ciências sociais aplicadas

Comunicação Social

Caminhos cheios de percursos

“O candidato deve estar ciente de que está fazendo vestibular para Comunicação. E que a escolha da habilitação é um processo secundário.” O alerta é do coordenador de Comunicação Social, Bruno Leal, para os futuros alunos do curso. Segundo Bruno, a proposta do curso é oferecer uma formação cada vez mais integrada e flexível. “Queremos que o estudante torne–se um profissional diferenciado, com conhecimentos amplos”, conclui.

Mais antigo entre os cursos de Belo Horizonte, o de Comunicação Social da UFMG foi também um dos pioneiros na adesão ao currículo flexível proposto pela Universidade. Ou seja, cabe ao aluno traçar seu próprio percurso na graduação.

“É bom ter a opção de passar por diversas áreas, adquirir conhecimentos diversos. Mas é importante que os estudantes procurem se informar com os colegas, para não se perderem em meio a tantas opções”, aconselha o estudante do 6º período Felipe Coutinho, 22 anos. Embora tenha optado pela habilitação Jornalismo, Felipe já fez matérias em todas as outras áreas do curso. “Para mim, é fundamental estudar disciplinas que possam servir como complemento para a formação em Jornalismo. Até porque, esta profissão não se restringe apenas às redações tradicionais. Há também as assessorias, que exigem um certo conhecimento de RP [Relações Públicas], por exemplo”, explica.

Segundo Bruno Leal, o curso pode ser dividido em quatro momentos. No primeiro, o enfoque são as disciplinas obrigatórias. Logo depois, os estudantes podem fazer disciplinas optativas e oficinas. No terceiro momento, os alunos fazem os laboratórios, voltados para a prática da profissão e formação complementar, isto é, disciplinas em outros cursos que podem servir de suporte para a formação em comunicação. Por fim, os estudantes desenvolvem o projeto experimental de fim de curso ou monografia.

O curso de comunicação social pode, em breve, passar por mudanças. Das quatro habilitações existentes, há uma possibilidade de que duas delas sejam extintas: Relações Públicas e Radialismo. Como toda mudança, há grupos que se posicionam a favor do fim das duas habilitações e grupos que são firmes na proposta de manter as quatro possibilidades. Segundo o coordenador do curso, desde a década de 90 há estudos que indicam a impossibilidade de se manter, com qualidade, as quatro habilitações. Outro argumento, segundo Bruno, seria a pequena procura dos estudantes pelas formações em Relações Públicas e Radialismo. “Menos de 10% dos nossos estudantes optam por essas habilitações”, afirmava Leal.

Do lado dos que defendem a manutenção das habilitações pesa o argumento, por exemplo, de que o curso de RP da UFMG é o único de uma instituição pública. Entre os alunos foi criado, inclusive, um movimento “RP na UFMG: eu digo sim!”, apoiado pelo Conselho Regional de Relações Públicas.

Comunicação Social

Concorrência no vestibular UFMG
2005	33,16
2006	27,23
2007	23,49

Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2006: Jornalismo, 4; Publicidade e Propaganda, 4; Radialismo, sem conceito; e Relações Públicas, sem conceito.

Mercados de trabalho: Empresa, de pequeno ou grande porte, em órgãos públicos e em organizações não-governamentais ou do terceiro setor. As maiores oportunidades de trabalho são, ainda, oferecidas em São Paulo.

Mercados de trabalho: média inicial: De acordo com tabela do Sindicato dos Jornalistas de MG, a remuneração inicial em redações é de R$ 1.275,00. Para profissionais que vão trabalhar em rádios e tvs as remunerações são, respectivamente, R$ 945, 00 e R$ 1050, 00. Para os publicitários e RTVs, a remuneração varia de acordo com a função, a atividade e o projeto. O mercado de atuação do profissional de Relações Públicas é diversificado, o que possibilita uma remuneração variada.