Por que um pé de feijão consegue burlar a lei da gravidade e “crescer para cima”? Ou, como há 35 anos indagou o cientista Eduard Lorenz, o bater de asas de uma borboleta no Brasil é capaz de desencadear um tufão no Texas (EUA)? Você tem dúvidas como essas? A Física também. A diferença, é que ela explica tudo. Ou, melhor dizendo, pelo menos, tenta.
A Física está intrinsecamente ligada ao avanço de novas tecnologias e descrição da história da humanidade, buscando sempre respostas para os mais variados problemas. Na verdade, é o campo da ciência que investiga fenômenos fundamentais da natureza, procurando compreendê-los e descrevê-los a partir da aplicação de leis. Com base nessas leis, a Física estuda de partículas subatômicas, e sua estruturação em átomos e moléculas, a fenômenos que envolvem grandes aglomerados destes – como Nanomateriais, cristais, metais, polímeros, materiais amorfos, semicondutores e supercondutores. Em uma escala maior, essas leis são usadas para o estudo da Terra e dos fenômenos que ocorrem na atmosfera. Aumentando, mais ainda, a escala, essas leis permitem uma descrição do Universo, como um todo, e a criação de modelos para sua evolução.
Na UFMG, nos primeiros períodos, os alunos cursam disciplinas de Cálculo e conteúdos básicos de Física – teóricos e experimentais. A partir da metade do curso, os estudantes podem escolher uma das seguintes áreas: Astrofísica; Física Atômica e Molecular; Física da Matéria Condensada; Física de Partículas Elementares; Física Estatística; Óptica; Física Aplicada a Problemas Biológicos, o Ensino de Física.
Aliás, uma das áreas mais premiadas pelo Nobel, a Física hoje é, no Brasil, mais comum dentro das salas de aula do que em centros de pesquisa, embora o País seja tão carente de qualidade de ensino quanto de investimentos em pesquisas. Se com isso faltam pesquisadores para o setor, pelo menos para os alunos significa ingresso direto no mercado de trabalho. “O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) estima que faltem, hoje, mais de 40 mil professores de Física para o Ensino Médio no país”, revela o coordenador do curso na UFMG, José Guilherme Moreira. “O Bacharelado também garante amplo mercado de trabalho, se a perspectiva for seguir a linha acadêmica e fazer mestrado e doutorado. A chance pode ser concretizada como professor universitário ou pesquisador”, completa.
Física
Vagas ofertadas: 90
Modalidades: Licenciatura (diurno e noturno) e Bacharelado (diurno)
Turnos: Diurno e noturno
Duração do curso: 4 anos
Unidade da UFMG onde é oferecido: Instituto de Ciências Exatas (ICEx) e Faculdade de Educação (FAE)
Concorrência no vestibular UFMG | |||
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Licenciatura | Bacharelado | ||
2005 | 7 | 2005 | 6,98 |
2006 | 5,75 | 2006 | 6,16 |
2007 | 5,43 | 2007 | 4,92 |
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2005: 5
Mercado de trabalho: De acordo com José Guilherme Moreira, coordenador do curso, o mercado é muito amplo para a Licenciatura, no qual faltam 40 mil professores em todo o País. Mas o profissional também tem vez no Bacharelado e em áreas de pesquisa, principalmente na área médica e de radiologia.
Remuneração média inicial: R$ 750,00 (piso salarial para o professor na rede estadual).
Revista Diversa nº 12
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