Quem opta por fazer o curso de Ciências Econômicas pode se preparar para muita, muita carga teórica. “Os alunos costumam entrar com uma visão de curso que trata apenas de finanças, mas é muito mais amplo. Temos que lembrar que é uma ciência social aplicada, e que, portanto, é preciso aprender Matemática, como também História”, reflete o estudante do 5º período Fábio Weikert Bicalho, 19 anos.
Nos dois primeiros anos de graduação, o aluno recebe uma formação específica em economia. “Neste período, ele [o estudante] está praticamente formado no essencial nas Ciências Econômicas”, diz a coordenadora do curso da UFMG, Lízia de Figueiredo. A partir daí, nos outros dois anos de curso, são oferecidas as seguintes áreas de formação, sendo todas formadas por disciplinas optativas: Desenvolvimento Econômico e Economia Regional; Economia de Empresas; Economia do Setor Público; Economia Social (Economia do Trabalho e Demografia Econômica); História Econômica; e Economia Política. O aluno também tem o opção de fazer uma formação complementar em qualquer outro departamento da Universidade, desde que consiga estabelecer relação entre a área de conhecimento pretendida e o curso.
A flexibilização do currículo soma-se às múltiplas funções passíveis de serem assumidas por um economista. Quem forma em Ciências Econômicas está apto a trabalhar em indústrias; órgãos públicos; empresas de planejamento; assessoria e consultoria de projetos; institutos de pesquisa econômicas; instituições financeiras; e instituições de ensino superior.
Formado pela UFMG em 2004, o economista Humberto Sanches Caixeta, 26 anos, conhece bem a pluralidade da profissão. “A gama de opções pode deixar o aluno perdido. É importante que ele conheça as áreas de atuação, e procure desenvolver um foco em alguma delas, ainda na Universidade”, alerta. Atualmente, ele faz mestrado, e trabalha para Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), desenvolvendo projetos voltados para o desenvolvimento regional e inovação.
O Terceiro Setor também tem se tornado um espaço de atuação importante para os economistas. As questões sociais, aliás, são temas relevantes no curso. “Estudamos o que é, e as causas da pobreza, e até questões ligadas à educação. Temos um núcleo de economia social, no qual buscamos entender a desigualdade. Acreditamos que trabalhando essas questões em sala de aula, por meio de uma base teórica forte, o estudante se torna apto a reverter este tipo de situação”, aposta a coordenadora do curso.
Ciências Econômicas
Vagas ofertadas: 100
Modalidades: Bacharelado
Turnos: Diurno
Duração do curso: 4 anos
Unidade da UFMG onde é oferecido: Faculdade de Ciências Econômicas (FACE)
Concorrência no vestibular UFMG | |
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2005 | 7,93 |
2006 | 7,99 |
2007 | 7,85 |
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2006: 5
Mercados de trabalho: Existem oportunidades de trabalho em empresas dos setores público e privado, organizações não-governamentais, agências de fomento, instituições bancárias convencionais e de financiamento. Muitas oportunidades têm surgido, em função do perfil plural do economista, principalmente, em São Paulo.
Mercados de trabalho: média inicial: como a atuação é ampla, é difícil precisar esta informação.
Revista Diversa nº 12
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