Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
Ciências Biológicas

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Educação Física
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O cotidiano é cheio de surpresas

Física

Quem nunca admirou as estrelas ou a imensidão do universo? A curio-sidade é um dos principais requisitos para o estudante de Física, mas não é o único. Para conseguir explicar tantos porquês que surgem dessa curiosidade, o estudante precisa ter dedicação e gostar de disciplinas como
Matemática e Física.

Fórmulas e mais fórmulas: essa é a idéia que habita o imaginário da maioria dos estudantes do ensino médio sobre a Física, mas que não reflete a realidade e gera, ainda, dificuldades de aprendizado. Como explicar efeitos da óptica apenas com fórmulas, sem observar a luz? Não é possível aprender Física sem a observação dos fenômenos. “Na Universidade, tentamos oferecer uma formação que mostra que a Física está no cotidiano”, explica o professor José Guilherme Moreira, coordenador do curso.
Rita da Glória

E a Física está mesmo em nosso dia-a-dia e em muitos lugares, no céu ou na terra. Essa ciência tem, por exemplo, um importante papel na luta contra o câncer. Uma das grandes novidades é a atuação de físicos nos serviços de radioterapia dos hospitais. Por lei, é obrigatória a presença de pelo menos um físico nesses setores. Uma outra forma de atuação nos hospitais é na medicina nuclear, especialidade em que o físico controla o nível de radiação ambiental e os rejeitos radioativos. Alexandre Cássio Guimarães, 36 anos, formado há 12 anos, trabalha no setor de medicina nuclear de hospitais de Belo Horizonte e Divinópolis. Ele controla a radiação ambiental, os rejeitos e as substâncias radioativas aplicadas no tratamento dos pacientes com câncer.

Suely Epsztein Grynberg, 48 anos, é pesquisadora na área de Física Nuclear do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN). Ela está no CDTN desde 1997 e, atualmente, estuda o desenvolvimento de tumores em seres humanos. O trabalho de Suely, realizado por meio de simulações com a ajuda de um software (programa de computador) especializado, busca encontrar processos mais eficazes para o tratamento de pacientes com câncer. “O grande diferencial da profissão é a possibilidade de desenvolver vários tipos de pesquisa”, defende a cientista.

Além das disciplinas em sala de aula, muitas das atividades do curso de Física são realizadas em laboratórios. São 24 laboratórios, todos eles com equipamentos de ponta. Nesses laboratórios, professores e alunos desenvolvem muitas pesquisas. Natália Fonseca, 22 anos, do 8o e último período do Bacharelado (na opção Licenciatura, o curso também é ofertado em oito períodos), é bolsista de iniciação científica do Laboratório de Astrofísica e pesquisa aglomerados de estrelas. “Essa oportunidade, que surgiu quando eu ainda estava no 4o período, tem sido fundamental para a definição da minha trajetória no curso. Agora que vou me formar, pretendo fazer mestrado e atuar como pesquisadora”, conta a estudante.

Depois dos primeiros períodos, o estudante escolhe a trajetória a seguir. Para quem faz o curso noturno, o caminho é a Licenciatura. Estão incluídas na grade curricular disciplinas Pedagógicas e de Ensino da Física. Para o professor Carlos Eduardo Vilani, 33 anos, a didática é o maior desafio da profissão, tanto que seu doutorado é na área de educação. Vilani explica que é preciso ensinar os alunos a interpretar as fórmulas, para que elas tenham sentido. “A fórmula é como um dicionário, só serve quando você sabe para quê usar”, compara Vilani.

Para quem faz o curso diurno, no final do 4o período o aluno faz a opção entre o Bacharelado e a Licenciatura. Os futuros bacharéis podem ainda, se quiserem, escolher uma das sete áreas de especialização: Astrofísica, Física Atômica e Molecular, Física da Matéria Condensada, Física de Partículas Elementares, Física Estatística, Óptica e Física Aplicada a Problemas Biológicos. As opções não param por aí. Com a flexibilização do currículo, os alunos podem se matricular em disciplinas de outros cursos da UFMG. A especialização, nesse caso, é interdisciplinar e conta com as seguintes opções: Biofísica, Física Médica, Física Metalúrgica, Geofísica, Físico-química, Física Matemática e Meteorologia, entre outras. Mais informações sobre o curso no site www.fisica.ufmg.br.