Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 4 - nº. 9 - Julho de 2006 - Edição Vestibular


Editorial

Educação para desenhar o futuro

Entrevista
Resposta às demandas sociais

Extensão e pesquisa
Conhecimento público e para o público

Empreendedorismo
Aprendizes de feiticeiro

Assistência ao estudante
As invisíveis barreiras da educação

Internacionalização
Janelas para o mundo

Ciências Agrárias
Agronomia
Medicina Veterinária
Zootecnia

Ciências Biológicas
Ciências Biológicas

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Nutrição
Educação Física
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Cardápio do bem-estar

Nutrição

Como ter a medida certa para não extrapolar na quantidade ou qualidade dos alimentos? Ou ainda, em um mundo onde a disparidade social é enorme, quais são os prejuízos causados pela desnutrição e o que se pode

A relação entre o homem e o alimento é o que orienta o cardápio de atividades do nutricionista. Relação repleta de elementos subjetivos e objetivos, que vão da necessidade de subsistência ao prazer. Para a nutricionista Anne Jardim, 25 anos, funcionária do Hospital das Clínicas, esse é o principal desafio da profissão. “É muito bom poder orientar pessoas e mostrar que a alimentação não é uma tortura, pelo contrário, pode e deve ser uma espécie de prazer. Com meu trabalho contribuo para uma melhor qualidade de vida, sem falar da parte social, que permite atender e ajudar populações carentes”, explica a nutricionista.

A combinação da nutrição com a perspectiva social é uma das possibilidades para quem faz o curso de Nutrição da UFMG, criado em 2004. Mesmo jovem, o curso já nasceu grande. Ao reunir 17 departamentos das mais diversas áreas da UFMG, a grade curricular busca dar ao aluno uma formação crítica, generalista e interdisciplinar. Essa ampla formação envolve disciplinas da Química e da Biologia, áreas de Saúde Pública, Ciências Nutricionais e Farmacêuticas. Um dos diferenciais em relação a outros cursos da UFMG é que ele não possui ciclo básico. Assim, o aluno tem contato com disciplinas específicas de sua área desde o primeiro período.

Outro grande diferencial é a Atividade Prática Monitorada, uma espécie de estágio de curta duração. “O aluno, desde o primeiro período, tem contato com a prática da sua profissão”, afirma a professora Aline Cristine Souza Lopes, coordenadora do curso. Do 1o ao 3o período o aluno tem 15 horas/aula de atividades por semestre. Já no 4o e no 5o períodos são 30 horas/aula e depois vêm os estágios, que são de maior duração.

As Atividades Práticas Monitoradas são um dos pontos que mais empolgam o aluno Marcelo Machado, 20 anos. Atualmente cursando o 3o período, o estudante destaca a oportunidade de acompanhar os vários segmentos de sua profissão. “Ao longo de todo o curso acompanhamos o trabalho de nutricionistas em hospitais, laboratórios, restaurantes e até mesmo na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-MG)”, afirma. Essa vivência profissional fez com que Marcelo acompanhasse por seis meses a ala de Cirúrrgia Bariátrica (redução do estômago) no Hospital Borges da Costa, no campus Saúde. “Estava no primeiro período e minha obrigação era ficar apenas 15 horas. Gostei tanto que fiquei seis meses. Cheguei até a participar e ajudar os médicos e nutricio­nistas”, comemora.

Além das Atividades Práticas Moni­toradas, os alunos também fazem disciplinas nos laboratórios do Instituto de Ciências Exatas (ICEx), na Faculdade de Farmácia e no Instituto de Ciências Biológicas, todos localizados no campus Pampulha. Na Escola de Enfermagem, no campus Saúde, na região hospitalar da capital mineira, funcionam os laboratórios de técnica dietética, avaliação nutri­cional e informática.

Quem faz Nutrição na UFMG chega ao mercado de trabalho com uma formação generalista. Ou seja, o aluno sai da Universidade com capacidade de atuar em qualquer área. No entanto, no último período, o aluno pode optar pela área que considerou mais interessante e desenvolver o estágio e o trabalho de conclusão de curso nesse campo de atuação do nutricionista.

Já no mercado de trabalho, o nutricionista pode atuar em três áreas principais. A primeira é a Nutrição Clínica, realizada especificamente em hospitais, ambulatórios ou consultórios particulares. A Saúde Pública é a segunda opção, área em que existe um maior contato com comunidades e populações carentes, a partir de trabalhos em prefeituras ou fundações. O profissional pode, ainda, trabalhar na administração de restaurantes.

“Mas o mercado é muito amplo e novas possibilidades surgem a cada dia”, destaca a coordenadora Aline Cristine Souza Lopes. Já existem atividades como Nutrição Esportiva, Hotelaria, Gastro­nomia e Personal Diet (nutricio­nista que faz atendimentos individualizados a domicílio). Há também a opção pela vida acadêmica.