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Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 6, nº 12 - julho de 2007 - Edição do Vestibular

lingüística, letras e artes

Teatro

Nos bastidores do palco

Teatro

Quem pensa que um espetáculo teatral se resume ao abrir e fechar das cortinas precisa rever seus conceitos. O contato com o público acontece depois de um longo processo de preparação corporal, vocal e de experimentação, que revelam uma grande preocupação não só com a prática, como também com a reflexão sobre o fazer teatral. O currículo abrange matérias que abordam o estudo do corpo, da voz, teoria teatral, prática de ensino de teatro e montagem de espetáculos. Os estudantes ainda têm um contato significativo com disciplinas das áreas de Educação Física, Educação, Letras e Música, o que torna os profissionais formados pelo curso mais diversificados. De acordo com a coordenadora do curso de Teatro, Mônica Medeiros Ribeiro, o grande diferencial é que a graduação na UFMG enfatiza a pesquisa teórica da arte teatral. “Isso é importante porque na cidade há vários cursos de formação de atores e a Universidade é um espaço para a reflexão, para a formação de um ator-pesquisador”, destaca.

Essa característica foi o que atraiu o estudante do 6° período do bacharelado, Fernando Rosa Motta Filho, 23 anos. Ele participou de várias montagens teatrais fora do curso e nos últimos semestres tem se dedicado à pesquisa acadêmica e às disciplinas do curso. O foco da pesquisa do estudante era um autor de teatro russo que abordava o ofício do ator. Motivado pela reflexão e com a ajuda de um professor, Fernando montou seu próprio projeto e atualmente realiza ensaios para a montagem teatral que deriva dessa pesquisa. “A pesquisa abre novas possibilidades. Conseguimos conciliar o pensar e o atuar e estou aproveitando bem o curso dessa maneira”, explica.

Caminhos não faltam para quem quer se formar em Teatro. A estudante do 6° período do bacharelado, Priscila Venturim Ferreira, 21 anos, optou por vivenciar mais experiências nos palcos durante o curso. Há dois anos ela viaja com companhias teatrais por Minas Gerais, Bahia e São Paulo e não se cansa dos ensaios e das montagens das três peças em que está em cartaz. A intenção da estudante é trabalhar como atriz e produtora quando se formar e, por isso, investe bastante nas oportunidades fora da Universidade. “Identifico-me mais com a prática e acho que ela amadurece bastante o trabalho. E dá para conciliar com as disciplinas do curso, que nos dão muita base para ter consciência do corpo, a construir personagens, a ter mais criatividade”, pondera.

Dar aulas é uma outra forma de difundir as artes cênicas. Cynthia Paulino, 37 anos, formou-se há dois anos na Licenciatura e concilia a vida de professora com a de atriz. Ela dá aulas para os adolescentes do programa Valores de Minas, do governo estadual, e procurou o curso superior de Teatro da UFMG por querer conhecer mais a fundo a parte teórica. “Na Licenciatura, foi muito importante o contato com os professores, a observação da didática e o material a que tive acesso”, ressalta. Cynthia trabalha na Odeon Cia. Teatral e as aulas são uma maneira de permitir que ela continue atuando. “Infelizmente, não dá pra viver só de atuação. Dar aulas me dá mais segurança”, revela. Mesmo assim, vale a pena investir no que se gosta. E para quem deseja seguir a vertente da atuação-pesquisa no curso de Teatro da UFMG, Cynthia alerta: “no início a carga teórica assusta um pouco, mas dá para levar. É preciso ter cuidado para que as reflexões não impossibilitem a prática e estar muito aberto para estudar”.

Teatro

setaVagas ofertadas: 40

setaModalidades: Bacharelado e Licenciatura

setaTurnos: Diurno

setaDuração do curso: 3 anos e seis meses

setaUnidade da UFMG onde é oferecido: Escola de Belas-Artes (EBA) e Faculdade de Educação (FAE)

Concorrência no vestibular UFMG
2005 8,85
2006 7,23
2007 9,52

Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): Curso ainda não foi avaliado

Mercados de trabalho: ator/atriz, na direção e encenação de espetáculos de teatro e, também, como dramaturgo e como produtor, docente e como pesquisador, na Educação Básica e no Ensino Superior.

Remuneração média inicial: R$ 650,00

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Revista Diversa nº 12
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