lingüística, letras e artes

Música

Harmonia do talento e do esforço

“Não sabia se era bom, nem se ia ganhar dinheiro, mas percebi que minha vontade era trabalhar com música”. Esse desejo fez com que Alan Curátola de Melo, 22 anos, desistisse de continuar o curso de licenciatura em Física, na PUC-Minas, para optar pela Escola de Música da UFMG. Cursando o 3° período do bacharelado, o universitário já viu a maioria das disciplinas básicas na graduação e agora participa do Coro de Câmara da Escola, onde se prepara para ser cantor. “No Coro, aprendemos a ter independência musical e nos esforçamos para vencer as dificuldades que envolvem as atividades do canto”, afirma.

Quem se interessa pelo curso na UFMG já deve ter conhecimentos básicos sobre a área, já que é necessário passar pelos testes de habilidades específicas antes e durante o vestibular. Na Escola de Música, o estudante vai encontrar cinco áreas de conhecimento musical: Estruturação da Linguagem Musical; Teoria da Música; Práticas Interpretativas; Música e Pedagogia; Música e Tecnologia. Além disso, o curso mantém grupos musicais como a Orquestra Sinfônica, a Orquestra de Cordas, a Orquestra de Sopros e Percussão, a Big Band, o Coro de Câmara, o Grupo de Percussão, o Grupo de Saxofones, o Grupo de Trombones e a Camerata de Violões, pelos quais os alunos devem passar. E para quem gosta dos aspectos tecnológicos desse campo de estudos, as opções também são diversificadas: há laboratórios com programas de computador específicos para notação musical, composição, gravação e processamento e análise de som, além de equipamentos de áudio.

A formação é muito voltada para a música erudita, mas isso vem mudando com a inclusão de disciplinas que trabalham com a Música Popular Brasileira (MPB) e a Musicoterapia. A formação complementar é outro aspecto que diversifica o aprendizado do estudante ao longo do curso. “O aluno tem a possibilidade de escolher onde quer fazer a formação. Isso é importante porque o próprio mercado de trabalho contém profissões interdisciplinares e quem tem esse perfil consegue mais oportunidades”, observa o coordenador do curso Mauro Rodrigues. Para quem procura fazer o curso para ganhar muito dinheiro, o coordenador alerta: o que se busca primeiro na carreira musical não é o retorno financeiro. “Independente do dinheiro que se ganha, é preciso valorizar o talento que se tem. No momento de escolher a profissão, o candidato tem que pensar no que vai realizá-lo como ser humano”.

Ainda no início do curso, Alan Curátola de Melo tem planos para atuar como cantor de ópera assim que se formar e também dar aulas particulares. Para isso, as experiências em dar aulas para estudantes do Colégio Técnico (Coltec) da UFMG têm contribuído bastante.
As aulas são dadas por estudantes da Escola de Música, na hora do almoço, para os estudantes do Ensino Médio da UFMG. “A idéia não é dar aulas de teoria em si para eles, mas fazê-los perceber a musicalidade, ouvir uma melodia e ser capaz de cantá-la, por exemplo. Esse é o início do nosso aprendizado sobre como dar aula e, ao mesmo tempo, um incentivo aos adolescentes para o contato com a música”, explica.

Música

Concorrência no vestibular UFMG
2005	10,37
2006	11,38
2007	10,00

Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): Curso ainda não foi submetido ao exame

Mercados de trabalho: instrumentista ou regente em orquestras, coros e conjuntos camerísticos, compositor e arranjador, crítico ou produtor musical. Pode trabalhar, ainda, no resgate do patrimônio cultural em trabalhos de levantamento de músicas e registro sonoro de acervos de orquestras e bandas.

Remuneração média inicial: R$ 750,00