Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
Ciências Biológicas

Ciências da Saúde
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Educação Física
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Ciências Exatas e da Terra
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Saúde financeira é coisa séria

Ciências Contábeis

Gerenciar o famoso binômio receitas e despesas pode até ser fácil quando o número de operações e transações não é grande.
Mas nas empresas e instituições, gerenciar a vida financeira é trabalho para profissionais.

No setor público ou no privado, é o contador que gerencia as contas, que assegura a saúde financeira. Em outras palavras, esse profissional retrata a vida de uma empresa ou instituição por meio dos números. Quem acompanhou o escândalo do “Mensalão”, o famoso “caixa 2”, deve ter percebido o problema criado a partir de despesas não contabilizadas ou gastos não declarados. “É fundamental ter transparência no exercício da profissão”, adverte o professor Silvério Antônio Nascimento, coordenador do curso de Ciências Contábeis da UFMG. Não por acaso, o currículo do curso inclui, logo nos primeiros períodos, disciplinas das áreas de Direito, Sociologia e Filosofia, aliando o conhecimento técnico à consciência das leis e da ética profissional.

O perfil do profissional mudou muito, por isso é preciso estar preparado para ir além das contas. “O contador tem que lidar com apuração de impostos e controle de patrimônio, atividades contábeis tradicionais. Mas o mais importante é que ele esteja preparado para fornecer dados e informações que contribuam para um gerenciamento mais eficaz, ou seja, que ele trabalhe junto com o administrador para planejar o futuro”, avalia o professor Silvério. O contador atua (leia quadro) nas mais diversas organizações e setores da economia, das micro e pequenas empresas às multinacionais.

“Investimos numa formação integrada da contabilidade”, explica o coordenador. Para Daniel Campos, 32 anos, estudante do 3o período, a interdisci­plinariedade é o ponto forte do curso. “É importante que o contabilista dialogue com as outras áreas relacionadas ao exercício da profissão”, defende. Sócio de uma empresa de informática, Daniel decidiu fazer Ciências Contábeis quando ainda cursava o curso de Matemática da UFMG. “Sempre gostei da área de cálculos e pedi reopção de curso para me aprimorar na área de gerenciamento comercial e administrativo. Preciso desses conhecimentos no trabalho”, justifica. O fato do curso ser oferecido no período noturno também pesou na escolha. Como Daniel, boa parte dos estudantes de Ciências Contábeis trabalha durante o dia e estuda à noite. “O curso atrai profissionais já inseridos no mercado de trabalho que querem se aprimorar”, informa o professor Silvério. Mas a dupla jornada não é tarefa simples. “Durante a semana, não tenho tempo livre. O final de semana é dedicado aos estudos e trabalhos. É cansativo, mas vale a pena”, avalia Daniel.

Guilherme Dinale, 20 anos, estudante do 3o período, sentiu-se atraído pelas oportunidades de emprego. “O profissional de Ciências Contábeis é bem solicitado no mercado, por ser parte essencial no bom funcionamento de qualquer empresa”, explica. A oferta de estágios também é grande, mas ele recomenda cautela. “No começo do curso, é melhor aproveitar o que a Universidade tem a oferecer, para saber identificar as melhores oportunidades de estágio”. Atraído pela área gerencial, Guilherme atua como consultor master na UFMG Consultoria Júnior, empresa gerenciada por estudantes dos cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis da UFMG. “É muito bom o contato com estudantes das três áreas. Além disso, a empresa abre portas para o mercado de trabalho. Quem passa por aqui acaba indo muito bem nos processos seletivos para trainee”, diz.

O curso conta ainda com três núcleos de pesquisa. Para Geová José Madeira, coordenador do Núcleo de Estudos em Controladoria (Nescon), as atividades de pesquisa são um diferencial. “Quem começa a se envolver com pesquisa ainda na graduação amplia suas chances de ir bem no mestrado ou doutorado”, diz. Há opções, inclusive, para quem quer ir além da Universidade. “Temos pesquisas voltadas para o mercado de capitais e para análises financeiras, em parceria com empresas e instituições”, explica Madeira.

Áreas de atuação

Contador – profissional responsável pela execução da contabilidade das mais diversas empresas e organizações.
Auditor – profissional que vai verificar e dar veracidade às demonstrações financeiras de uma organização, observando se não há erros, incorreções e se estão de acordo com a legislação vigente.

Consultor – profissional que oferece serviços de orientação e assessoria às empresas e organizações. Atua principalmente nas áreas financeiras, tributária, custos e gerencial.

Perito – profissional responsável pela apuração de situações específicas e localizadas, judiciais ou extra-judiciais, como, por exemplo, uma suspeita de fraude.