Fora do campus Pampulha, no hipercentro de Belo Horizonte, está a mais antiga unidade acadêmica da UFMG. Tão antiga que surgiu antes mesmo da Universidade. A Faculdade de Direito foi criada em 1892, sob o nome de “Faculdade Livre de Direito”, em Ouro Preto. Em 1898, foi transferida para Belo Horizonte, e, em 1927, passou a integrar a então Universidade de Minas Gerais, federalizada em 1949, quando tornou-se UFMG. Essa é apenas uma das peculiaridades sobre o curso de Direito.
Geralmente, o que se costumar ouvir é que é preciso disposição de sobra para estudar. Informação que os próprios alunos fazem questão de confirmar .“É realmente um curso muito ‘puxado’. É muito importante que se estude desde o primeiro período, para não ficar sobrecarregado no final, tendo que ´reaprender´ uma série de conteúdos”, orienta Giselle Ferreira dos Santos, 23 anos, estudante do 9º período.
No 1º período, os estudantes cursam disciplinas do ciclo básico, como Economia, Filosofia, e Teoria do Direito. Nos outros períodos, as disciplinas são oferecidas em quatro departamentos: Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito; Direito e Processo Penal; Direito e Processo Civil e Comercial; e Direito Público. “O curso é hábil para diversas áreas. Mas os alunos recebem a mesma formação, independentemente da carreira que vão seguir”, diz o coordenador do curso, José Marcos Rodrigues Ferreira.
Na área de pesquisa e extensão do curso, os alunos têm a chance de colocar em prática a teoria desenvolvida em sala de aula. “Os alunos têm a opção de entrar ou formar grupos de estudo, ou ainda entrar em algum projeto”, aconselha Giselle Ferreira. Uma das opções é o Pólos Reprodutores de Cidadania, que trabalha na mediação de conflitos, dando suporte a comunidades carentes. É também através dele, que os alunos podem ter contato com um aspecto mais social da profissão.
Atualmente, o curso passa por mudanças no currículo, com a intenção de oferecer mais disciplinas optativas, e se adequar a tendência da Universidade, de uma formação mais flexível. “Estamos buscando uma formação mais abrangente, mais interdisciplinar”, ressalta José Marcos.
Às vezes, o Direito é até mesmo uma opção de segundo curso, já que para fazer qualquer concurso, mesmo que não seja da área jurídica, é necessário conhecer um pouco sobre legislação”, explica o advogado Magnum Lamounier Ferreira, 24 anos, formado em 2006 pela UFMG.
Direito
Vagas ofertadas: 400
Modalidades: Bacharelado
Turnos: Diurno e noturno
Duração do curso: 5 anos
Unidade da UFMG onde é oferecido: Faculdade de Direito
Concorrência no vestibular UFMG | |||
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diurno | noturno | ||
2005 | 16,63 | 2005 | 20,98 |
2006 | 18,22 | 2006 | 15,53 |
2007 | 15,21 | 2007 | 18,1 |
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2006: 5
Mercados de trabalho: O campo de atuação de um profissional formado em Direito pela UFMG é bastante amplo. Ele é habilitado para trabalhar em todas as áreas do Direito, como pesquisador, professor, juiz, promotor, defensor público, delegado, advogado e consultor. Pode, ainda, ocupar postos de trabalho nos setores público e privado, tanto na área cível como na criminal. A área de advocacia criminal vem sendo muito procurada.
Remuneração média inicial: Ministério Público, R$ 18 mil; escritórios de advocacia, entre R$ 6 e R$ 8 mil; e delegados de polícia, R$ 5 mil.
Revista Diversa nº 12
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