Vamos considerar um curso de 2.400 horas, com duração de 4 anos ou 8 períodos letivos, com 100 vagas no vestibular. Dessa carga horária, vamos supor que 200 horas sejam de estágio e 300 sejam ministradas com técnicas de ensino à distância. Sobrariam, portanto, 1.900 horas-aula. Em 15 semanas letivas, isso significa, em média, quase 130 horas-aula semanais. Levando em conta eventuais desdobramentos de turmas, teríamos, para atender esses 400 estudantes (100 vagas anuais e 4 anos de duração do curso), encargos semanais de cerca de 185 horas-aula. Convém aqui registrar que estamos falando de turmas de 50 alunos, sem desdobramentos, supondo duas entradas anuais de 50 estudantes. Portanto, avaliar que os eventuais desdobramentos acrescessem em 50% os encargos didáticos não é uma estimativa conservadora.

Para atender a essas 185 horas-aula semanais, estão sendo colocados à disposição 15 docentes em DE e 35 bolsistas de doutorado (que poderão ser mais que 35, na hipótese de uma parte deles serem alunos de mestrado). Supondo que cada um deles será responsável por ministrar, em média, 8 horas-aula semanais , a carga horária total disponibilizada para o grupo proponente é de 400 horas-aula semanais. Ou seja, esse grupo poderá alocar parte dessa carga horária para diminuir seus encargos didáticos médios nos atuais programas de ensino em que atua.

É bom lembrar que, em casos especiais, de cursos com uma carga horária de laboratório mais acentuada, que exigisse maior desdobramento das turmas, poderia haver uma força de trabalho adicional alocada ao projeto, uma vez que parte dos recursos previstos, tanto para a contratação docente como para a admissão de monitores de pós-graduação, foi reservada para fazer face a essas diferenças de complexidade entre as diversas propostas que vierem a ser submetidas.