Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
Ciências Biológicas

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Ciências Exatas e da Terra
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O mundo é global

Comunicação Social

No domínio das técnicas e das habilidades, o aluno frequenta "oficinas" e "laboratórios", espaços dedicados à realização de diversos projetos e produtos.

No carro, o rádio divulga notícias. Nas ruas, outdoors anunciam um produto, uma idéia. Bancas de revista vendem publicações de todo tipo. Nas empresas, são desenvolvidas estratégias de divulgação e de comunicação, interna e externa. A televisão e a internet oferecem informações para os mais variados gostos e interesses. Não há dúvidas: estamos cercados pelos meios de comunicação. Talvez por isso, a procura pelo curso de Comunicação Social seja uma das maiores no vestibular da UFMG. Em 2005, o índice foi de 33,16 candidatos por vaga.

Antes de formar jornalistas, radialistas, publicitários ou relações públicas, habilitações oferecidas pelo curso, a Universidade preocupa-se em formar comunicólogos. “É uma preocupação que o aluno não se prepare apenas para uma área, mas que desenvolva habilidade e competências nos outros fazeres”, ressalta o coordenador do curso, Bruno Leal.

Daniel Alenquer, 33 anos, formou-se em Publicidade pela UFMG, em 1996. Depois de trabalhar alguns anos por conta própria, ele foi convidado a fazer parte da agência Casa Blanca. “Fundamos o primeiro núcleo de produção de novas mídias dentro de uma agência de publicidade em Minas Gerais”, recorda. E não demorou muito para o ex-aluno da UFMG buscar outros desafios. Daniel Alenquer mudou-se para os Estados Unidos para investir em uma pós-graduação. O mestrado, conlcuído, em 2004, no departamento de Design da Ohio State, é um estudo que avalia as condições de dirigibilidade de automóveis a partir da resposta dos motoristas aos estímulos visuais emitidos pelos painéis dos veículos e também pelo ambiente externo. De volta ao Brasil, Daniel Alenquer fundou a Latitude 14. “Vamos atuar nas áreas de pesquisa e design centrado no usuário”, explica o empresário e publicitário. “Minha trajetória profissional diversificada é reflexo do curso da UFMG. Certamente, não sou só publicitário, sou um profissional da comunicação. Essa condição é muito importante para eu garantir uma melhor inserção no mercado de trabalho”, reflete.

Muitas portas “Não podemos entender o jornalismo ou qualquer outra habilitação sem primeiro entender a comunicação”, concorda Flávia Miranda, 21 anos, estudante do 7º período. Ela é bolsista do Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS), que analisa veículos de mídia impressa, como o jornal “Estado de Minas” e “O Globo”, para descobrir a relação ali existente entre o conteúdo jornalístico e o publicitário. “Buscamos compreender a dinâmica de relação entre esses dois conteúdos em uma publicação impressa”, diz a estudante, que vai fazer opção pelo jornalismo.
Mas a pesquisa não a levou a desistir da prática. Depois de passar um tempo na C.R.I.A. UFMG Jr., empresa júnior do curso, onde ganhou experiência na área de assessoria e administração, Flávia procurou estágio na rádio UFMG Educativa, que integra a Diretoria de Divulgação e Comunicação Social da UFMG. “Na rádio, aprendi um ritmo diferente de trabalho. O jornalismo diário impõe agilidade e devemos estar atentos para a produção de conteúdos num prazo menor, mas sem perder a qualidade”, esclarece. “A pesquisa me permite observar elementos do jornalismo e da comunicação que precisam ser modificados, esclarecidos ou criados, e a prática me ajuda a confrontar esse saber e a considerar o processo comunicativo como algo compartilhado e não uma via de mão única”, completa.

De fato, são muitas as vias que o curso oferece. Metade do currículo é composto por disciplinas optativas, o que dá ao aluno a chance de escolher as matérias. A opção por uma das habilitações começa no terceiro período, quando o aluno já pode optar por disciplinas específicas. Isso não impede que ele curse disciplinas de mais de uma habilitação para descobrir suas afinidades. Após se formar em uma habilitação, é possível pedir continuidade de estudos. Outra possibilidade é a chamada formação complementar, em que os estudantes cursam disciplinas de outras áreas. As mais comuns são na Escola de Belas Artes, nas áreas de cinema e artes gráficas, no curso de Administração, na área de marketing, em Ciências Sociais, Letras e Psicologia. “As múltiplas possibilidades são o ponto forte do curso”, afirma Flávia Miranda.

Fora da sala de aula, existe o Labor, centro de práticas laboratoriais que reúne o atelier de publicidade, o Officium (assessoria de jornalismo), o LARP (laboratório de relações públicas), o Labmídia (produtora de vídeos) e, mesmo, a C.R.I.A. UFMG Jr. E na própria Universidade há uma demanda por estagiários da Comunicação, que podem trabalhar na divulgação de projetos de extensão, pesquisas e nas assessorias de comunicação da Universidade.