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Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 6, nº 12 - julho de 2007 - Edição do Vestibular

UFMG: aqui é meu lugar

Uma vida nova está começando

Larissa Nunes

Para além do seu próprio espaço, para além do espaço da cidade e do país onde se situa, a UFMG se faz presente em muitos cantos e recantos.

“O estudante que consegue arranjar um tempinho em sua rotina acadêmica para explorar os espaços da UFMG terá a oportunidade de conhecer um mundo rico e privilegiado”. É com essa definição, comparando a Universidade Federal de Minas Gerais a uma cidade, que a pró-reitora de Administração Ana Maria Motta faz um convite aos futuros calouros e atuais estudantes a desvendar a UFMG, uma das mais importantes instituições de ensino superior do país e a maior do Estado.

Na foto, a estudante do curso de Comunicação Social, Juliana Amapá
Na foto, a estudante do curso de Comunicação Social, Juliana Amapá

Além do campus Pampulha, onde encontra-se a maior parte das unidades acadêmicas e a administração central, a Universidade se faz presente em muitos cantos e recantos das Gerais. Somente em Belo Horizonte, são 19 unidades acadêmicas, sendo que os prédios dos cursos de Direito, Arquitetura, Medicina, Enfermagem, Nutrição, Fonoaudiologia estão fora dos limites do campus Pampulha, todos no campus Saúde, localizado na região centro-sul da capital mineira. Já os alunos que ocupam os prédios da Escola de Engenharia e da Faculdade de Ciências Econômicas, ambos na região central de Belo Horizonte, estão de malas prontas e, em breve, desembarcam na Pampulha. E existe, ainda, o campus regional, em Montes Claros, onde são oferecidos os cursos de Zootecnia e Agronomia.

Para abrigar a população universitária, tornou–se necessário repensar a infra-estrutura e os serviços de logística, como limpeza, transporte e segurança do campus Pampulha. “Cerca de 30 a 40 mil pessoas circulam diariamente pelas ruas do campus. Temos todos os problemas urbanos que uma cidade deste porte enfrenta”, explica a pró-reitora de Administração. Exemplo disso é o trânsito. Diariamente, cerca de cinco mil veículos trafegam pelas vias do campus Pampulha, com acesso por duas das principais avenidas da capital: a Antonio Carlos e a Carlos Luz, conhecida também como ‘Catalão’. “Nós temos um problema de trânsito que tende a se agravar. Temos negociado com a BHTrans [órgão responsável pelo gerenciamento do sistema de transportes e do trânsito em Belo Horizonte] para encontrarmos soluções para isso. Uma das possibilidades é um trabalho educativo dentro do campus Pampulha para incentivar as pessoas a usarem transporte coletivo e não estacionarem em locais proibidos”, adianta Eliane Aparecida Ferreira, diretora do departamento de Serviços Gerais (DSG). Outra solução é estimular o acesso ao campus por outros portões: o da avenida Abraão Caram, e os próximos ao Colégio Militar, Faculdade de Química e o da Escola de Veterinária. Para quem não circula de carro, o transporte dentro do campus Pampulha fica por conta das três linhas de um coletivo interno e gratuito, oferecido pela Universidade. Os ônibus circulam em horários determinados, com sistema especial durante as férias.

Outra preocupação típica de grandes cidades é a segurança. “Dentro da UFMG, as pessoas têm que tomar todos os cuidados que se adota em qualquer outro lugar de Belo Horizonte”, alerta Eliane Ferreira. A Universidade possui serviço de vigilância em todos os prédios e estacionamento, duas patrulhas que fazem ronda 24 horas por dia, além de câmeras na Reitoria e na Praça de Serviços.

Mundo da saúde

A Faculdade de Medicina e a Escola de Enfermagem dificilmente vão mudar de endereço. Isso porque os dois prédios estão localizados na área hospitalar de Belo Horizonte. Lá, estão também o Hospital Pronto-Socorro João XXIII, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e o Hospital das Clínicas (HC), que pertence a UFMG.

Além de ser um hospital público, com 95% dos seus pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) - os outros 5% são atendidos por outros convênios ou particulares -, o HC também tem a missão de contribuir na formação dos futuros profissionais da saúde, vindos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Nutrição e Fonoaudiologia. “No HC, as consultas se dão com o acompanhamento dos alunos, que precisam entender todo o procedimento médico”, explica Elizete Maria da Silva Neme, diretora administrativa.

Recentemente, a UFMG passou a gerenciar, por meio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), o Hospital Universitário Pronto-Socorro Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova. A Fundep é a responsável pela contratação e administração da rotina do pronto-socorro, exclusivamente voltado ao atendimento pelo SUS. Os recursos são repassados pelos governos estadual e federal.

Nos limites do campus Pampulha também funciona um terceiro hospital, com pacientes pra lá de especiais. É o Hospital Veterinário, destinado a cuidar da saúde das mais variadas espécies, além de ser, também, um hospital universitário, voltado para formação de futuros profissionais da área. Na clínica de atendimento são feitas, aproximadamente, 25 mil consultas por ano. Já a clínica de cirurgia de pequenos animais, eqüinos e bovinos realiza, em média, oito mil procedimentos anuais. O hospital também trata de animais silvestres, exóticos e provenientes de zoológicos. A estudante do 4º período da Escola de Veterinária da UFMG, Mariana Moraes Falcão, conheceu o Hospital Veterinário antes mesmo de ser aluna da Universidade. Ela costumava levar seus três cachorros para consultas e tratamentos, e logo que foi aprovada no vestibular, procurou fazer parte da equipe, através de um estágio voluntário. “Aqui é sempre movimentado. Muitos funcionários de haras e carroceiros trazem seus cavalos para serem atendidos aqui. Dependendo do exame, o único local da cidade equipado para fazê-lo é o Hospital Veterinário da UFMG”, comenta.

Universo literário

Não é por acaso que na programação da rádio UFMG Educativa (leia em "Boca no trombone") existe um programa chamado Universo Literário. Na UFMG, existe um sistema integrado formado por 28 bibliotecas que, em conjunto, contam com 750 mil livros – acervo que equivale a R$ 15 milhões. O acesso a este mundo se dá através de um pequeno objeto, uma carteira, recebida pelo estudante assim que ele faz o registro acadêmico. “Sempre uso o número máximo de empréstimos de livros permitido. E ainda quero mais”, brinca a estudante do 7º período de Comunicação Social, Priscila Brito.

A coleção literária inclui os mais diversos tipos de livros, folhetos, catálogos, artigos, atlas, mapas, periódicos, manuscritos, disquetes e cd-roms, além de um acervo de obras raras, que fica no quarto andar da Biblioteca Central do campus Pampulha. “Temos obras que vão do século XVI ao XX, que geralmente são procurados por pesquisadores”, explica Maria Elizabeth de Oliveira Costa, diretora do Sistema de Bibliotecas da UFMG. Quem quer ter acesso às obras raras, deve procurar a ajuda de um bibliotecário.

A busca por publicações é informatizada. Os usuários do Sistema de Bibliotecas têm à disposição um sistema on line, que pode ser acessado pelo Portal UFMG (www.ufmg.br/biblioteca). Através do site, é possível renovar empréstimos, ou até mesmo sugerir sugestões de aquisição de novos títulos e obras.

Outros lugares

Outros LugaresOutros LugaresOutros LugaresNa mineira Diamantina, está localizado o Instituto Casa da Glória, órgão complementar do Instituto de Geociências (IGC), destinado a cursos e atividades na área de geologia, que cede sua infraestrutura para grupos de pesquisadores e grupos em atividades didáticas ou de pesquisa na Serra do Espinhaço. “O Instituto é extremamente útil para trabalhos de campo, uma vez que está localizado em uma área muito rica e, ainda, oferece alojamento aos alunos”, explica o coordenador do curso de Geografia, Antonio Pereira Magalhães Junior.

Aos poucos, também aumenta a participação da UFMG em uma outra cidade mineira: Tiradentes. Atualmente, a Universidade possui quatro imóveis no município - o antigo Fórum, onde funciona a Câmara Municipal, a Casa de Padre Toledo, o Centro de Estudos e a antiga cadeia pública. “A proposta do atual reitorado é que se crie o campus Avançado de Cultura”, explica a pró-reitora de Administração, Ana Maria Motta.

Há, ainda, duas fazendas-escola. administradas pela Escola de Veterinária. Nas fazendas Experimental Professor Hélio Barbosa e a Modelo de Pedro Leopoldo, situadas a menos de 50 quilômetros de Belo Horizonte, são realizadas pesquisas aplicadas, aulas práticas, estágios e cursos de extensão.

Bem próximo ao campus Pampulha, a comunidade universitária tem uma opção de lazer que ocupa nada menos que 191 mil metros quadrados (área equivalente a 19 campos de futebol). O Centro Esportivo Universitário (CEU), criado em 1971 durante o regime militar, quando a educação física era obrigatória para universitários de todos os cursos. “A obrigação de praticar uma atividade física acabou, mas o CEU se mantém como espaço onde os universitários vêm para se divertir, tomar sol e praticar esportes”, explica a diretora Elen Marise de Oliveira Oleto. Ao todo, são 19 quadras, seis piscinas, três campos de futebol e pista de atletismo à disposição para toda a comunidade universitária. O CEU também oferece uma variedade de cursos, como hidroginástica, pilates, natação e basquete abertos para a comunidade externa, além de estar aberto à promoção de eventos e atividades esportivas.

Maior área de preservação de Belo Horizonte, o Museu de História Natural e Jardim Botânico ocupa 600.000 m2 (cerca de 60 campos de futebol) nos bairros do Horto e Santa Inês, na região leste da cidade. Com centenas de espécies da flora e da fauna brasileiras, o espaço foi inaugurado, como museu, em 1972, e, desde então, recebe um público enorme, de cerca de 150 mil pessoas por ano. Os estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas são assíduos visitantes.

O Centro Cultural UFMG é puro intercâmbio cultural, onde a sociedade participa da produção e compartilha do conhecimento. Dentre os seus projetos, destacam-se os voltados para jovens de periferia, grafiteiros e professores da rede pública de ensino. Do curso de Formação de Agentes Culturais Juvenis, que envolveu professores e alunos de diversas unidades da UFMG e formou cerca de 40 jovens em 2003, nasceu o Projeto Cidadania Cultural, que reúne 25 jovens na discussão de políticas socioculturais para a juventude.

Localizada numa área de 114 hectares no interior do campus Pampulha, a Estação Ecológica destina-se a atividades de pesquisa, ensino e extensão e, ainda, lazer e atividades físicas. O espaço era a antiga Fazenda Dalva que, por muito tempo, abrigou uma instituição de apoio a menores carentes. Um verdadeiro cinturão verde na UFMG, a área abriga centenas de espécies da flora e dezenas de espécies animais, entre mamíferos, anfíbios, répteis e aves.

O belo prédio do início do século XX, localizado na Avenida Afonso Pena, 1.534, passou, há cinco anos, por uma grande reforma, recuperando e preservando suas características originais, mas ampliando o espaço que ganhou uma nova e dinâmica posição no cenário cultural de Belo Horizonte. Hoje, o Conservatório UFMG, onde durante décadas, e até 1996, funcionou a Escola de Música da UFMG, é local cativo da divulgação da música clássica e erudita, de exposições, cursos, seminários e congressos abertos à comunidade universitária e à população.

Os mais importantes fenômenos astronômicos podem ser acompanhados do alto da Serra da Piedade, a 50 quilômetros de Belo Horizonte. Dois telescópios profissionais e nove amadores colocam o céu à disposição dos visitantes. Este ano, o Observatório Astronômico Frei Rosário recebeu mais uma contribuição para os estudos: a instalação de um planetário. O Observatório foi fundado em 1972, com o objetivo de auxiliar na pesquisa.

Mapas dos campi

Consulte aqui os mapas do Campus Pampulha, do Campus Saúde e unidades do Centro de BH e do Campus Regional de Montes Claros.

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Revista Diversa nº 12
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