Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
Ciências Biológicas

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Educação Física
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Ciências Exatas e da Terra
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UFMG Diversa
Expediente

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O negócio é o conhecimento

Administração

Administrar uma empresa ou uma instituição pública é sempre um desafio. É preciso espírito de liderança, agilidade para pensar soluções e gosto pelo trabalho em equipe.

Leandro Lacerda, 21 anos, estudante do 6o período do curso diurno de Administração da UFMG, descobriu sua vocação ainda no ensino médio. “Sempre enxerguei esta profissão como aberta, flexível e desafiadora”, declara. E o estudante tem toda razão. Um bom administrador deve ser, antes de tudo, um profissional versátil. Por isso, o curso da UFMG, oferecido em dois turnos (diurno e noturno), busca uma formação ampla, que integre as várias áreas relacionadas à Administração, como Economia, Sociologia e Direito.

“Procuramos formar um profissional criativo, que tenha uma visão ampliada dos processos gerenciais e produtivos”, define o coordenador do curso, professor Aureliano Bressan. Segundo ele, o curso está em fase de reformulações, para se adequar ainda mais às exigências da profissão. “Estamos trabalhando na flexibilização do currículo, para que o curso se configure como um percurso. Com as mudanças, o aluno terá mais liberdade para escolher sua própria trajetória”, afirma. O coordenador lembra, também, de uma segunda novidade que, na sua opinião, vai facilitar ainda mais a flexibilização e o diálogo com as outras áreas: o curso está de malas prontas para se mudar, junto com a Faculdade de Ciências Econômicas (Face), que ocupa atualmente um prédio no centro comercial de Belo Horizonte, para o campus Pampulha, onde funciona a maior parte das unidades acadêmicas da UFMG.

Com a nova estrutura curricular, que deve ser implantada nos próximos meses, o estudante continua tendo pela frente no início do curso as disciplinas básicas, como Estatística e Economia, mas a partir do 4o período, poderá escolher as matérias de acordo com sua área de interesse. São quatro grandes áreas: Produção, Finanças, Marketing e Recursos Humanos.
O estágio é obrigatório, a partir do 7o período, mas muitos estudantes preferem começar mais cedo. “A partir do 5o período, as ofertas de estágio são numerosas, inclusive por parte de grandes organizações nacionais e multina­cionais”, conta Leandro Lacerda, que atualmente é bolsista no Laboratório de Finanças da UFMG. O estudante dá a dica: “para ter destaque nos processos seletivos, é fundamental apresentar um bom rendimento escolar, participação em projetos de pesquisa, estágios concluídos, domínio de língua estrangeira e capacidade para usar os aplicativos básicos de informática, principalmente planilhas eletrônicas”.

Daniel Loureiro Araújo, 32 anos, formado em Administração pela UFMG, está acostumado aos processos seletivos. Após a graduação, foi selecionado pelo Banco Itaú. Por cinco anos, tempo em que desenvolveu habilidades na área de estruturação de negócios e atendimento de empresas de médio porte, foi gerente do Itaú Empresas. Mais tarde decidiu participar da seleção para o mestrado da UFMG. Passou novamente, pediu demissão no banco e, após um período como professor universitário, teve notícias do concurso para analista do Banco Central. Resultado? Aprovado outra vez. “Comecei a me preparar dois meses antes das provas. O que aprendi no mestrado contou muito”, lembra Daniel.

Juniores de peso
A UFMG Consultoria Júnior é um dos grandes atrativos do curso. Criada há 13 anos, a primeira empresa júnior de Belo Horizonte é gerenciada exclusivamente por estudantes dos três cursos sediados na Faculdade de Ciências Econômicas: Administração, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. Nela, com supervisão de professores, são desenvolvidos projetos de consultoria e gestão empresarial, desde planos de negócio e marketing até rees­truturação organizacional e planejamento estratégico. De Júnior a empresa parece não ter nada, o que pode ser comprovado por sua atuação no mercado: em seu quadro de clientes estão empresas de peso, como a Cemig e a TAM.

José Sérgio Nogueira, 20 anos, estudante do 6o período de Administração e presidente da empresa, explica que o principal objetivo é formar talentos. “Não temos fins lucrativos. Toda a verba dos projetos é revertida para a própria empresa. O grande retorno não é o financeiro, e sim a vivência profissional”, conta. Com 50 funcionários, a empresa promove cursos de capacitação e treinamento, além da oportunidade de atuar em projetos concretos e chances de estágio. “As empresas nos procuram para indicações”, diz José. Quem se interessar, pode se inscrever, a partir do 1o período, para o projeto de seleção, “sempre muito concorrido”, segundo o presidente. “Claro que não é preciso ter experiência. Isso o estudante adquire no curso e na própria empresa júnior, mas é importante ser criativo, dinâmico e empreendedor”, afirma.