O Decreto REUNI, proposto pelo Governo Federal dentro do Plano de Aceleração do Crescimento para a Educação, previa essencialmente:
- As universidades federais poderiam, por adesão, elaborar propostas de crescimento de seu ensino de graduação.
- Como meta de tal crescimento, cada instituição deveria atingir:
- Um total de 18 alunos de graduação para cada docente; e
- Um fator de aproveitamento de 0,9 na graduação (ou seja, a efetiva concessão de um total de 90% de diplomas de graduação, em relação ao total de alunos ingressantes no vestibular).
- As novas vagas deveriam ser criadas preferencialmente em cursos noturnos.
- Em contrapartida, cada instituição receberia um acréscimo, em seu orçamento, de um montante de 20% do total, em 2007, relativo a gastos com pessoal efetivo mais custeio. Esses recursos adicionais poderiam ser livremente direcionados pelas IFES, para os itens que lhes conviessem.
- Além desse acréscimo no orçamento permanente da instituição, ainda haveria a concessão de um montante inicial, para financiamento de gastos com infra-estrutura, destinados a viabilizar a expansão prevista.
As metas do REUNI deveriam ser executadas num prazo de até 5 anos após a adesão de cada universidade.
30 comentários
Elias Gonzaga Vieira
4/10/2007 às 14h30
1Considero importante o projeto de aumento do número de vagas na universidade pública, fator que contribui para a efetiva democratização do ensino superior. Entretanto, não consigo ver como possível a manutenção da qualidade de ensino fixando o numero de diplomação mínimo para a universidade. A meu ver esse fato levará a instituição no intento de manter a exigência a conferir aprovações sem contemplar aprendizagem. Em outras palavras, poderemos contemplar uma perda substancial na qualidade do ensino, pois será necessário cumprir metas numéricas e não qualitativas.
Maria Céres
4/10/2007 às 17h34
2È preciso lembrar que a taxa atual de diplomação da UFMG está em torno dos 85%. E que melhorá-la, representa tornar o ensino ministrado mais eficiente, especialmente numa universidade pública, que subsiste com recursos públicos. A exigência da taxa de diplomação, pelo menos eu entendo assim, é uma forma de cobrar eficiência da instituição, por parte do governo que libera o recurso. Além do mais, no caso da UFMG, o aumento de 5% nesta taxa – que é a exigência do REUNI – não vai representar perda de qualidade. E metas quantitativas articuladas como nestas qualitativas – como é o caso da inclusão – não são metas ruins.
Filipe Cunha
18/10/2007 às 17h18
3Professores doutores fora das salas de aula. Aprovação de 90% dos alunos.
É… o drama dos professores substitutos dominará a universidade. Um mutirão de doutorandos vai para as salas de aula sem preparo algum para dar aula e, para completar, ensino plural na universidade.
Ah! sim.. sem contar que agora o nível dos alunos vai cair por causa da quantidade EXCESSIVA de cotas.
UFMG, aonde você vai parar???
Kélly Cândido
22/10/2007 às 16h29
4As posições são divergentes, e não poderiam deixar de ser, face a transformação nas concepções de Ensino Superior que estão pela frente, caso o REUNI seja aprovado. Não concordo com um só ponto do programa, que a meu ver é só mais um ponto da reforma neoliberal do Estado dentro da educação. Nesse mosaico que se transformou a reforma universitária, o reuni, é só mais uma peça. É uma agressão aos alunos de hoje e dos de amanhã, e uma afronta a todo corpo docente, que com o perdão do trocadilho, se verá docemente amargurado frente a mais trabalho. Com tudo isso, percebe-se que a discussão é muito séria. Não seria melhor que a mesma fosse feita face-a-face numa assembléia geral, com todos os interessados? O que vem acontecendo é a fragmentação dessa discussão em fóruns pequenos esvaziados, de onde as pessoas se vão com a seguinte questão: E agora? Digo que on-line nada será resolvido de fato. E as decisões serão tomadas a revelia, em dezembro, no dia 24, às 21h00min, à luz de velas…
E agora?
Gabriel
26/10/2007 às 9h10
5Pois é…educação no Brasil se faz por decreto…ainda bem que ainda não inventaram de usar um Ato Inconstitucional.
Lucas Rodrigues Cunha
27/10/2007 às 14h05
6A proposta do REUNI é a concrtização de um imperativo na educação brasileira. Não há como manter uma estrutura que exclui do ensino superior público os jovens de 18 a 24 anos. O desafio não é manter o atual número de vagas com qualidade, nem expandir para todos às custas da qualidade. O desafio é expandir com qualidade. Espero que o REUNI seja implementado com responsabilidade, senão pode ocorrer o mesmo que ocorreu na escola básica; democratizou-se o acesso, mas isso gerou uma distorção no sistema, sendo que o perfil das escolas se diversificou muito, fazendo com que a qualidade (às vezes mal equacionada com aprovação no vestibular) piorasse muito.
Sempre estudei em escola pública e penso que os resursos são mal distribuídos, estão concentrados no ensino superior. É preciso melhorar a qualidade da escola básica. Tentar rejeitar o REUNI, como alguns movimentos estão fazendo na UFMG pode representar uma postura de manutenção do status quo, ou seja, é melhor que o ensino superior seja de qualidade, mas para poucos, uma espécie de elite que quer manter seus privilégios. Também acho que educação não se faz por decreto, mas é preciso destacar alguns méritos do REUNI.
Guilherme Campos
30/10/2007 às 9h00
7Política do Pão e Circo: população feliz em ver seus filhos chegarem à universidade, universidade feliz em receber investimentos milionários do governo e governo ainda mais feliz em conseguir enganar a população e assegurar seu poder por não sei mais quantos anos… Essa é a realidade. Aconteceu com a Prefeitura de BH e a escola Plural e agora a história se repete a nível nacional. O problema do Brasil é achar que os problemas antigos se resolvem a curto prazo e fazer dessas “soluções” – feitas em grande parte durante um espaço de tempo máximo de 4 anos – apenas mais um sorriso bonito na propaganda eleitoral.
Filipe
30/10/2007 às 23h33
8Sou de Salvador, onde está ocorrendo uma incessante luta por parte dos alunos baianos, que inclusive ocuparam a Reitoria da UFBA, contra o REUNI, visto que o mesmo apenas contribui para a sucateação e progressiva privatização das universidades. Pontos do decreto deixam brechas para a contratação em grande quantidade de professores, que por sua vez não estão comprometidos com a instituição, tendo em vista que eles não tem direito a pesquisa, apenas o ensino, inchaço das universidades, perda de autonomia da instituição que perde o direito de eleger o seu Reitor e fica uma pergunta: com o aumento de 50% de alunos será que 20% a mais de verba conseguirá atender as necessidades da universidade, que são: aumentar o quadro de funcionário para atender esses novos alunos, expandir bolsas de pesquisa aumentar os benefeciados pelos programas de auxílio à alunos, etc.
Valeu pela oportunidade companheiros de Minas Gerais, espero que assim como nós aqui da Bahia, vocês lutem por uma universidade de qualidade para nosso país e digam NÃO ao Reuni.
André César Medeiros
1/11/2007 às 21h42
9Primeiramente, é necessário definir isto antes de levantar a voz para opinar: em quem estamos pensando quando dizemos “não” ao REUNI?
Estamos pensando nos estudantes que poderiam ser contemplados pelo programa, ou estamos pensando nos nossos próprios umbigos e na nossa “bolha de proteção” profissional?
Minha opinião sincera é que os alunos que rebeldemente assumem uma posição conservadora e se opõem ao REUNI, veementemente se levantam contra o programa simplesmente porque estão interessados na sua carreira particular, e nem sequer lembram do compromisso como sociedade de contemplar os que não são contemplados.
A sociedade fora da universidade olha para as federais como algo raro, fantasioso, de fato inalcançável. Está realmente correto dizermos não à esta sociedade? Será que a mesma coragem empregada para gritar “não” em frente ao prédio da reitoria consegue ser suficiente para gritar “não” na frente de milhares de vidas abandonadas?
E sim: conheço o argumento que uma expansão significativa pode ser realmente negligente. Aderir ao REUNI não vai nos dar a característica de negligentes, porque já somos hoje mesmo. O que eu pessoalmente vejo (na minha experiência dentro da universidade) é que uma minúscula parcela dos alunos do meu curso (de exatas) conseguem se formar, e que de noite o instituto está vazio e as salas estão ansiosas por receber mais alunos.
Ora, o REUNI propõe exatamente isto: atender a sociedade que precisa e quer formação superior, e preencher os horários noturnos.
Não há dúvida de que quanto menos alunos por professor, melhor o ensino será, mas repito a minha pergunta chave: em quem estamos pensando quando debatemos o REUNI?
Tenho certeza que qualquer aluno ou professor é capaz de costurar argumentos bastante plausíveis a favor do seu próprio umbigo acadêmico, porém novamente: e os outros?
Débora
5/11/2007 às 9h09
10A palavra “elite” vem sendo usada de maneira muito errada nessa discussão. O objetivo de uma universidade com a qualidade da maioria das federais (e deveria ser o objetivo de todas) é sim receber e formar uma ELITE. Não uma elite econômica, dos privilegiados que puderam freqüentar escolas particulares, mas uma elite intelectual; e o aumento da elite intelectual é que deve ditar o aumento do número de vagas em universidades.
O acesso de mais pessoas ao ensino superior deve ser conseqüência de uma melhoria no ensino fundamental e médio, pois de outra forma, não há como não prejudicar a qualidade do ensino superior. É uma questão de lógica: se o nível de quem se forma no ensino médio permanece o mesmo, e entra mais gente na universidade pelo mesmo processo seletivo (que não é perfeito, mas tenta selecionar os melhores), a média de qualidade cai.
Torço para que o que restou do ensino público de qualidade não se perca do mesmo modo que aconteceu com a educação básica há alguns anos.
Marcos Vieira
7/11/2007 às 1h27
11É mas, isso gera desigualdade……. eu devo ter as mesmas chances de você. Quanto mais “degraus” maior é a diferença, cabe o governo TENTAR diminuir, assim se faz um país……
Não adianta gastar “R$ 250,00″ com o ensino fundamental, e “R$1000,00″ no superior (e o famoso e lendário pacto governamental?, os Estados e municípios estão falidos, sem dinheiro. O governo não “repassa”), é óbvio que terá um isolamento de classes com um muro social. Como fazer um país melhor se não “deixam” o povo “aprender”?
Ana Flávia
7/11/2007 às 21h58
1290% de aprovação nos cursos do ICEX é uma coisa ABSURDA! Isso não existe! Vai cair MUITO o nível dos cursos!
Marcos Vinícius
8/11/2007 às 10h05
13Sou a favor que mais pessoas tenham acesso à universidade federal, mas ela é o que é, não apenas por causa de ser gratuita, mas sim pela sua qualidade de ensino. A UFMG já está funcionando no limite, ou seja, o governo só quer aumentar o número de vagas para os alunos. Por que não contratam mais professores e constroem mais prédios e laboratórios? No final das contas daqui alguns anos será mais valorizado um estudante da Universidade Particular do que um da Federal, do mesmo jeito que acontece hoje no ensino fundamental e médio. E as pessoas que não tinham fácil acesso, mas que batalhavam muito para entrar lá, fazendo cursos pré vestibular ou estudando por conta própria, terão desencantos terríveis com a nossa Federal sonhando assim depois com a impossibilidade de estar numa universidade particular que cobra altíssimas mensalidades. Simplificando, a sociedade continuará elitizada,
e quem formar numa federal com baixa qualidade de ensino terá praticamente a mesma oferta de trabalho e salário que tinha antes de entrar. Por isto estamos indignados com o que o REUNI está impondo.
Pablo Cristiano
11/11/2007 às 16h03
14A necessidade de mais vagas no ensino público superior é tão evidente que discuti-la,além de ser estafante,não leva a lugar algum.
Entretanto,torna-se imprescindível deliberar acerca da forma como tais vagas serão obtidas: o aumento indiscriminado do número de alunos de uma instituição, sem a correspondente elevação da qualidade do ensino, é algo impensável. O REUNI,que inicialmente seria uma boa proposta, equivoca-se em dois pontos-chave: ao estabelecer metas de aprovação a serem cumpridas e ao elevar o número de alunos sem reformas estruturais nos “campi”.
Metas de aprovação tão inflexíveis comprometerão o ensino e desvalorizarão as universidades públicas, além do que um número maior de estudantes em salas sem ampliação seria inaceitável. Somado a isso, haveria um aumento nas responsabilidades dos docentes, o que é algo fora de cogitação. Assim, com essas reformas o ensino superior do Brasil tornar-se-ia um simples paliativo para a ignorância dos brasileiros.
Patrícia Carla Oliveira Carneiro
19/11/2007 às 7h49
15Acredito que a Universidade deve estar aberta a esta proposta do governo. A ampliação de vagas e abertura de novos cursos, principalmente no período noturno, é fundamental para que o acesso ao ensino superior esteja mais próximo daqueles que por questões socio-econômicas não dispões das mesmas condições, no momento do vestibular, que o aluno típico da UFMG: branco, de classe alta, que estudou em escola particular, que não trabalha, e que dispõe do dia inteirinho para se dedicar à Universidade. No entanto, acho que o Reuni ainda não é o bastante. Inclusão de verdade deve contemplar o sistemas de cotas para negros e indígenas, deficientes e estudantes orindos de escola pública. Aguardo anciosamente para que isto ocorra na UFMG o mais breve possível.
Priscila Pizzol
28/11/2007 às 15h06
16Estava lendo os comentários sobre o Reuni e não pude deixar de mencionar a forma a que os que são contra ao Reuni estamos sendo tratados. Estamos sendo vistos como egoístas, que só pensam num ensino de qualidade para poucos. Serão mesmo egoístas as pessoas que pensam num melhor futuro para o país, ou será que os egoístas não são aqueles que querem entrar na universidade a todo custo, sem pensar na qualidade?
Se em algum momento eu estivesse pensando só em mim eu seria a favor da adoção do sistema já que seria muito mais fácil para mim ingressar na universidade. Mas eu sei que para o país não vai ser bom.
O Reuni vai piorar a qualidade do ensino, sim! Desde quando um aumento de 20% na verba de uma universidade irá acompanhar um aumento de 50% de vagas?
Ao invés de progredir iremos regredir. O governo está mudando o foco do problema, não será criando vagas em universidades que a educação do país vai melhorar… O Reuni pode ajudar as pessoas no início, mas depois se tornará num pesadelo, como uma bola de neve acumulando problemas e mais problemas.
Prestem atenção! A partir do momento que tivermos uma educação básica de qualidade as pessoas, ricas ou pobres, vão competir de igual para igual. Se piorarmos hoje o sistema de ensino superior que temos, futuramente não vai valer a pena ingressar numa universidade federal e as particulares vão ganhar cada vez mais espaço. Aí, as pessoas mais carentes vão ficar em desvantagem, porque se quiserem um ensino de qualidade vão ter que pagar as caríssimas mensalidades de uma universidade particular.O problema da educação no Brasil não deve ser resolvido de hoje para amanhã e nem deve começar do ensino superior, deve começar no começo, na educação básica.
Pensem nisso… Será que vale a pena?
Augusto Alves
1/12/2007 às 11h02
17É muito bom pensar em qualidade e isso eu penso sempre, penso também em ampliação e é necessária, mas o que é bem claro pra mim, é que a mudança no ensino basico passa pela mudança na universidade. Hoje estudantes tanto de escolas privadas ou públicas enxergam a universidade, desde muito cedo, alguns com esperança e outros com muito medo.
O foco realmente é a universidade e esse sistema de vestibular que valoriza o ensino memorizado, e não o aluno criativo e capacitado. Isso me faz acreditar que as mudanças passam por todas as áreas do ensino, mas tenho certeza, se você mudar e melhorar o ensino básico, ele pode se tornar o que a escola privada é hoje: uma máquina de estudantes prontos pra enfrentar o vestibular, mas totalmente despreparados para o ambiente universitário.
Wagner Pereira
5/12/2007 às 14h47
18Acho engraçado como alguns lobinhos(as) vestem pele de cordeiro… quando o assunto é mexer no ensino das Universidades Federais (as intocáveis). Principalmente para aqueles que são contra, segue uma observação: os seus pais pagam impostos e a sociedade no geral também paga e essas instituições são mantidas por nós contribuintes. O que o atual reitor da UFMG está fazendo é de um mérito astronômico. Quando o curso de engenharia mecânica foi implantado à noite, tive um amigo que conseguiu ingressar nesse curso e me comentou que os próprios professores disseram que o que a UFMG estava fazendo era uma UTOPIA … e que tal curso seguiria seu rumo na “cara e na coragem” ( alunos tiveram que protestar para que biblioteca funcionasse a noite). Pergunto esse curso noturno vai diminuir o “nível de ensino da Federal”??? Vocês acham que a implantação do curso de engenharia de controle e automação ou produção também à noite vai piorar o nível do curso diurno??? … O que vocês estão é com medo desses vamos dizer “menos favorecidos” possam disputar de igual pra igual com aqueles que estão por conta da Universidade e que muitos já trabalham, são profissionais competentes e necessitam de aperfeiçoamento da teoria à prática. Portantos Srs. e Sras. que são contra, por favor pensem e dê um voto de confiança a esse governo que está tentando fazer algo pelo pobre. Inclusão social é um tema tão discutido na UFMG…
Fábio Liberato
8/12/2007 às 14h43
19Acho que muito deve ser feito para melhorar o ensino no Brasil e esse programa é só um começo que parece incomodar os jovens elitistas do turno da manhã.
Dayane Campos
3/01/2008 às 22h01
20Sou contra porque ter 90% de aprovação vai prejudicar muito o ensino. As Faculdades Federais não seraõ mais reconhecidas pela educação!!!
Dayane Campos
Marcos Vieira
5/01/2008 às 2h04
21Eu não entendo o motivo em melhorar o ensino superior (que é o melhor que temos no nosso país) enquanto o ensino fundamental está em traças…….Por que o ensino fundamental não vai receber um projeto desse? Parece que é de propósito, ou nossos governantes, de famílias elitistas não conhece a realidade da maioria dos brasileiros (nem sequer andaram de ônibus na vida..), “nasceram em berço de ouro”.
*Obs: não estruturam o ensino e investem nos fins. Parece que o governo quer solucionar rápido o problema da educação dando ensino superior ao “povo”> Na Coréia Do Sul, eles “excelentizaram” o ensino primário e médio e o superior é mais deixado de lado, e são as empresas que, com o ensino técnico, investem.
Marcos Vieira
Robson Marques e Oliveira
28/02/2008 às 15h03
22Num país em que o ensino superior ainda é pra poucos, toda iniciativa que vise ampliar o acesso à universidade é bem-vinda. Contudo, sefaz necessária uma melhor análise das propostas, haja vista seu impacto nos meios acadêmicos. Cito um exemplo: essa relação quantitativa alunos/professor é um ponto a ser discutido e, talvez, revisto. No mais, “cursos novos” como Relações Internacionais, Gestão Pública e Design, só pra listar alguns, já estavam demorando pra aparecer!!!…
Robson Marques e Oliveira
TOTOIA
1/03/2008 às 18h31
23Não tenho dinheiro. Vim do interior, estudei e passei na UFMG para Engenharia Metalúrgica (diúrno, é claro). Sobrevivo graças ao apoio financeiro dado pela Fump [Fundação Mendes Pimentel]. Temo que essa expansão prejudique o ensino de qualidade ofertado pela UFMG.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Mais informações sobre a Fundação Mendes Pimentel (Fump) disponíveis no endereço eletrônico http://www.fump.ufmg.br
Gleidson Fernandes
17/03/2008 às 16h25
24O ensino no Brasil hoje é muito restrito. Grande maioria da população pobre é obrigada a cursar uma faculdade particular por não receber apoio educacional suficiente enquanto cursa o ensino médio em uma escola pública, pois o ensino público hoje não prepara seus estudantes para um vestibular a altura como é o da Federal de Minas [Universidade Federal de Minas Gerais]. Portanto, vale lembrar que se neste país houvesse justiça, quem estudou em escola particular deveria cursar uma faculdade particular, e quem foi obrigado a estudar em escola pública (por falta de dinheiro), deveria ter uma porcentagem maior na reserva de vagas nos vestibulares das “Federais”. Tendo em vista o exposto, sou A FAVOR DO REUNI.
Gleidson Fernandes
Guilherme
28/05/2008 às 0h49
25É com muita tristeza que constato a posição infeliz que o diretório central dos estudantes está tomando frente ao REUNI. Hoje, andando pela minha unidade, tive que acompanhar pelos corredores cartazes distribuídos pelo DCE-UFMG com o escrito “PLEBISCITO NACIONAL SOBRE O REUNI: DIGA NÃO”.
Após chegar na urna de votação do imparcial “plebiscito”, tiver que que marcar um sim ou não para perguntas como : “Você concorda com o REUNI, um decreto do Governo Lula que entre outros ataques, acaba com a autonomia das universidades federais e as obriga a dobrar o número de alunos por professor, acabando com o ensino e a pesquisa de qualidade? “. Fiquei pensando se chorava ou ria da situação. Acho que prefiro chorar, já que estamos em uma universidade com uma história de luta estudantil da qual orgulha toda sua comunidade.
Espero que todos os estudantes da universidade tenham a consciência de se informar e pesquisar sobre o decreto REUNI e as propostas institucionais da UFMG para o mesmo para antes de se posicionarem. E também espero que a comunidade saiba quando for divulgado o suposto “plebiscito”, que na verdade se trata de um abaixo-assinado travestido, e não da verdadeira opinião desta universidade.
Guilherme
marina
11/06/2008 às 14h02
26Gleidson,
não podemos ser tão radicais em afirmar que um aluno da escola particular deve estudar em universidade particular. Além do preço de uma universidade ser bem superior a de uma escola de ensino médio/fundamental, sabemos que a UFMG é a melhor universidade do estado. Sendo assim, seria justo o aluno cujos pais se empenharam tanto para pagar uma escola tenham que estudar em faculdades onde o nível é inferior? Esse pensamento é preconceituoso. A culpa do aluno de escola pública ter pequenas chances de ingresar em uma universidade de baixa qualidade não é nossa nem de vocês! A culpa é de quem fez os ensinos ficarem tão díspares já que há 10, 20 anos, escolas públicas e particulares tinham o mesmo nível de ensino. Assim, nao é justo que nós de intituiçoes particulares paguemos por uma desigualdade que nao foi proporcionada por nós. E por ser um país democrático, todos devem ter direito aos acesso a qualquer universidade. Sé é o dinheiro que mais importa para aguem existem programas nas particulares para pessoas carentes!
obrigada, Marina
Manoela
19/06/2008 às 0h39
27É muito fácil concordar com o REUNI quando se quer entrar na UFMG, afinal o aumento de vagas facilita o vestibular.
Eu quero ver concordar quando estiverem lá dentro e o seu curso fôr prejudicado por falta de professores. Quem está lá dentro sabe que tem curso que já está uma bela bagunça sem aumento de vagas. O próprio corpo docente diz isso.
A realidade é que a tão sonhada UFMG dos vestibulandos vai ter o mesmo fim das escolas públicas: poucos professores, mais greves, queda na qualidade de ensino e profissionais despreparados no futuro. Ou como vocês acham que a UFMG vai conseguir 90% de aproveitamento dos alunos das engenharias?
Manoela
Pedro M.
23/06/2008 às 18h18
28Seria uma ótima idéia e um bom momento para a UFMG passar a ter curso de Engenharia Elétrica noturno.
Pedro M.
Nathália
1/01/2009 às 22h09
29Acho que hoje indiscutivelmente os melhores resultados lançados sobre o curso superior vêm das universidades públicas, assim como em um tempo passado as escolas públicas de nivel médio e fundamental tambem chegaram a possuir este mesmo mérito, que hoje lamentavelmente ao contrário encontra-se em estado de deterioramento causado dentre outros fatores pelo capitalismo selvagem que vivemos hoje e infelizmente domina grande parcela de nossa sociedade. Sei que boa parte das pessoas que hoje administram a UFMG puderam um dia sentar nas salas de aula desta mesma universidade e sentir a indescritivel sensação de estar entre o melhor ou algo parecido; diante disto gostaria de saber será feito por essa mesmas pessoas diante do REUNI que hoje já é uma realidade é que como tudo na vida tem dois lados o bom que se faz conhecido e o ruim que se não for previnido poderá vir e não deixar nem lembranças do que foi bom; previnir para que as universidades públicas não passem para o lado oposto do que hoje são conhecidas e mais que quantidade seja preservada é estruturada a qualidade do ensino e principalmente o orgulho dos que participam ou participaram delas é que consequentemente as fazem existir.”Além das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos.” (Albert Einstein)
Nathália
Nota de eslcarecimento
Prezada Natália,
As respostas para suas indagações podem ser encontradas na entrevista concedida pelo reitor Ronaldo Pena à revista Diversa Vestibular, disponível on line pelo endereço http://www.ufmg.br/15.
Enrico Fagundes Antunes
29/04/2009 às 8h19
30O REUNI é um atraso na educação superior brasileira. 90% de diplomas em relação aos ingressos no vestibular? Isso é ilusão, o Brasil já vai mal seguindo o modelo europeu e americano do norte, onde utiliza-se a razão de 9 alunos por professor, imaginem 18… Salas de aula de 200 alunos? O Japão, tem um ensino superior de qualidade, no entanto, obtém apenas 56% de diplomas em relação aos ingressos nas universidades, do meu ponto de vista o REUNI é um tanto utópico. Acréssimo de 20% no orçamento? 20% não cobrirá os gastos das nossas universidades. Nossas federais vão acabar como os “College” americanos, e o nosso ensino superior gratuito vai acabar dividido em universidades de qualidade, e universidades ilusórias e com alto indice de aprovação, superlotadas e sem ferramentas de ensino adequadas, como laboratórios e bibliotecas.
Enrico Fagundes Antunes – Acadêmico do 6º semestre do Curso de Engenharia de Energias Renováveis e Ambiente da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA – Campus Bagé-RS. “”VÍTIMA DO REUNI”"
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