Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
Ciências Biológicas

Ciências da Saúde
Nutrição
Educação Física
Enfermagem
Farmácia
Fisioterapia
Fonoaudiologia
Medicina
Odontologia
Terapia Ocupacional

Ciências Exatas e da Terra
Ciência da Computação
Ciências Atuariais
Estatística
Física
Geologia
Matemática
Matemática Computacional
Química
Sistemas de Informação

Ciências Humanas
Ciências Sociais
Filosofia
História
Pedagogia
Psicologia

Ciências Sociais Aplicadas
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Ciências Econômicas
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Geografia
Turismo

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Engenharia Civil
Engenharia de Controle e Automação
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Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Metalúrgica
Engenharia Química

Lingüística, Letras e Artes
Teatro
Artes Visuais
Letras
Música

UFMG Diversa
Expediente

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Gente que faz a vida mais saudável

Educação Física

Quem faz Educação Física não fica parado. E não é só por causa das partidas de futebol, das técnicas de judô ou taekendô, das braçadas e pernadas da natação. O que mais movimenta o aluno de Educação Física é a vida acadêmica e seu intenso percurso na graduação.

A caminhada começa cedo, na preparação para o vestibular. Uma vez dentro do curso, começa a maratona. Já no 1o período, a turma faz revezamento em três lugares: na própria Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e na Faculdade de Educação (FAE), todos no campus Pampulha. Mas as oportunidades estão em processo de expansão. Com o currículo novo, que deve ser implementado no próximo ano, haverá mais liberdade para as escolhas. Além da formação básica, a formação complementar e livre serão os impulsos para que o aluno dê um salto para outros departamentos da Universidade, a fim de modelar e fortalecer sua formação e quem optar pela Licenciatura, poderá cursar matérias na Psicologia ou na Música.

O novo currículo vai marcar bem as identidades das opções oferecidas pela Educação Física: as ênfases em licenciatura, treinamento e lazer. “Na licenciatura, o estudante é transformado em professor. Os futuros mestres devem ser capazes de conseguir o envolvimento dos alunos, da educação infantil ao ensino médio, e democratizar os conhecimentos esportivo, lúdico e artístico”, explica o coordenador do curso, Tarcísio Mauro Vago. Ele esclarece, ainda, que o treinamento e o lazer, ligados ao bacharelado, têm a mesma função, porém outro destino. “Nas academias, o profissional deve trabalhar os diferentes perfis: jovens, adultos, idosos. Nos clubes, com o treinamento esportivo, pensar nos cuidados, nas técnicas, nas exigências, nos treinamentos, na pressão que o atleta profissional é submetido, na nutrição”. O curso, segundo Tarcísio Vago, procura mostrar a importância da fusão de conceitos das Ciências Biológicas e Humanas. “É preciso trabalhar o corpo e a mente. O ser humano é integral”, define o coordenador.

“O curso me ajudou muito em minha carreira de esportista. Aprendi a planejar melhor os treinamentos, adquiri embasamento científico, por exemplo, sobre fisiologia do exercício, o que acaba ajudando na prática, porque você aprende a balancear as atividades, indicar o melhor tipo de exercício para cada objetivo”, conta o ex-aluno da UFMG Nelson Sardenberg, 35 anos, faixa preta em caratê, por duas vezes vice-campeão Pan-Americano. Logo após se formar, em 1998, Sardenberg abriu uma academia, em Belo Horizonte, onde ele dá aulas de caratê, faz avaliações físicas e oferece serviços de personal trainer. Ainda sobra tempo para o atleta se preparar para os próximos Jogos Pan-Americanos, que acontecem no ano que vem, no Rio de Janeiro.

Obrigatórias e optativas A lista de atividades esportivas, oferecidas como disciplinas – obrigatórias ou optativas – é de tirar o fôlego: ginástica, atletismo, capoeira, jogos e brincadeiras, futebol e futsal, handebol, basquete, vôlei, judô, taekendô, ciclismo, tênis, esgrima e xadrez. E com o suor do esforço físico aliado às matérias teóricas, que ajudam a manter mente sã em corpo são, fica garantida a capacitação dos formados para vencer na profissão.

A estrutura física da Unidade também conta muito no aprendizado. São 16 laboratórios, dentre eles o de Psicologia do Esporte e o de Prevenção e Reabilitação de Lesões Esportivas, além dos vários centros de estudos (excelência esportiva, pessoas com deficiência, lazer, recreação, entre outros) “Disciplinas como Psicologia do Esporte ajudam a trabalhar a motivação e a concentração. O atleta tem que saber lidar com os fracassos e com as vitórias”, avalia Sardenberg. Além disso, a Escola tem cinco quadras esportivas, duas piscinas, sala de musculação, sala de dança, ginásios de ginástica rítmica desportiva, de ginástica olímpica e de atividades múltiplas, sala de judô e pista para salto em distância. “É quase impossível um aluno não se envolver numa dessas atividades. Projetos de pesquisa, ensino e extensão é o que não falta” diz Tarcísio Vago.

Petrônio Ferreira, 21 anos, que o diga. No 6o período, ele participa de um dos mais consagrados projetos da UFMG. O Grupo Sarandeiros, há 25 anos registrado como projeto de extensão da Universidade, é muito premiado em festivais nacionais e internacionais de danças folclóricas. “Na Holanda, onde haviam 32 grupos participantes, o grupo recebeu o troféu Cinco Continentes, como o melhor grupo das Américas presente no festival”, orgulha-se o monitor e dançarino que integra o Sarandeiros há dois anos. Além de bolsista de pesquisa em dança folclórica, Petrônio dá aulas para os integrantes do Grupo Sarandeiros Juvenil Coltec, voltado para estudantes do ensino fundamental e médio.