Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
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Energia que move

Engenharia Elétrica

A energia elétrica é parte da vida. Quando acionamos o interruptor, nossa expectativa é que se faça a luz. Mas as vezes tem um curto-circuito ou uma queda do sistema no meio do caminho.

A energia elétrica está em quase todos os lugares e em situações que nem sempre percebemos. O telefone celular, por exemplo, só funciona porque há ondas eletromagnéticas, que carregam a energia em forma de ondas invisíveis, levando a informação. O engenheiro eletricista é o profissional que “cuida” da energia elétrica. As possibilidades de atuação são muitas, e às vezes inesperadas. Estudar o som, por exemplo, não é coisa só para músico. O aluno do 8o período de Engenharia Elétrica, Ruslan Viana, 24 anos, conta que optou pelo curso para entender melhor os mecanismos de produção sonora.
Luís Carlos Rubino

Há oito anos Ruslan trabalha como técnico de áudio em sonorizações ao vivo ou em estúdios de gravação. Ele explica que seu trabalho exige uma série de noções de engenharia. “Estou em uma fase de buscar a todo tempo entender teoricamente o que eu faço, saber o porquê das coisas”, conta o estudante.

Poder seguir caminhos diferentes é uma das características do curso de Engenharia Elétrica da UFMG. O coordenador do curso, Alessandro Moreira, explica que depois de passarem pelas matérias básicas de Física, Matemática, Computação e Engenharia, no final do 7o período os alunos escolhem uma especialidade. Eles podem fazer matérias em vários cursos da Universidade para direcionar a formação. “Isso só é possível por conta da flexibilização curricular”, explica o professor Alessandro Moreira.

O curso oferece cinco tipos de especialização: telecomunicações, desenvolvimento de sistemas de computação, controle de processos industriais, eletrônica de potência (conversão e proces­samento de energia) e implantação e operação de sistemas de energia elétrica. Quem quiser se especializar em outras áreas, pode fazer o certificado aberto, como no caso de Ruslan. Para aprofundar os conhecimentos em engenharia de áudio, o estudante faz disciplinas nos cursos de Engenharia Mecânica, Física, Arquitetura, Música e Comunicação Social. Mas como escolher as disciplinas certas? O coordenador do curso explica que é importante aproveitar os recursos da Universidade, mas o aluno não deve fazer qualquer matéria. “A trajetória do aluno deve ser bem pensada e isso é feito sempre com a orientação de professores do próprio curso”, afirma.

Pára-raios eficaz Como posicionar um pára-raio nas estradas e garantir a sua máxima eficiência? Essa resposta, o aluno do 6o período, Frederico Teixeira, só vai ter quando concluir a sua pesquisa de iniciação científica. Com 21 anos, o estudante já está na sua segunda pesquisa e considera que as atividades extra-curriculares são essenciais para a sua formação. “Passamos a ter mais noção da prática da profissão e conhecer melhor a área”, conta.

Além das pesquisas internas feitas em 15 laboratórios, atualmente, o curso de Engenharia Elétrica da UFMG mantém vários projetos em parceria com empresas públicas e privadas. Essas podem ser boas oportunidades para o estudante ter contato direto com o mercado. A Cemig, por exemplo, atualmente desenvolve junto com a UFMG algumas soluções para problemas energéticos.

Para complementar a formação, os estudantes podem fazer também monitorias, projetos de extensão e estágios. Quem tem um perfil empreendedor pode participar da empresa júnior, criada pelos próprios alunos. “O aluno precisa estar ciente de que existem várias formas de aprender fora de sala de aula e nisso a UFMG não deixa a desejar”, explica o coordenador.

Como a energia elétrica está em quase todo lugar, as oportunidades de emprego para o engenheiro eletricista são muitas. Existe a demanda clássica da área de geração, processamento e distribuição da energia. Com o desenvolvimento das novas tecnologias, agora o profissional pode trabalhar também no ramo das telecomunicações, redes de computadores, automação e desenvolvimento de equipamentos elétricos e eletrônicos.

Para o engenheiro eletricista, Nelson Fonseca, 48 anos, a área de planejamento de sistemas de energia é uma das mais promissoras. Depois da recessão vivida pelo setor de energia nas décadas de 80 e 90, que resultou no “apagão”, o Governo Federal agora está fazendo vários investimentos no setor. “Quem pretende trabalhar em hidrelétricas, tem um grande horizonte pela frente. Já existem vários projetos de novas usinas de energia no país”, explica o engenheiro.

Nelson Fonseca é o Superintendente Regional de Distribuição da Cemig em Belo Horizonte. Ele explica que o investimento em pesquisa também cresceu. Agora existe uma lei que obriga as empresas de energia a destinarem 0,5% do seu faturamento para o desenvolvimento de novas tecnologias. “Esse é um caminho que também promete absorver muitos profissionais nos próximos anos”, conta.