Vamos considerar um curso de 2.400 horas, com duração de 4 anos ou 8 perÃodos letivos, com 100 vagas no vestibular. Dessa carga horária, vamos supor que 200 horas sejam de estágio e 300 sejam ministradas com técnicas de ensino à distância. Sobrariam, portanto, 1.900 horas-aula. Em 15 semanas letivas, isso significa, em média, quase 130 horas-aula semanais. Levando em conta eventuais desdobramentos de turmas, terÃamos, para atender esses 400 estudantes (100 vagas anuais e 4 anos de duração do curso), encargos semanais de cerca de 185 horas-aula. Convém aqui registrar que estamos falando de turmas de 50 alunos, sem desdobramentos, supondo duas entradas anuais de 50 estudantes. Portanto, avaliar que os eventuais desdobramentos acrescessem em 50% os encargos didáticos não é uma estimativa conservadora.
Para atender a essas 185 horas-aula semanais, estão sendo colocados à disposição 15 docentes em DE e 35 bolsistas de doutorado (que poderão ser mais que 35, na hipótese de uma parte deles serem alunos de mestrado). Supondo que cada um deles será responsável por ministrar, em média, 8 horas-aula semanais , a carga horária total disponibilizada para o grupo proponente é de 400 horas-aula semanais. Ou seja, esse grupo poderá alocar parte dessa carga horária para diminuir seus encargos didáticos médios nos atuais programas de ensino em que atua.
É bom lembrar que, em casos especiais, de cursos com uma carga horária de laboratório mais acentuada, que exigisse maior desdobramento das turmas, poderia haver uma força de trabalho adicional alocada ao projeto, uma vez que parte dos recursos previstos, tanto para a contratação docente como para a admissão de monitores de pós-graduação, foi reservada para fazer face a essas diferenças de complexidade entre as diversas propostas que vierem a ser submetidas.
4 comentários
Ricardo Diniz da Costa
3/10/2007 às 17h21
1Para efeito de lançamento no sistema acadêmico, quem será o professor responsável pelas disciplinas que serão ministradas por alunos de pós-graduação? Estes encargos didáticos serão lançadas para qual departamento, uma vez que a base REUNI é curso? Como esses dados serão tratados na matriz de distribuição de recursos da UFMG? Como a CPPD vai avaliar esses encargos didáticos?
Maria Céres
4/10/2007 às 17h41
2Esta é uma definição a ser tomada pelos colegiados de curso que irão elaborar as propostas curriculares e pelos departamentos que serão responsáveis pelas disciplinas constantes da grade curricular de cada curso. Além disso, o professor ou o bolsista (de pós ou de graduação serão lotados nos departamentos que poderão, a seu critério, colocá-los nas disciplinas dos cursos novos criados, nas expansões de curso realizadas ou mesmo nos cursos já existentes.
Ricardo Diniz da Costa
5/10/2007 às 8h06
3A base REUNI é clara ao estabelecer que novas vagas e/ou bolsas de pós-graduação são vinculadas aos cursos (novos ou ampliados). O sistema acadêmico da UFMG exige que seja designado pelo colegiado responsável pela oferta da disciplina o PROFESSOR responsável pela mesma. Qual a implicação jurÃdica de delegar a um ALUNO a regência de uma classe? Não podemos esquecer que, por melhor que seja um pós-graduando, ele é um discente!
Marcos
28/11/2007 às 0h00
4Concordo com o Ricardo… muitas vezes, e repito, MUITAS VEZES, os pós-graduandos nao estao aptos a ministrar aulas… ou mesmo, nao estao interessados… Para muitos, assim como para muitos professores DE da instituição, em primeiro lugar vem a Pesquisa!!!
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