A contabilização da pós-graduação parte da verificação de que o conjunto das IFES abriga hoje, em média, cerca de 1,5 alunos de pós-graduação senso estrito (M/D) para cada docente. Para cada IFES que contar com alunado de pós-graduação acima dessa média, é calculado o indicador denominado DPG (dedução da pós-graduação):
DPG = { ( ∑ (m + d) . FAV ) - 1,5 . Doc } / 6
Essa fórmula significa: somam-se os alunos de mestrado com os de doutorado para cada programa de pós-graduação (m + d), e multiplica-se o resultado pelo FAV, ou fator de avaliação, desse programa. O FAV corresponde a 1,0 para os programas com conceito 3 ou 4, corresponde a 1,25 para os programas com conceito 5 ou 6, e corresponde a 1,5 para os programas com conceito 7. Do total obtido, subtrai-se 1,5 vezes o total de docentes da instituição. Após isso, divide-se o resultado por seis.
O número DPG assim obtido é deduzido do total de docentes da instituição, sobre o qual será calculado o total de 18 alunos por docente que fixa a meta de expansão da graduação. Grosso modo: para cada seis alunos de pós-graduação que ultrapassam a dimensão nacional média da pós-graduação, um docente é deduzido do denominador do cálculo do número de alunos de graduação por docente.
Na UFMG, de acordo com os números de hoje, esses cálculos dariam:
(m+d): aproximadamente 7000
FAV médio: cerca de 1,217
Doc: aproximadamente 2450
DPG = 800
Dessa forma, o total de 18 alunos por docente não seria calculado para o total de 2450 docentes, mas para um total descontado de 1650 docentes. A meta de 18 alunos por docente seria atingida, então com um total de 30.000 alunos de graduação na UFMG, mantidos os números atuais de docentes e de alunos de pós-graduação.
4 comentários
José Luiz Horta
27/09/2007 às 22h47
1Parece importante reforçar a expansão da Pós-Graduação, nos moldes em debate na UFMG. Só com o aumento do número de pós-graduandos teremos a certeza de um universo quantitativo e qualitativo suficiente para a seleção dos bolsistas de pós-graduação que dariam suporte à excelência dos nossos cursos de graduação. Temos de crescer em sede de pós-graduação, sempre.
Bruno Braz de Castro
4/10/2007 às 16h13
2O fator de dedução da pós-graduação alivia as Universidades – ao menos as que possuem tradição nessa área (como a UFMG) – de um pouco da pressão pelo aumento de vagas na graduação, ao aproximar a relação professor/aluno da meta do Decreto.
A Proposta da UFMG, entretanto, erra na forma como propõe este considerável aumento no número de alunos da pós-graduação. Na referida proposta, desconsidera-se a real demanda por novas vagas no atual sistema de pós-graduação, sendo o aumento de vagas encarado como mero instrumento para resolver o problema da relação professor/aluno na graduação.
Sou favorável ao aumento de alunos na pós-graduação, desde que este seja feito de forma coerente e comprometida com a verdadeira demanda e o bom funcionamento dos programas de Pós da Universidade, o que não se verifica na presente proposta.
Maria Céres
4/10/2007 às 17h37
3No meu entendimento não há nada na proposta que indique perda de qualidade na pós-graduação. Os programas são livres para aderir, na sua conveniência e na sua avaliação – e todo aumento de vaga – uma dificuldade hoje para muitos programas pela limitação de bolsas disponíveis – deverá seguir a mesma tramitação que hoje se requer para qualquer programa.
Leandro Rios
7/10/2007 às 8h56
4Pelo que entendi, numa parte desse projeto que foi suprimida quando foi colocado esse modelo mais interativo, a pós-graduação iria aumentar (se o dado da UFMG estiver correto em http://www.ufmg.br/conheca/nu_index.shtml) de quase 6.000 para 9.340, isso porque sem esse aumento a graduação teria que aumentar ainda mais do que os 31.500. Ou seja, não vejo como a pós graduação pode escolher aderir ou não, se ela não aumentar os 30-50% os numeros da proposta da reitoria para a graduação deverão ser radicalmente reformulados. Um aumento dessa magnitude não terá impacto na qualidade?
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