revelam?”, produzido pelo técnico de informática Thiago Pinto sob orientação da professora Suzana Gomes, sua orientadora no mestrado, analisou dados dos perfis dos estudantes graduados pelos cursos a distância ofertados pela UAB/UFMG, incluindo números sobre evasão e desempenho acadêmico.
Programação variada e intensa
As atrações do ESUD deste ano foram muitas e diversificadas, com a presença de especialistas em EaD vindos do exterior, de países como Portugal, Japão e Canadá, o que a servidora Mariana Pinto avaliou como ponto positivo, assim como palestras que contrastavam as modalidades de ensino.
“Achei interessante a abordagem, principalmente para se ter noção das diferenças de estratégias e culturais que são utilizadas em outros países. Dentre as palestras que assisti, destaco a mesa de debates “Avaliação e regulação da EaD nas instituições públicas”, em especial a fala do Sergio Roberto Kieling Franco (UFRS), que expôs detalhada apresentação quantitativa sobre os resultados dos cursos de EaD x presencial no Enade”, comenta.
Houve também pontos negativos, no entanto, na visão da autora, como a organização e a pouca possibilidade de socialização entre os participantes do evento. “A programação impressa entregue estava com datas incorretas das oficinas, o que me fez perder a que eu estava inscrita, além de contar com uma programação extensa e cansativa. Se participasse de oficina, ficaria no evento das 8h às 21h”, que pontou ainda a falta de pausas para coffee breaks durante todo o congresso.
“Isso dificultava conhecer os participantes de outras instituições e causou um certo desconforto, visto que ficávamos o dia todo no hotel sem alimentação, diferente das edições anteriores. Esse ano foi a terceira vez que participei do evento, e de forma geral acho que teve ganhos e perdas em relação às outras”, finaliza.
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