ciências da saúde

Medicina

Pronta-atenção à vida

A Faculdade de Medicina que mais forma médicos no Brasil - em média 320 por ano -, recebeu no ano passado, o prêmio de melhor curso em inserção do mercado de trabalho, conferido pela revista “Guia do Estudante Melhores Universidades 2006”, da Editora Abril. Isso significa que os graduados na Faculdade de Medicina da UFMG são os que têm, de acordo com o guia, as melhores chances de empregabilidade.

Reformulado na década de 70, o currículo da Faculdade tornou-se mais prático e ainda está em processo de adequação. Até o 5º período, o aluno de Medicina tem aulas de conhecimentos básicos comuns à área de saúde, junto com colegas de outros nove cursos, como Odontologia e Psicologia, no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), no campus Pampulha. Depois disso, ele passa a ter contato com a parte mais clínica do curso e conseqüentemente, a primeira relação com os pacientes, em aulas no Hospital das Clínicas, nos ambulatórios, centros de saúde de Belo Horizonte, no Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves, pronto-socorro em Venda Nova - que desde o ano passado é administrado pela UFMG -, e em outras unidades da rede pública de saúde.

Mesmo com um currículo mais prático, o curso só esgota sua parte teórica essencial no 10º período e a fase seguinte pode ser a experiência mais rica da formação do aluno: o Internato Rural, hoje chamado de Internato em Saúde Coletiva. No 11º período, o programa leva os estudantes para cidades do interior de Minas, onde durante três meses, eles participam do atendimento à população local, supervisionados por profissionais. O contato direto com os pacientes em suas cidades é a chance que os alunos têm de passar por marcantes vivências profissionais. “A gente fica mais seguro em relação a conduta que deve ter, em relação as consultas, os exames, a dosagem de medicamentos e entende melhor como funciona o sistema público de saúde no País”, observa o estudante Júlio César Durães Dornas, de 23 anos, que está prestes a se formar em Medicina e no início do ano passou três meses no município de Augusto de Lima, na região Central do Estado.

Além de oportunidades de crescimento fora da Universidade, dentro da instituição, os estudantes de Medicina têm à sua disposição laboratórios de pesquisa e uma biblioteca com um grande acervo de obras especializadas, instalada no campus Saúde, batizada com o nome do mestre que marcou a história da Medicina na UFMG: José Baeta Vianna, de quem os alunos vão ouvir falar muito.

Na UFMG, o aluno forma-se médico generalista, ou seja, é preparado para atuar nas áreas básicas da saúde: Cirurgia, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Saúde Coletiva. A partir daí, cada profissional pode optar por uma especialidade e ainda, fazer mestrado e doutorado na área.

Medicina

Concorrência no vestibular UFMG
2005	30,01
2006	29,14
2007	27,94

Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2004: 5

Mercados de trabalho: Os profissionais podem atuar como clínicos, cirurgiões e em várias outras especialidades da área como Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, além do setor de exames complementares, como nos laboratórios clínicos e de exames de imagem.

Remuneração média inicial: O médico em início de carreira, que for trabalhar no setor de emergência e pronto-atendimento - um dos mais carentes de profissionais no Brasil - vai receber aproximadamente R$ 1.500,00 por mês, o que normalmente leva os recém-formados a trabalharem em dois ou três locais com mais de um plantão noturno por semana. Mas uma das mais recentes e das maiores demandas por médicos atualmente vem no Programa de Saúde da Família, que exige dedicação exclusiva. Há médicos recebendo de R$ 8 a 10 mil por mês em Belo Horizonte e cidades do interior de Minas.