Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular
No coração do desenvolvimento
O engenheiro metalurgista é o profissional que estuda os metais e outros materiais, desde o processo de obtenção e fabricação até os estudos de transformação e aplicação.
O curso da UFMG, um dos mais bem conceituados do Brasil, está organizado em dois ciclos. No primeiro, os alunos têm disciplinas básicas, com estudo aprofundado de Matemática, Química e Física, além de outras áreas do conhecimento que contribuem para a formação do profissional. A partir do 5o período, começa o ciclo profissional em que são oferecidas disciplinas específicas das diversas áreas da Engenharia Metalúrgica: Siderurgia, Hidro e Eletrometalurgia, Controle Ambiental, Conformação Mecânica, Estrutura de Materiais, entre outras. “Buscamos formar profissionais conscientes e qualificados, aliando o conhecimento técnico, essencial para o exercício da profissão, a aspectos gerenciais e ambientais”, explica a professora Marivalda Magalhães Pereira, coordenadora do curso de Engenharia Metalúrgica da UFMG. Segundo ela, o curso da UFMG garante aos alunos uma boa infra-estrutura, através dos seus mais de 20 laboratórios e de um corpo docente qualificado, além de manter fortes vínculos com as empresas, por meio de consultorias e transferência tecnológica. O curso oferece, ainda, aos estudantes, oportunidade de intercâmbio internacional, um programa de seis meses de estágio em centros de pesquisa da empresa Arcelor, na França, do qual já participaram 22 alunos de 2004 a 2006.
Divulgação/Usiminas![]() |
Foi o que levou o estudante Maycon Athayde, 23 anos, a se interessar pela
UFMG. Natural do Espírito Santo, Maycon mudou-se para Belo Horizonte
motivado pela boa reputação do curso de Engenharia Metalúrgica.
“Procurei informar-me diretamente com as empresas, e constatei que
a UFMG é uma instituição de referência na área”,
afirma. Em busca de oportunidades, Maycon começou cedo a busca por
estágios e bolsas de pesquisa. No 7o período, o estudante
já contabiliza cinco estágios. “Busquei atuar em várias
áreas e experimentar diferentes tipos de atividade para poder escolher
melhor quando chegar a hora”, diz. Segundo ele, oportunidade é
o que não falta para quem está disposto a experimentar e se
dedicar. “São muitas ofertas de estágio e o mercado
está em expansão, com destaque para área de siderurgia”,
garante.
Outra área que está em pleno desenvolvimento é a de
Engenharia de Materiais, que lida com processamento e obtenção
de novos materiais, como cerâmicos, poliméricos e opto-eletrônicos.
“São materiais largamente utilizados no dia-a-dia, que têm
atraído a atenção das empresas”, afirma Maycon
Apoio ao estudante O Centro de Estudos
em Metalurgia oferece várias atividades: simpósios, monitorias,
e programas de estágio. “Nosso objetivo é ampliar a
visão do estudante, fornecendo informações sobre o
mercado e atualizando o conhecimento sobre a área”, esclarece
o presidente do Centro, o estudante Marcus Vinícius Mendonça,
23 anos. A última edição do Simpósio Minero-Metalúrgico,
evento organizado pelo Centro, contou com o patrocínio de mais de
60 empresas. Se o vínculo com o mercado está garantido, o
presidente do Centro ressalta que as empresas estão cada vez mais
exigentes e é preciso ser versátil. “É fundamental
o conhecimento técnico específico, mas conhecimentos complementares,
como o domínio de língua estrangeira, tornam-se cada vez mais
exigidos, diferencial que contribui na hora de conseguir uma boa colocação”,
defende.
O estudante é otimista quanto à importância de sua área
profissional. “A metalurgia está presente em indústrias
de base, fundamentais para o desenvolvimento econômico do país”.
O engenheiro metalurgista, Antônio Adel dos Santos, 44 anos, concorda
com o presidente do Centro de Estudos em Metalurgia. “É responsabilidade
do engenheiro pensar novas alternativas e tecnologias de processamento e
obtenção de materiais, obtendo produtos melhores com custos
mais baixos. Só assim vamos contribuir para ampliar a atuação
do Brasil no mercado internacional”, diz Antônio.
O engenheiro, formado pela UFMG, trabalha na Gerência de Pesquisa
de Processos da Usiminas (Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais). Ele
defende a importância de uma formação sólida
referenciada na prática da profissão. “O curso
oferece um embasamento essencial para desenvolver o raciocínio e
a capacidade crítica, mas é fundamental aliar esse conhecimento
à prática, através dos estágios”, aconselha.
E mesmo já formado e empregado, Antônio, que já concluiu
o mestrado, não abre mão dos estudos. “Um bom profissional
tem que se manter atualizado, sempre preocupado em desenvolver suas habilidades.
Na nossa área, sempre há algo novo a se aprender, principalmente
levando em consideração os avanços tecnológicos”,
declara.